Não consigo arrumar os meus livros. Pegam-se às mãos e aos olhos e para com a quase totalidade há um grande afecto que vem de longe.
Folheio-os como quem acaricia um ente querido e assim ficamos nesse êxtase e o tempo esvai-se e a desarrumação fica.
Não apresento nem titulo nem autor, a capa fala por si. Transcrevo o início da introdução que me agrada sobretudo pela modéstia.
INTRODUÇÃO
Só conheceremos verdadeiramente bem aquilo que formos capazes de explicar claramente aos outros. Sobretudo aos outros que nada saibam do que pretendemos conhecer com alguma profundidade.
Claro que esta afirmação terá limites, mas os limites serão mais de tempo e de oportunidade da parte de quem sabe do que de capacidade de entendimento de quem deverá tentar perceber.
Por outro lado, e ainda antes de quaisquer limites e de quaisquer considerações, há uma atitude. Pela nossa parte quase se tornou doentia a vontade de contar, de partilhar aquilo a que tivemos acesso por esta ou aquela razão, por este ou aquele privilégio, como também procuramos o entendimento do muito que nos rodeia e vivemos. ……...
Uma surpresa. Boa.
ResponderEliminarCada livro tem a sua história. este representará, talvez, o mais forte sinal de uma idiossincasia (ou de mais que uma).
Querer perceber as dinâmicas sócio-económicas (o materialismo histórico!) e tentar transmitir aos outros para, com eles-nós, melhor as percebermos. Para intervir...
Há quase quarenta anos, este livrinho sobre o mercado das 5ªs feiras em Ourém, o "mercado comum" capitalista, o "mercado comum" socialista em poucas páginas de divulgação... Que ambição!
Obrigado, Cid!
Um grande abraço