--- Sim … Perdão … Sim … Mas não posso:
Murmurou o Padre Nosso
E tenho medo e vergonha
É pecado …
Uma boca não pede o que lhe é dado !
A minha Fé …
Ah! Não … Não , Padre … Perdão …
--- E vem a morte …
--- Pois vem…
--- E o inferno …
--- Também …
--- Vai pedir perdão a tua Mãe
E a teu Pai …
Vai…
--- Ninguém me perdoou, Padre , ninguém !
Dizem no mesmo tom
--- Pecador , faz penitência !...
--- Já fiz sangue nos joelhos …
--- Faz penitência !
--- Já tenho os olhos vermelhos ,
--- Faz penitência !
--- Perdão , Padre , Perdão ,
--- Tem paciência ,
Faz penitência
Miguel Torga
Seria intressante que conferissem a pontuação colocada no Vol 1, p. 33-34 Poesia Complet de Miguel Torga, editado pela Publcações Dom Quixote, Lisboa, 2007.
ResponderEliminarJosé Carlos Abreu Teixeira.
Vale a pena conferir a potuação com o poema publicado em Lisboa no Volume I de Poesia Completa de Miguel Torga, ecitora Publica Dom Quixote, 2007.
ResponderEliminarJosé Carlos A. Teixeira
Muito grato pelo seu interesse. Como editei este post em 2009 neste momento não o consigo rectificar mas tentarei mais tarde. Obrigado.
ResponderEliminarJá está!
ResponderEliminarMuito obrigada por trazer à tona este actualíssimo poema de Miguel Torga!
ResponderEliminarÉ preciso acordar!
É preciso pensar que não temos de pedir o que é nosso por direito.
... O que outros, sem pejo, não param de roubar!