O meu compromisso com a causa do povo palestiniano vem de longe. Em 2002 fui recebido em Ramallah
por Yasser Arafat, num momento em que a Autoridade Palestiniana se encontrava
cercada nas suas instalações pelo exército israelita. A situação é hoje muito
mais grave e isso exige que redobremos a nossa solidariedade com este
martirizado povo.
Ninguém pode ficar indiferente
perante o genocídio do povo palestiniano às mãos do sionismo israelita. O mundo
não pode assistir impávido ao que se está a passar na Palestina. O assassínio
de milhares de pessoas, a condenação cruel e premeditada de um povo à morte
pela fome, pela sede e pela falta de assistência, é um crime imperdoável contra
a Humanidade.
O povo palestiniano está a ser
vítima de um genocídio perpetrado pelo Estado de Israel com o apoio dos Estados
Unidos e a cumplicidade da União Europeia. O apoio a este genocídio, por ação
ou por omissão, é uma tragédia moral que a História julgará.
O Estado Português não pode
continuar a ser cúmplice deste crime abominável e é fundamental que todos os
candidatos a Presidente da República se pronunciem com total clareza sobre esta
questão.
Pela minha parte, não tenho qualquer dúvida: Portugal deve reconhecer o Estado da Palestina, deve exigir o imediato cessar-fogo e a garantia de apoio humanitário sem restrições ao povo palestiniano, e deve exigir no plano diplomático o cumprimento das Resoluções das Nações Unidas que implicam o reconhecimento do Estado da Palestina com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental.
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