Estudos levados a cabo por cientistas de renome revelam casos graves de insensibilidade social, desvios sexuais, de carácter ou ânsia desmedida de protagonismo por em tenra idade terem lido Marx.
A ingestão de “O Capital” pode ser letal. As indigestões são frequentes. É do conhecimento geral que um outro jovem quase da mesma idade de Vítor Gaspar, o tal da lei Barreto, quando militante mauista em Geneve leu "O Capital" num fim de semana e ficou com a aquela expressão de alucinado que todos lhe conhecemos tornando-se mais tarde o algoz da Reforma Agrária.
Aos 17 anos Gaspar leu O Capital de Karl Marx, aos 50 admira Milton Friedman que Maquiavel muito gostaria de ter analisado. Desconhecemos as suas próximas leituras e tememos que leia a ficção de Álvaro Santos Pereira (ministro da Economia) nomeadamente o “Diário de um Deus Criacionista” de que vos deixo esta pérola.
«[Deus tem cabeça???], ou então poderemos contar anedotas Um ao Outro, já conheces esta daquele fulano?, já imaginaste aquela do sicrano, ou então poderemos ver quem é mais poderoso, quem é mais imponente, mais dominador, se Eu-o-Criador-Dele ou Ele-a-Minha-criação..., hum..., hum..., pensando bem..., não!, não!, é melhor não..., é melhor não criar outro Deus..., é melhor não!, pois... e se Outro se fartar das Minhas falinhas mansas e Se virar contra Mim?, apanha-Me de costas ou distraído e pumba!, já está!, dá cano de Mim!, pum!, finito!, caput!, acabou-se a papa doce!, e depois não há mais conversa, não há mais aborrecimento, não há esta espera, não há este poder que tenho, esta magnânime omnipresença e omnipotência..., não!, não posso criar um Ser tão poderoso como Eu!, não posso criar um outro Deus, um outro imortal!, tem que ser algo inferior, algo menos poderoso, algo que Eu possa controlar!, algo que pereça antes que se torne poderoso, algo que Eu possa destruir se algum dia me ameaçar..., hum..., hum..., mas o quê?, o quê?, o quê???, e, não encontrando resposta para esta questão,»
Pumba!, já está! acabou-se a papa doce!
2 comentários:
Os «independentes» são assim; ninguém lhes cala a «independência»...
Um abraço.
Não foi esse livro (romance?, ensaio?, história da papa doce?) que teve o privilégio de ser prefacionado pelo mecenas das artes, particularmente jornais e literatura, chamado Belmiro de Azevedo?
Depois admiram-se que, quando me apresentam como economista, eu fique chateado?!
Um abraço
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