quarta-feira, 15 de maio de 2024

15 Maio: NAKBA 1948/2024

(Nakba 1948)

Palestinos deslocados são evacuados do campo de refugiados de Tal al-Zaatar, no norte da Faixa de Gaza, [Nakba] em 11 de Maio de 2024. (Foto: AFP)

 

Ao assinalar o 76º aniversário da Nakba de 1948, e enquanto decorre uma nova Nakba almejando completar a limpeza étnica iniciada há mais de três quartos de século, o MPPM exige que se ponha fim à barbárie israelita e se salde a dívida internacional para com o povo palestino.

Todos os anos assinala-se a 15 de Maio o Dia da Nakba, da Catástrofe, da limpeza étnica do povo palestino que, seguindo um plano que começou a ser concretizado antes ainda dessa data, se intensificou a partir da criação, em 1948, do Estado de Israel. Nas semanas e meses seguintes, o terror sionista expulsou cerca de 800 000 palestinos das suas casas, das suas aldeias, dos seus bairros e das suas terras. 

Muitos dos sobreviventes da Catástrofe de 1948 passaram as suas vidas nos campos de refugiados, no território da Palestina que não chegou então a ser ocupado, nos países vizinhos ou na diáspora. Muitos outros viriam a ser, nas décadas seguintes, novamente vítimas da violência e do terror israelita e dos processos de expulsão sistemática do povo palestino que marcaram sempre a existência do Estado 

Setenta e seis anos volvidos da Nakba de 1948, uma nova Nakba abate-se sobre o povo palestino. O genocídio que desde há sete meses Israel desencadeou na Faixa de Gaza não tem paralelo, nem com a Catástrofe de 1948. São mais de 35 mil mortos, quase 80 mil feridos, na sua maioria mulheres e crianças. A maioria do parque habitacional de Gaza foi reduzido a escombros e há cerca de 1,7 milhões de desalojados, 75% da população. 

Tudo se tornou um alvo da sanha israelita: hospitais e os seus pacientes e equipas médicas; ambulâncias e equipas de socorro; escolas e os seus alunos; centros e colunas de refugiados; os funcionários das agências humanitárias; os jornalistas que relatam a realidade no tereno; as instituições da ONU, como a UNRWA, que são a última linha de esperança para os muitos que tudo perderam; as mesquitas e igrejas. 

É a barbárie à solta. Como se estes crimes não bastassem, eis que a fome está a ser usada por Israel como arma de guerra, privando os habitantes da Faixa de Gaza do acesso à ajuda humanitária. E, num acto de barbárie inaudita, atacando e matando os que procuram essa ajuda alimentar, bem como aqueles que a distribuem.  A chacina na Faixa de Gaza é acompanhada por uma violência terrorista de militares e colonos israelitas na Cisjordânia.

É evidente o objectivo da Nakba actualmente em curso: completar a expulsão dos palestinos da totalidade da sua terra histórica, negar-lhes o inalienável direito a ter um Estado na sua própria terra. Uma limpeza étnica, diga-se, promovida com a participação e cumplicidade dos Estados Unidos da América e das potências europeias. 

A este propósito, as declarações recentes do Ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o massacre em curso em Gaza são particularmente graves. Ao invés da compreensão então manifestada em relação a Israel, exigia-se do Governo português uma posição de condenação firme daquela acção criminosa, que devia ser acompanhada pelo fim da cooperação militar com Israel e do reconhecimento do Estado da Palestina, conforme resolução aprovada na Assembleia da República.

Mas os crimes sem limites de Israel, o seu total desrespeito – não apenas por todas as normas do Direito Internacional, mas pelas mais elementares normas de conduta humana – estão a ter o efeito contrário ao pretendido. A determinação e resistência do povo palestino assumem proporções heróicas, que ficarão para a História. A solidariedade dos povos com o povo palestino atinge dimensões sem precedentes.

No imediato, é urgente impor o cessar-fogo permanente. É urgente impor o livre acesso de toda a ajuda humanitária à Faixa de Gaza. É urgente obrigar à retirada israelita de todos os territórios ocupados. É inadiável obrigar a que, de uma vez por todas, se cumpram as muitas promessas – sempre traídas – de reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestino.

A Nakba de 2023-2024 tem de ser um ponto de viragem na história da Questão Palestina.

15 de Maio de 2024

A Direcção Nacional do MPPM


terça-feira, 14 de maio de 2024

O outro festival espanhol

Espanha e Ucrânia assinam acordo bilateral de segurança como prolongamento da participação espanhola no festival da NATOvisão.

(subscritores espanhóis)

O presidente ucraniano, Vladimir Zelenski, viajará a Madrid para a assinatura do documento com seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez.



domingo, 12 de maio de 2024

Agarrem-me se não eu mato-os

                        Nem mais…

"Temos de nos armar, temos de ser um dissuasor credível às vezes para os nossos adversários, dizendo-lhes: 'se forem longe demais e ameaçarem os meus interesses e a minha segurança, não descarto uma intervenção', disse Macron.

A Ucrânia já não tem exército, os militares desertam aos milhares, o colapso militar aproximasse e o económico pode ser constatado. A Europa, tal como a nossa velha fidalguia, continua de bengala e chapéu-alto, mas de bolsos vazios, endividada e, a altivez que ostenta, aos olhos do povo torna-se ridícula.

No final de fevereiro, o presidente Macron disse que havia discutido com os líderes de alguns países membros da OTAN, incluindo Alemanha, Dinamarca, Holanda, Polónia e Reino Unido, o possível envio de tropas para a Ucrânia, mas nenhum consenso foi alcançado.

 “Allons enfant de la patrie,”…


USA em queda livre

 

A polícia prende um estudante deficiente [algemado] na Universidade de George Washington por ter participado num protesto pacífico de apoio a Gaza.

sábado, 11 de maio de 2024

A NATO e o seu ‘Festival Eurovisão da Canção’

Os pacóvios continuam a engolir esta pastilha organizada pela NATO, laxante que se pretende cultural e que até hoje não deixou um só dejeto vencedor de que alguém se recorde.

A cidade sueca de Malmo, onde se realiza esta semana o 68.º Festival Eurovisão da Canção, foi palco de protestos no sábado em apoio à Palestina e contra a participação de Israel no festival.

«O Festival Eurovisão da Canção foi originalmente concebido em 1955 pela Organização do Atlântico Norte (NATO), e nos anos de 1955 e 1956, o Comité de Cultura e Informação Pública da NATO emitiu vários documentos classificados dando as ordens e condições para a criação do 'Festival de Música do Atlântico Norte', que seria transmitido através da rede europeia de radiodifusão e televisão conhecida como ' Eurovisão' na Europa sob controlo da NATO, como meio de propaganda cultural e ideológica favorável à Aliança Militar do Atlântico Norte e para doutrinar a população da Europa Ocidental na ideia da unidade cultural e política europeia.» wikipédia

A brutalização das massas, como estratégia de poder da ditadura do capital

 

A brutalização das massas é uma estratégia planejada do atual sistema de dominação, na fase imperialista, para sustentar sua ditadura de classe. O capitalismo já esgotou o estágio histórico em que foi capaz de produzir uma elevação da cultura e do desenvolvimento social, como consequência das poderosas mudanças geradas em todas as ordens pelo início desse modo de produção. Essa fase de florescimento já passou, agora no capitalismo tudo está permeado pelo fedor da morte.

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Centenas de estudantes presos em protestos nas universidades dos EUA

 

Os participantes dos protestos pedem que as suas universidades parem de apoiar Israel e as ações militares na Faixa de Gaza. Querem que o governo acabe com os investimentos no setor militar israelita, e que pressionem as empresas americanas, como Google ou Microsoft, que colaboram com Israel.