sábado, 22 de abril de 2017

O terrorista mor

25 de Abril
É nosso dever recordar os heróis e também os seus algozes
No seu livro até há um bombista a dizer que colocou um petardo na sede do PS do Largo do Rato, no dia do debate televisivo com o Cunhal, a mando do próprio Partido Socialista, para se vitimar. E quem acaba por indultar o Ramiro Moreira não foi o Eanes.

Pois não. Foi o Soares. O próprio julgamento da "rede bombista", a própria forma como o julgamento terminou deve muito às manobras do governo PS da altura. Não me custa nada fazer minhas as palavras do advogado Levy Baptista de que o julgamento da "rede bombista" foi uma farsa. Aquilo ter ido para o fórum militar foi uma forma de condicionar uma data de coisas; o papel de Almeida Santos nesse assunto está por esclarecer; o próprio papel de Mário Soares não é claro. Relembro que, depois dos acontecimentos em Rio Maior [manifestação, a 13 de julho de 1975, que culminou em assaltos às sedes do PCP e FSP], Soares faz um comício em Rio Maior em que diz,
"Era bom que este exemplo fosse seguido em várias zonas do país", e a Igreja aproveita logo as declarações em várias dioceses. Uma coisa espantosa, mesmo conhecendo bem a documentação desse período, são as coleções do Diário do Minho [jornal de propriedade da Igreja], que quase chegam a ser uma espécie de Ação Socialista daquele período: abundam fotos e elogios ao Mário Soares.

 Grátis com o Expresso:
“Portugal amordaçado”
o livro de Mário Soares reeditado, nem dado!


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