sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Vermelho, excelência!

Soldados do Exército soviético com prisioneiros libertados do campo de concentração de Auschwitz, em janeiro de 1945. 


«Libertação soviética de Auschwitz: militares não sabiam o que iam encontrar» euronews

O senhor Silva, ministro dos negócios estrangeiros, não é totalmente ignorante nem totalmente estúpido; não sendo totalmente estúpido nem ignorante, por que razão sua excelência “Recordando o Holocausto” escreve no DN:

«Passam 72 anos sobre a libertação do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Quando, em 27 de janeiro de 1945, as tropas aliadas entraram nesse campo, trazendo plenamente à luz do dia o horror do extermínio nele praticado, cessaram todas as desculpas.»

Há os que mentem por omissão, mas sua excelência mente claramente, descaradamente, indecentemente e vilmente, o anticomunismo rançoso de sua excelência – que se é excelência deve-o aos comunistas – tem a postura ideológica de vão-de-escada.

«Estima-se que nas batalhas por Auschwitz-Birkenau morreram entre 234 e 350 soldados e oficiais do Exército Vermelho.» Vermelho, excelência, assim como um mentiroso fica quando é apanhado em flagrante.

“Vi muitas coisas horríveis e de pesadelo nesta guerra, mas o que testemunhei em Auschwitz ultrapassa a imaginação”, escreveu o militar soviético Georgi Elisavestski numa carta à mulher, quando já era comandante do campo, depois do Exército Vermelho ter assumido o controlo.» O Exército Vermelho! V E R M E L H O ! excelência.

«Aos 21 anos, o tenente do Exército Vermelho, Ivan Martynushkin, comandava um grupo de soldados armados com metralhadoras. Durante a II Guerra Mundial, viajou milhares de quilómetros mas jamais poderia ter imaginado que iria lembrar ao pormenor o que aconteceu num só dia: 27 de janeiro, 1945.» Exército vermelho!

«As tropas soviéticas chegaram a Auschwitz, hoje Polónia, na tarde de 27 de janeiro de 1945, um sábado. A forte resistência dos soldados alemães causou um saldo de 231 mortos entre os soviéticos.» Tropas soviéticas!

«Em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio dos nazistas.»

 V E R M E L H O !  

Saber, ética e coragem


Opinião de António Guerreiro

É a política? Não, a cultura

As formas e os métodos a que os jornais têm recorrido para se salvarem revelam-se tão falhadas quanto os argumentos mais comuns dos críticos do jornalismo falham o essencial. Ler mais (aqui)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O PATRÃO



Para cada vítima, um sorriso velhaco

Para dar a ideia de tipo pachola, este mangas acabado de chegar a diretor de o Público, tal como em qualquer publicidade enganosa, surge-nos sempre risonho, mas o seu verdadeiro rosto raia a ferocidade. Um neocon agressivo cuja primeira tarefa consistiu e consiste em desobstruir o caminho ao seu reacionarismo e mediocridade.

A direita quando perde terreno no campo social reforça-se nos media, e este patusco-buldózer esmaga os resquícios de esquerda que ainda possa restar na folha de que dispõe. Ainda lhe falta enfrentar alguns, poucos mas de peso.

O J M Tavares rico, é o seu porta-voz e porta-estandarte no desrespeito pela ética e pela verdade.

“Caminhemos para a Revolução Comunicacional nos Media"


(Gonçalo Afonso)
 
Revolução da Comunicação
Dr. Fernando Buen Abad Domínguez

Nicolas Maduro dá Voz a um Clamor Mundial
 “Caminhemos para a Revolução Comunicacional em Mídias"

Finalmente há um estadista que põe a “Comunicação” na sua agenda de prioridades com uma chave revolucionária, isto é, com a premissa de que são urgentes mudanças profundas e imediatas com extensão planetária e resposta histórica contundente. Talvez como o sonhou o Movimento dos não Alinhados em 1973 ou como o via o “Relatório MacBride” em 1980. “Um só mundo, vozes múltiplas”.
Ocupar as paredes, as redes, as ruas e os mídia. Nos bairros, nas escolas, nas fábricas... tornar visível o sentimento e o pensamento dos povos. Assumir a vanguarda da semântica, da sintaxe e da “Batalha das Ideias” revolucionárias. Renovar as técnicas, renovar a imaginação, renovar a poesia da luta: mas unidos, convertidos em força global, convertidos em factor decisivo e organizador para que nunca mais sejamos silenciados perante as acometidas (impúdicas e impunes) do avassalamento monopólico mundial. Como podemos ficar do lado de fora?
Não se trata de uma ocorrência de conjuntura. Sofremos episódios sistemáticos de abuso delinquencial contra a vontade democrática do povo venezuelano, por exemplo, desde que a sua revolução deu início a transformações decisivas e exemplares. Cometeram-se atropelos e agressões escandalosos que não mereceram denúncia nem castigo das organizações internacionais que se auto-proclamam defensoras da “liberdade de expressão” ou da “independência dos meios de comunicação”. Silêncio absoluto da UNESCO, do SIP, da OEA... silêncio da FELAFACS, da INVECOM... em suma, silêncio dos organismos e associações de profissionais que deveriam ter resposta rápida contra todas as formas de golpismo mediático. Nem uma palavra sobre o grotesco diário espanhol “El País” que, por exemplo, publicou a fotografia de uma pessoa num bloco operatório e a promoveu (com conhecimento da sua falsidade) como a imagem de Hugo Chávez. Há exemplos terríveis desta envergadura. E nada se passa.
Maduro estendeu a convocatória revolucionária ao mundo inteiro. Ele sabe muito bem que os abusos mediáticos não se reduzem a um único país e que enquanto se fortalece a aliança mediático-militar (a NATO mediática) os povos são silenciados e as democracias correm perigo. Há que ver como, por decisão arbitrária e pessoal de um presidente, se apaga de um golpe de caneta uma “Lei de Imprensa”, como aconteceu na Argentina. Há que ver como avança o poderio tecnológico baseado numa assimetria grotesca nas condições e oportunidades para que os povos acedam a uma tecnologia sustent-el﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽idades para que os povos acedam a uma tecnologia sustent de Hugo Chhavez.sejamois silenciados-el﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽idades para que os povos acedam a uma tecnologia sustent de Hugo Chhavez.sejamois silenciadosável sem a extorsão da caducidade programada pelo mercado.
Maduro entendeu a necessidade de uma Revolução da Comunicação que abarque o ensino, que torne visíveis – e ensine – as lutas históricas dos povos e a sua herança simbólica poderosa e vivificante. Ele entendeu a urgência de renovar as agendas e de as potenciar a partir do que pensam e sentem os povos e não dos interesses dos publicistas, dos comerciantes ou dos governantes serventuários do modelo de mercantilização desaforada. Maduro pôs o dedo numa ferida dolorosa e profunda que expressa um erro e uma das debilidades mais sofridas pelos nossos povos. Indicou um rumo e uma modalidade de trabalho que, no seu carácter contemporâneo, recolhe as heranças de gerações e as põe a reflorir quando muitos julgavam que o silêncio e a resignação nos derrotariam para sempre.
É verdade que não basta uma convocatória por mais sentida que ela seja. Exige-se agora um programa com princípios humanistas revolucionários capazes de modelar acções e metas para o curto, o médio e o longo prazo. É preciso haver coordenação e unidade imediata. Impõe-se a formação de uma Frente Única Internacional capaz de superar sectarismos e pessimismo. É necessário trabalho político imaginativo e confiável, percorrendo portas e ouvidos para articular e salvaguardar as mais diversas identidades num esforço de unidade do diverso que nos permita trabalhar juntos nas coincidências, sem que as divergências nos imobilizem. Uma revolução dentro da revolução.
Não há tempo a perder. Os impérios mediáticos re-acomodam-se diariamente, aliam-se, compram-se entre si, expandem-se... E não poucos operam como armas de guerra ideológica mercantilista e inumana. A Revolução da Comunicação que Maduro convoca enfrenta o desafio de aprofundar a crítica do modelo mediático dominante e assume a tarefa de impulsionar o nascimento da “Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação” do século XXI. Isso exige povos em luta com semiologia, epistemologia e tecnologia emancipadoras. Isso requer “moral e luzes” revolucionárias onde não se admitam reconciliações nem reformismo. Onde não se admitam burocracias nem demoras. Uma etapa nova da Pátria Digital Emancipada, da Revolução do Espírito e a Revolução que aguardam a sua oportunidade para se concatenarem numa só Revolução mundial e a partir de baixo.
É claro que a única maneira de evitar que uma tal convocatória não seja mais do que isso e se torne realidade concreta, é agir de imediato e massivamente. Não há tempo para regateios nem para especulações. Jogos de sedução para se fazer desejado implicam irresponsabilidade suprema filha de uma egolatria perversa que já nos custou derrotas e humilhações ferozes. Estamos fartos dessas manias de esquerdismo infantil. Esta convocatória de Maduro deve amadurecer liberta de uma prédica messiânica com o “culto da personalidade” que foi vício de medíocres. Há-de amadurecer na refrega da luta de classes, na construção social que, desde as bases, dêem sustento e coerência revolucionária a todos os episódios e às tarefas que urgem no imediato e no mediato. Não podemos esperar nem mais um minuto.
Demos as boas-vindas activas a tal chamada, à sua hierarquia e ao seu valor político sem retroceder um único passo nas conquistas ganhas, até este momento, por todos os que lutam honradamente e minuto a minuto para pôr as ferramentas e os conhecimentos em matéria de Informação e Comunicação ao serviço das tarefas supremas  desta hora: travar as guerras, salvar o planeta e salvar a humanidade num mundo sem amos, sem escravos, sem classes sociais e com vozes múltiplas dignas que falem de futuro e felicidade para todos. Nada menos. Aprovado.