terça-feira, 17 de janeiro de 2023

“É fartar vilanagem!”

Ex-administradores da CGD em 2017 receberam quase 2 milhões de euros em indemnizações.

A Entidade para a Transparência começa a funcionar em fevereiro por entre a neblina legislativa e os lobbies enquistados no poder. Transparência ao lusco-fusco.

 

A imagem da selvaUSA

Aprendem primeiro a disparar e depois a ler

(Ver mais AQUI)

| 17/01/2023 | EE.UU.

“Acabou de esvaziar o primeiro carregador e diz que quer continuar a disparar. Tem progredido muito. Estou muito orgulhoso, diz o pai que está ensinando a filha de cinco anos.


domingo, 15 de janeiro de 2023

Hino da FENPROF: Dar Rosto ao Futuro

 


 "Dar um rosto ao futuro

Porque ensinar é dar de nós a vida
Dizer que esta partida
É mais do que jogar

Porque aprender
É ter à frente a vida
É ponto de partida
Para depois navegar

Uma lição é um presente dado
Daquilo que o passado
Nos soube ensinar

É uma canção
De dar o que sabemos
De querer dar o que temos
Soletrando o verbo amar

Queremos dar um rosto ao futuro
E semear a flor que vai nascer
E construir o jeito de saber
Que unidos vamos ter
A força de chegar

Está a tocar
E vamos terminar
Dizendo que a esperança
Se pode ensinar."

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Uma velha verdade

 

Se estivermos com atenção aos media, nomeadamente às televisões, constatamos que se promove a extrema-direita e se esconde os que a combatem. O fascismo com a ferocidade que ainda nos sangra, é a arma das democracias burguesas sempre que as contradições se agudizam.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

A desvergonha

(extrato de “A política desavergonhada”)

Público - 6 Jan 2023

António Guerreiro

(a imagem é minha)

«Encontramos uma exaltação das virtudes e potencialidades da vergonha numa carta (muito conhecida por isso mesmo) que Marx enviou a Arnold Ruge, em Março de 1843.

Nessa altura, Marx já se tinha instalado em Paris, mas foi durante uma visita à Holanda que escreveu ao seu amigo: “Estou em viagem pela Holanda. Pelo que posso saber pelos jornais locais e franceses, a Alemanha está afundada na lama e aí se afundará ainda mais. Asseguro-te que, ainda que me sinta longe de sentir o orgulho nacional, sem dúvida que experimento a vergonha nacional”. E, a seguir, presumindo que o seu interlocutor é bastante mais céptico do que ele e não tem nenhuma confiança na vergonha, acrescenta: “Perguntar-me-á o que é que isso adianta. Não se faz a revolução com a vergonha. E eu respondo-lhe: a vergonha é revolucionária [...]. Se um povo inteiro tivesse vergonha, seria como um leão pronto a saltar”. Marx acreditava que a vergonha partilhada entre os oprimidos precederia o momento em que ela seria dirigida contra o sistema, contra os desavergonhados, manifestando-se como uma raiva contra a iniquidade do mundo e não contra o próprio indivíduo portador de vergonha.

Esta espécie de crença política na vergonha (completamente diferente, por exemplo, da racionalidade política de Hobbes, toda centrada numa emoção branca e não vermelha, o medo), mostra que Marx tem aspectos muito actuais e interessantes precisamente nas partes menos centrais da sua “doutrina”. Uma política da vergonha revela-se hoje bem necessária.»

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

NÃO ESPERES O TEMPO - Carlos Aboim Inglês

 

NÃO ESPERES O TEMPO

 

Camarada poeta: se puderes

pega na palavra e não te cales

mais. Digo que não esperes,

para cantar, o tempo da colheita.

Agora a fome é tanta

que a palavra pão também se come.

Quem diz pão diz fome e a fome de a não ter não é sobeja.

Digo que a palavra seara faz crescer

o grão da raiva de a não ter.

Digo que a palavra fonte faz jorrar

rios de sede até ao mar.

A palavra trabalho, a palavra suor,

a palavra amiga, a palavra amor.

A palavra precisa, de vendaval ou brisa:

a que denuncia, a que profetiza.

Digo que a palavra que disseres

se pode desfolhar como os malmequeres:

ou muito ou pouco ou tudo ou nada.

O que não pode é ficar calada.

 

Carlos Aboim Inglês