sábado, 25 de fevereiro de 2023

Crónica: Carlos Branco, Major-general

 

Carlos Branco, Major-general e Investigador do IPRI-NOVA

24 Fevereiro 2023

A pior solução para os europeus é não considerarem a Ucrânia um interesse vital e acabarem por ter de morrer por ela. Washington sabe o que quer e o que está a fazer. Os dirigentes europeus nem por isso.

A esmagadora maioria dos comentadores nacionais afirma de modo convicto e determinado que “a Ucrânia vai ganhar a guerra”, “a Ucrânia tem de vencer”, como se a insistente oralização de uma vontade fosse suficiente, e a capacidade para a concretizar um aspeto de menor importância. Questionar o dogmatismo subjacente a esta certeza tornou-se sinónimo de apoio e alinhamento com as posições de Moscovo.

Entenda-se por ganhar a guerra, o regresso dos territórios presentemente anexados pela Federação da Rússia ao controlo de Kiev, Crimeia incluída, com a consequente expulsão das forças russas do território ucraniano, ao que se juntará a adesão de Kiev à NATO e à União Europeia (UE).

A retirada das forças russas de Kherston e da região de Kharkiv, no outono de 2022, deu aos observadores menos informados a sensação de que seria possível à Ucrânia derrotar a militarmente a Rússia. Essa situação parece estar a inverter-se, com a iniciativa estratégica e tática a pertencer às forças russas. Mas muita água ainda passará por debaixo da ponte até chegarmos a um resultado definitivo.


Contudo, parece avisado considerar a possibilidade dessa vontade não se concretizar. Não tendo as opções adotadas até ao momento conduzido ao sucesso de Kiev – apenas evitaram a sua derrota política e militar – num conflito que já dura há um ano, justifica-se interrogar que outros caminhos poderão conduzir ao seu triunfo, e, por acréscimo, à vitória geopolítica dos EUA.

Os objetivos estratégicos de Washington variaram ao longo deste ano de conflito. O plano inicial consistia na derrota militar da Rússia, e, no seguimento disso, provocar uma mudança de regime em Moscovo (como se essa derrota significasse automaticamente a colocação no Kremlin de elementos liberais afetos a Washington, prática testada noutros locais, nem sempre com sucesso).

Numa versão maximalista, essa mudança de regime poderia provocar a substituição de Putin por um dirigente mais “à Ieltsin”, a médio prazo a fragmentação da Rússia, inviabilizar a aproximação estratégica e económica entre a Rússia e a Europa, em particular com a Alemanha, e acabar de vez com as pretensões europeias de autonomia estratégica. O desvario passou a incluir na agenda a narrativa sobre a colonização russa, e Biden a chamar assassino a Putin.

O plano previa a manutenção do confronto ao nível convencional sem escalar para o patamar nuclear, de acordo com a doutrina norte-americana sobre o assunto. Veja-se o que foi escrito pela RAND Corporation sobre uma possível confrontação militar com a China. O mesmo princípio aplica-se à situação que estamos a viver na Ucrânia. Não interessa a Washington que a guerra se transforme em nuclear.

Foi esclarecedora a reação norte-americana à tentativa de Kiev envolver a NATO no conflito, quando um míssil S-300 se despenhou em território polaco, incriminando de imediato a Rússia. A inequívoca autoria russa do ataque, propalada sem qualquer hesitação (e investigação) por Zelenski e altos dirigentes polacos e lituanos (assim como por alguns comentadores nacionais), foi engolida num ápice, após uma conversa telefónica com o presidente Biden, vindo a darem o dito por não dito.

Perante a dificuldade em atingir esse objetivo estratégico, os EUA reformularam-no, agora numa “versão mais meiga”, apostando “apenas” no enfraquecimento da Rússia, não só militar como económico. A Secretária do Tesouro norte-americana afirmou serem as sanções para continuar, mesmo que a Rússia ganhe a guerra, independentemente do entendimento que se possa ter sobre isso. Esta reformulação de objetivos estratégicos não exclui a possibilidade de a Ucrânia não conseguir recuperar a sua integridade territorial.

No final de um ano de guerra, ao contrário do que era previsto por várias instâncias, a economia russa não colapsou, e as sanções estão longe de produzirem os resultados desejados. Putin reforçou o seu poder, e a base tecnológica e industrial de defesa russa mostrou-se capaz de dar resposta aos desafios que lhe têm sido colocados, o que parece não ter sido o caso das ocidentais, que se mostraram razoavelmente incapazes de responderem às necessidades militares de Kiev, pelo menos com oportunidade, apesar da colossal ajuda já disponibilizada.

Estas conjeturas fazem tábua rasa do facto de uma potência nuclear não poder perder uma guerra convencional, ainda por cima às suas portas, assumindo contornos existenciais. Já o mesmo não se pode dizer de guerras assimétricas, em que potências nucleares perderam várias.

Os que afirmam que a Ucrânia tem de/vai ganhar a guerra terão de explicar como, uma vez que a fórmula a que se recorreu até agora não deu os resultados desejados.

O recurso sistemático a avultada ajuda financeira (ronda os 110 mil milhões de dólares), o fornecimento de armamento e munições, intelligence e treino das forças armadas ucranianas ajudou a evitar a sua derrota, mas não conduziu à vitória.

Primeiro, foi entregue equipamento de origem soviética ainda na posse dos países que pertenceram ao Pacto de Varsóvia e, depois, de equipamento ocidental. Segundo fontes russas, a Ucrânia teria recebido de países da NATO, desde dezembro de 2021, 1.170 sistemas de defesa aérea, 440 carros de combate, 1.510 veículos de combate de infantaria e 655 sistemas de artilharia. Apesar do insucesso desta opção, continua a insistir-se nela.

Quando este texto foi escrito, iniciava-se mais uma entrega massiva de equipamento militar à Ucrânia, que poderá ser anacrónica e de reduzida utilidade se não for entregue em tempo.

Se esta última tentativa voltar a falhar, uma hipótese com elevada probabilidade de ocorrência, qual o passo seguinte que a Europa estará disposta a dar? Envolver-se militarmente no conflito colocando forças no terreno? Como se diz na estratégia, morre-se por interesses vitais, combate-se por interesses importantes, e pelos restantes interesses negoceia-se.

Afinal, o que representa a Ucrânia para a Europa? É um interesse vital, importante ou outro? Se é vital, os europeus têm de estar preparados para lutar e morrer pela Ucrânia.

Até ao momento, parece não existir na Europa muito interesse nisso, nem disposição para envolvimento militar no terreno com tropas. Repetem-se os esclarecimentos de que não estamos em guerra com a Rússia, não obstante, as declarações da ministra alemã dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock, e de muitos outros, em sentido oposto.

Com poucas exceções, a guerra na Ucrânia tem servido para muitos países se livrarem de armamento obsoleto que jazia há décadas em depósitos, não abrindo mão do seu equipamento mais evoluído tecnologicamente. A isto acresce a falta de preparação em que se encontram a maioria dos países europeus para enfrentar uma guerra deste tipo, tão habituados que estavam às operações de paz.

Se a NATO se envolvesse num conflito com a Rússia, a maioria dos seus Estados-membros teria munições suficientes apenas para alguns dias, uma vez que os seus arsenais se encontram depauperados pela assistência a Kiev.

Os dirigentes políticos europeus terão de clarificar qual a importância que atribuem à Ucrânia, e, consequentemente, dizerem até onde estão dispostos a que nos sacrifiquemos por ela.

Uma sondagem recentemente realizada em Berlim a dois mil alemães adultos – um dos países a ser mais afetado por uma eventual guerra com a Rússia –, a quem foi perguntado o que provavelmente fariam se a Alemanha fosse objeto de um ataque militar semelhante ao ataque russo à Ucrânia, cerca de 5% dos respondentes manifestaram prontidão para pegar voluntariamente em armas, 6% esperavam ser convocados e mobilizados; um em cada três (33%) tentaria continuar sua vida normal, da melhor maneira possível, quase um em cada quatro alemães (24%) deixaria rapidamente o país. Seria muito interessante fazer esse exercício noutros países, sem excluir Portugal.

Nem sempre o empenho retórico dos dirigentes europeus se tem traduzido em medidas coerentes e alinhadas com a retórica. Apesar das permanentes declarações de intenções, a Ucrânia recebeu até ao momento menos de metade do total da assistência financeira com que os países do Ocidente se comprometeram.

Manifestando alguma insatisfação, na recente Conferência de Segurança de Munique, o Chanceler alemão Olaf Scholz repreendeu os aliados por não fornecerem carros de combate à Ucrânia, os mesmos que o pressionaram a autorizar a sua entrega. Quando foi dada luz verde, muitos países descobriram que não tinham carros de combate para dar.

Apesar de não existir na Europa apenas uma resposta sobre como lidar com a guerra na Ucrânia, os europeus têm de esclarecer aquilo que pretendem e atuar em conformidade.

Estão ou não estão em guerra com a Rússia? Não podem considerar a Ucrânia um interesse vital, e depois comportarem-se como se tratasse de um interesse secundário. Como não podem considerar que tratando-se de um interesse secundário, alimentem o esforço de guerra enviando armamento, prolongando o conflito, arriscando a sua escalada, em vez de se envolverem em iniciativas de paz que lhe ponham fim, deixando a outros a responsabilidade de encontrarem uma solução política.

Procurando sol na eira e chuva no nabal, a pior solução para os europeus é não considerarem a Ucrânia um interesse vital e acabarem por ter de morrer por ela.

Washington sabe o que quer e o que está a fazer. Os dirigentes europeus nem por isso. As incongruências escancaram as portas aos falcões e a dirigentes revanchistas não controláveis, que anseiam por condicionar e influenciar a tomada de decisão. O tempo para fazer escolhas começa a escassear. A demora pode produzir consequências irreversíveis.

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Lavagem ao bestunto

 
Hoje todos ficaram a saber que os nazis/asov na Ucrânia, tal como os anjos, têm asas; todo o dia em todas as televisões, rádios e jornais a lavagem foi intensiva. mas toda esta histeria em nada modifica a realidade.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Sempre atual

“A história de toda a sociedade existente até hoje é a história das lutas de classes”.

«Em 21 de fevereiro de 1848, o Manifesto Comunista de Marx e Engels, um clássico do pensamento comunista, saiu da gráfica da Association of Educational Workers, localizada na 46 Liverpool Street, em Londres.»

«Anda um espectro pela Europa — o espectro do Comunismo. Todos os poderes da velha Europa se aliaram para uma
santa caçada a este espectro, o papa e o tsar, Metternich e
Guizot, radicais franceses e polícias alemães.»


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Entrevista para ler mais tarde

Na entrevista de hoje dada por António Costa sobre o conflito na Ucrânia, as mentiras são tamanhas e o absurdo sem limites nas afirmações que debita, que ficamos sem saber se tudo não passa de subjugação ao discurso EU/NATO  ou de debilidade mental.

Já o Jardineiro da UE crê que a “motivação” são as melhores munições.



Pobre povo ucraniano sob a bota desta gentalha

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Coincidências

Precisamente na mesma altura em que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa atribuía ao seu homólogo ucraniano Vladimir Zelensky o ‘Grande-Colar da Ordem da Liberdade’, o presidente da Ucrânia «concedia à 10ª Brigada de Assalto de Montanha das Forças Terrestes da Ucrânia o nome honorífico  Edelweiss »

A brigada foi nomeada ‘Edelweiss pelo seu 'cumprimento exemplar’. Trata-se do mesmo nome que tinha a 1ª Divisão de Infantaria de Montanha da Alemanha nazi, que participou em batalhas contra o Exército Vermelho, incluso em Donbass durante a Segunda Guerra Mundial. A divisão também esteve envolvida na invasão da Polónia e outros países europeus, assim como em operações punitivas contra a resistência iugoslava,  checa, grega e italiana.

AS BOAS ALMAS SÃO INSEPARÁVEIS

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

“Em nome do pai”

 

“Presidente da República atribui o Grande-Colar da Ordem da Liberdade a Volodymyr Zelensky “

«Baltazar Leite Rebelo de Sousa foi um político  português do Estado Novo, figura de relevo da ditadura que decretou «luto oficial» de três dias pela morte de Adolfo Hitler, «chefe» do Partido Nacional-Socialista e do III Reich Alemão.

O filho, Marcelo Rebelo de Sousa, atual presidente da república portuguesa, vai condecorar “em nome do pai” Volodymyr Zelensky que tem condecorado os nazis da Ucrânia.

O ADN IDEOLÓGICO NÃO SE PERDE FÁCILMENTE

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Coragem, nas barbas de Belzebu

López Obrador anuncia movimento mundial para eliminar o bloqueio   dos EUA a Cuba (vídeo)   (vídeo) 

11 de fevereiro de 2023

O presidente do México, Manuel López Obrador, anunciou no sábado que liderará um movimento internacional contra o bloqueio económico dos Estados Unidos a Cuba, além das condenações anuais na ONU, resoluções sem consequências.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Histórica mobilização em Madrid pela saúde pública

O neoliberalismo à trela de Bruxelas já mostrou todo o mal que pode fazer e, a direita e a pseudo- esquerda continuam a nos aplicar a pérfida receita.
A RUA É O CAMPO DE BATALHA

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

IMAGINEMOS...

Manuel Begonha

Imaginemos que uma grande potência que continua a deter a hegemonia mundial, os EUA, apoiada ou não, pelo seu braço armado, a NATO, verifica que um qualquer país, pretende sair da sua órbita de influência, ou passar a ser governado de uma forma não da sua ideologia ou interesse.
Ao longo dos séculos 20 e 21, ocorreram centenas de exemplos do que lhe sucederia:

- Ser invadido e normalmente massivamente bombardeado, como a Coreia, o Vietname, Laos, Camboja, Iraque, Sérvia, Síria, Granada, Afeganistão, etc.

- Serem-lhe criadas as condições para provocar um golpe de estado, mais ou menos sangrento como se verificou na Indonésia, Chile, Brasil, Argentina, Portugal, etc.

- Passar a sofrer um embargo como em Cuba e Venezuela.

Imaginemos que por exemplo, a Rússia ou a China, instalassem centenas de bases militares nos países vizinhos dos EUA, como o Canadá, o México, Cuba, Jamaica, Nicarágua e outros países da América Central, á semelhança do que levaram a cabo os norte-americanos que têm mais do que 400 instalações militares a cercarem a Rússia e a China.

Imaginemos finalmente que o território onde está sediada a base naval estadounidense de Guantanamo em Cuba, fosse periodicamente bombardeado pelo exército cubano.

Nos casos relatados, a prestimosa comunicação social dos países ocidentais, pouco se preocupou com as gritantes violações do direito internacional.
Mas como o passado existe, precisando de ser permanentemente recordado na memória dos homens, recuperemos o que se passou na chamada crise dos mísseis, sucedida em Cuba de 16 a 28 de Outubro de 1962 que certamente responderá ao que nos foi solicitado imaginar.
A Rússia resolveu instalar mísseis balísticos naquele país.
John Kennedy ameaçou Nikita Khrushchev que se não retirasse de imediato os mísseis, os EUA desencadeariam uma guerra nuclear em grande escala.
Todos os acordos em disputa foram então alcançados.

Quanto aos embargos atrás mencionados, que continuam a provocar um enorme sofrimento aos países afectados, é bom recordar que na Assembleia Geral da ONU de 4 de Novembro de 2022, pelo 30º ano, o embargo económico a Cuba foi condenado por esmagadora maioria, com 185 dos estados membros a pronunciarem-se contra o isolamento da nação caribenha, com os votos desfavoráveis dos EUA e Israel e a abstenção do Brasil [Bolsonaro] e Ucrânia.

Na grande política internacional, as potências como a Rússia e os EUA, traçam linhas vermelhas que não toleram ver ultrapassadas, a bem da harmonia e paz no mundo.
Seria bom que não se entrasse na via da provocação que é um processo chave para o equilíbrio da ordem internacional.

 

sábado, 4 de fevereiro de 2023

OS BÁRBAROS não desistem

 

1972 – «Atentados de Natal» no Vietname

Em 1972, era su­posto os EUA re­ti­rarem do Vi­et­name, após um cessar-fogo de 60 dias, no âm­bito do acordo de paz que es­tava a ser cons­truído entre as partes, mas Nixon re­cuou e deu luz verde a um dos bom­bar­de­a­mentos mais bru­tais de toda a guerra.

Em De­zembro foram lan­çadas 36 000 to­ne­ladas de bombas sobre o Vi­et­name do Norte, mais do que em todo o pe­ríodo entre 1969 e 1971. Foi o cul­minar das atro­ci­dades co­me­tidas, de que é pa­ra­digma o ig­nóbil mas­sacre de May Lai, em 1968, em que cen­tenas de al­deões de­sar­mados, so­bre­tudo ve­lhos, mu­lheres e cri­anças, foram bar­ba­ra­mente as­sas­si­nados pelas forças norte-ame­ri­canas.

A ordem era «matar tudo o que se mova». Mor­reram pelo menos dois mi­lhões de civis e mais de um mi­lhão de sol­dados vi­et­na­mitas. Meio sé­culo de­pois dos Acordos de Paz de Paris, as­si­na­lado a 27 de Ja­neiro, os restos mor­tais de cen­tenas de mi­lhares de sol­dados con­ti­nuam de­sa­pa­re­cidos; mu­ni­ções por de­tonar per­ma­necem no solo; mais de 100 000 pes­soas fi­caram fe­ridas ou mortas de­vido a esses des­pojos; con­ti­nuam a de­tonar bombas que mu­tilam e matam. A Cruz Ver­melha es­tima que três mi­lhões de vi­et­na­mitas foram afec­tados pelo Agente La­ranja, o que in­clui pelo menos 150 mil cri­anças nas­cidas após a guerra com graves de­for­mi­dades.

Os EUA não foram jul­gados por crimes de guerra.

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Uma proposta oportuna

 

O ator André Gago também comentou o altar-palco que está a ser projetado para as Jornadas Mundiais da Juventude.

Numa publicação, André Gago sugeriu:

 “A malta do Avante ensinava os escuteiros a fazer um palco e poupavam-se muitas moedas”.

Já várias figuras públicas se pronunciaram sobre o tema nas últimas horas. Esta quarta-feira, foi apresentado em conferência de imprensa o projeto do altar-palco para as Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer em agosto, em Lisboa.