quinta-feira, 21 de abril de 2011

Esta é a hora de tomarmos a rua


“é a hora”

Esta não é hora de lamentos

a história não se compadece com recriminações

rezas ou blasfémias

a história não se refaz nem se rectifica

indica-nos caminhos

o tempo e o espaço

e recorda ciladas e traições


Esta não é hora de esperarmos sentados

os dias que se avizinham têm marca de classe

apresentam-se sombrios enxovalhados

impróprios à nossa condição

não esquecendo o passado e sofrendo o presente

sabemos projectar o futuro

com capacidade emoção e perseverança


Esta é a hora de tomarmos a rua

entrincheirados defender AbrilMaio

matriz última da nossa liberdade

É a hora!

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