A banalização da fome
Quando já não é possível esconder o “fenómeno” há que o banalizar para que possa ser aceite como natural. Se em África o genocídio atinge proporções superiores aos perpetrados nos campos de Auschwitz, e de tão difundido o “fenómeno” deixou de impressionar as almas mais sensíveis, muito mais facilmente se banalizará a fome envergonhada que se esconde nos lares de milhares de trabalhadores em Portugal.
Publicita-se que o “Bancoalimentar contra a fome” angariou 3 mil toneladas de alimentos. Ainda bem! Não se publicita é quanto abicharam o governo e as grandes superfícies à porta das quais esses produtos são recolhidos. Nem a ignomínia de trabalhadores e pensionistas terem de mendigar por interpostas pessoas.
Há estudantes que passam fome, denunciam os mídia. E os familiares desses estudantes vivem na abastança?
Convido-vos a participar no Bancoalimentar contra a fome de justiça.
É uma entidade que só os pobres podem alimentar, um organismo que nos rodeia e se nos depara a cada passo. Não vive de esmolas, nutre-se de dignidade e fervor posto na luta pelos direitos que os trabalhadores conquistaram, e que estão a ser usurpados pela escumalha que há 35 anos nos agride.
2 comentários:
Nesse banco eu alinho...
Um abraço.
E eu também alinho.
Um beijo.
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