terça-feira, 26 de dezembro de 2023

25 dezembro 2023 Natal de Gaza

 

O ataque de domingo 25 de dezembro foi um dos mais mortíferos desde 7 de outubro

«Nesta manhã de 25 de Dezembro de 2023, um ataque do Exército israelita deixou pelo menos 106 mortos no campo de refugiados de Maghazi, um sobrevivente disse ser “o completo extermínio de uma zona residencial”, segundo a emissora pan-árabe Al Jazeera. Foi um dos ataques mais mortíferos de Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro.

O sobrevivente Abu al-Eis, ouvido pela Al Jazeera, contou que, além das famílias que viviam no local, havia ainda muitas pessoas deslocadas de outras zonas do território.

A jornalista Hind Khoudary descreveu como as pessoas estavam a tentar, com as próprias mãos, retirar sobreviventes dos escombros, já que não havia equipas de socorristas presentes nem ambulâncias. “Um homem diz que cinco familiares seus estão debaixo dos escombros, incluindo o filho de dois meses”, disse Khoudary. “Cheira a sangue, vemos corpos desfeitos, e acabámos de ver ser retirado um bebé dos escombros.”»

Os administradores dos colonatos ocidentais, vulgo Europa, mantêm-se coniventes com os genocidas sionistas, nem só um boicote uma só sanção a Israel, tão lestos que têm sido em seguir os ditames dos USA para com a Federação Russa.

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Carlos Fino·

OMS - TESTEMUNHOS DILACERANTES

APÓS ATAQUE DE ISRAEL A MAIS UM HOSPITAL EM GAZA

Testemunhos "dilacerantes" após bombardeamento em Gaza

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou testemunhos "dilacerantes" que as suas equipas recolheram hoje num hospital da Faixa de Gaza onde se encontram as vítimas do bombardeamento do campo de refugiados de Al-Maghazi.

DN/Lusa

25 Dezembro 2023

"Aequipa da OMS registou testemunhos dilacerantes do pessoal médico e das vítimas sobre os sofrimentos infligidos pelas explosões", declarou o chefe da organização da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no X (ex-Twitter).

"Uma criança perdeu toda a sua família no ataque [israelita] sobre o campo. Uma enfermeira do hospital teve a mesma perda, toda a sua família foi morta", acrescentou na rede social.

Num primeiro momento, o ministério da Saúde do Hamas anunciara a morte de pelo menos 70 pessoas num ataque na noite de domingo que atingiu o campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. O número de óbitos foi revisto em alta, para 106, segundo a Associated Press, ao consultar registos hospitalares.

Numerosos corpos sem vida, em sacos mortuários brancos, foram alinhados junto ao hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, centro da Faixa de Gaza, antes dos funerais, indicou a agência noticiosa AFP.

O Exército israelita disse que iria "verificar o incidente".

Segundo o chefe da OMS, o hospital indicou ter recebido uma centena de feridos após o bombardeamento. "O número de doentes acolhidos pelo hospital ultrapassa de longe as suas capacidades em camas e em pessoal", sublinhou. "Muitos não vão sobreviver à espera".

"Este último ataque sobre uma comunidade de Gaza demonstra por que motivo é necessário um cessar-fogo imediato", escreveu ainda Ghebreyesus.

Sean Casey, membro da missão da OMS, indicou ter assistido aos cuidados fornecidos a um rapaz de 9 anos gravemente ferido e de nome Ahmed. "Foi simplesmente tratado através de um sedativo para aliviar o seu sofrimento, antes de morrer", descreveu num vídeo registado em pleno hospital.

"Ninguém conseguiu fazer nada por ele. Como em tantos outros casos, não existem condições para abordar casos neurológicos complexos, casos de traumatismos complexos", lamentou.

"As salas de operações trabalham 24 horas sem interrupção. A sala de urgências está muito abaixo das suas capacidades", acrescentou este responsável da OMS. "Uma situação inaceitável, que tem de parar", sublinhou.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humana sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 7 de outubro, mais de 300 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico.

 

1 comentário:

Maria disse...

Já não tenho palavras para este genocídio...