segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O fascismo de “take away”.


Os novos pobres e os velhos ricos

Comentadores e cronistas acusam os governantes de não saberem explicar as agressões a que sujeitam a MAIORIA da população. Explicar, por exemplo, que quanto mais se privatiza mais se criam novos pobres e novos-ricos, e ricos velhos com fortunas obscenas. E que sempre que se pede mais dinheiro à banca ficamos mais pobres, enriquecendo os novos e velhos ricos. Eles não sabem é explicar, são maus pedagogos, não conseguem fazer compreender aos que têm fome que devem continuar a contribuir para dar prémios de milhões de euros, milhões… a escroques que estão a administrar as empresas que foram privatizadas.
 
Entretanto, tal como no tempo do outro fascismo, voltamos à sopa do Sidónio.
 Agora, os novos pobres não necessitam de ficar na bicha aguardando que lhes matem a fome. Estes novos bárbaros, permitem-lhes levar a comida e a fome para casa, o que na terminologia ministerial e linguajar do ministro da miséria, se designa por “take away”. Na miséria salazarenta usava-se a marmita, hoje utiliza-se taparuer. A fome manifesta-se do mesmo modo e os que a fomentam são os mesmos.
 
Por todo o país pululam os programas de emergência para matar a fome e a dignidade de quem se descartado da sociedade.

Refeições pagas pelo Estado? Não! São refeições pagas com os nossos impostos, inclusive os dos desempregados e dos próprios indigentes que recorrem à esmola de uma sopa.

2 comentários:

Olinda disse...

Seja ,pela forma que for,ê sempre humilhante ter que recorrer ä caridadezinha.A filha de uma amiga e camarada desempregada,com 14 anos,foi sujeita a um questinârio vexante,na escola,para ter acesso a uma refeicao.Quem se importa com os danos psicolôgicos infligidos a estas criancas?Isto ê uma violacao dos direitos humanos.Quem julgarâ esta gente?Âs vezes sinto ôdio,e juro que nao queria,como dizia o Zeca,sempre sensîvel aos problemas do povo.

trepadeira disse...

Eles parece terem esquecido o que aconteceu ao sidónio.

Um abraço,
mário