quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Os desesperados




A direita revanchista ainda não se libertou dos genes salazarentos e, de estribeiras perdidas, destrambelhada, dispara em todas as direções os arcabuzes ferrugentos carregados da pólvora seca estalinista.

A direita revanchista vomita o fogo do desespero, não consegue ver-se impossibilitada de prosseguir os crimes socialmente aferidos.

Os media, propriedade do grande patronato, caixa-de-ressonância ideológica do grande capital, mantém na mira qualquer esquerda que possa pôr em causa os seus desígnios, e nas suas hostes o engulho torna-se epidémico quando confrontada com o partido que desde há muito haviam dado como defunto e lhes surge qual fantasma de vestes vermelhas.

A direita revanchista e ignorante não tem em conta a luta de classes, não se havia preparado para a derrocada do outro fascismo que ao estilhaçar-se pôs as suas hostes em debandada. Agarrada ao poder até ao colapso inevitável, usará todos os enormes meios ao seu dispor; todos os cuidados são poucos frente a um desesperado.
Não é a total derrota da direita, mas sejam quais forem as consequências desta batalha, é um aviso, uma advertência, um sinal para ambos os lados: a direita revanchista que perdeu o poder político e o social, se alguma vez o teve, terá de encolher as garras, e a esquerda, mesmo a mais hesitante, tem um campo aberto, uma oportunidade histórica para governar a bem de comunidade.

1 comentário:

Olinda disse...

Completamente de acordo!A situação presente,poderá não dar em nada.que é o mais certo.Mas que acagaçou muita gentinha,é um facto!Abraço