«Não há nada isento das revoluções, e alterações do mundo; tudo nele se muda, porque tudo se move; por isso a firmeza é violenta, ao mesmo tempo que a inconstância é natural.»
Matias Aires
O mundo está uma arrastadeira, um caneco onde me recuso a viver de braços caídos. Prometo-te amigo, cidadão, camarada que lutarei até ao fim pela reconquista da dignidade usurpada, pela justiça onde o ser humano seja o sujeito das nossas preocupações, o objeto e o objetivo das nossas vidas, para que um dia possamos desejar as boas-festas sem o terror da incerteza a esmagar os nossos sonhos.
Cid Simões
O medo aí está: frio e amorfo como a angústia. O que poderia ser um excelente pretexto para manifestarmos os nossos profundos sentimentos, e solidariedade atuante, não vai além da ladainha habitual, despersonalizada, frouxa, sem alma. Boas-festinhas nha-nha-nhá, com o mesmo jerico e as receitas requentadas do costume, servidas em inglês, francês, espanhol, alemão, pois claro, cirílico, árabe e japonês que, pela grafia, se depreende.