I
Não tenho tempoagora De contar as histórias dos mártires Não tenho tempo Os lábios das feridasemcurso Me sangram... devoram meusúltimosinstantes Mastunão chores
Meusangue é umfio de azeite Quealimenta a lâmpada da liberdade Não chores tu Enquantocuba esteja empé
II
Mãe As lágrimassobremártiresvivos São uma grandevergonha Orapelaterraverde Que seja pródigaempãesparaseusfilhos Reza pelosvivos Que permaneçam anosemsuapátria Não comi meupão... Ó mãe Os inimigos se fartaram... inclusive de minhacarne E amanhã... os corvos dos bosquesnegros Disputarão meucorpo Mas ficarão o pão e Cuba Para os cubanos livres
III
Minhatumba Ó mãe... minhatumbanão tem endereço Euvivoem todas as partes Caminho... e não tenho pernas Falo... e não tenho língua Vejo... e não tenho olhos Euvivoem todas as partes Sou o deus deste século Filho de Revolução... e da dor
3 comentários:
Estou encantada por ter descoberto este blog. Grandes armas estas palavras.
Um beijo.
Graciete; não sei o que se passa mas não consigo descarregar o seu comentário. Vou tentar mais tarde. Obrigado pela visita.
No meu comentário eu confessava-me encantada por ter descoberto este blog que já pus nos meus favoritos. Um abraço e parabéns.
Enviar um comentário