sábado, 23 de outubro de 2010

FASCISMO, Partido Socialista e LUTA


As condições sociais agravam-se
a luta por uma vida digna acelera
no PS estala o verniz democrático e o fascismo espreita

Quem tem medo da JCP?

- este texto encontra-se no blogue "Cravo de Abril -

O caso conta-se em poucas palavras:
cinco membros da JCP, quatro raparigas e um rapaz, foram detidos pela PSP quando procediam à pintura de um mural na Rotunda das Olaias, em Lisboa; levados para a esquadra, foram insultados, ameaçados e... obrigados a despir-se.
Repito: obrigados a despir-se.

Estamos perante uma situação que espelha luminarmente os danos causados por 34 anos de política de direita aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos - uma situação que mostra quão longe estamos do 25 de Abril libertador e quão perto estamos do passado que «em Abril, Abril venceu»...

E não se trata apenas de uma prática policial de desprezo pela lei, para o caso a Lei 97/88, que não só legitima a pintura de murais em locais públicos como condena o seu impedimento.
Trata-se, acima de tudo, de um comportamento policial nojento, ascoroso, abjecto, com contornos de doentia perversão.
Os que obrigaram os cinco jovens a despir-se, fizeram-no provavelmente inspirados nas práticas actualmente em voga nas prisões dos EUA no Iraque, em Guantánamo... práticas que, aliás, eram de uso corrente nas salas de interrogatório da sede da PIDE, especialmente em relação a mulheres comunistas que caíam nas garras da tenebrosa polícia política do fascismo.
A confirmar que isto anda tudo ligado...

E é contra tudo isto que lutamos todos os dias. E é contra tudo isto que a luta tem que continuar todos os dias.
Até que o nosso grito «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais» deixe de ser necessário e seja apenas a memória de uma luta que vencemos.
Até ao triunfo definitivo de Abril, dos seus valores e dos seus ideais de liberdade e justiça social.


É mais que necessário continuar a gritar bem alto:

25 de Abril sempre, fascismo nunca mais


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3 comentários:

saitica disse...

Cid, gostei da crítica, a gente só entrega o que é nosso! É que os moçambicanos lutaram por muito tempo para retomar o seu país. Portugal internamente
sofria na luta contra o fascismo, essa luta tinha caráter político internacional, culminou com a revolução dos cravos pontuando cada fuzil. As colônias respiravam perspectivas de vitórias e elas vieram culminando com a rendição do exército português em Moçambique, Angola etc.
Só restava assinar acôrdos de paz e entregar o país ao povo invadido.
Realmente "entregar" é um verbo desgraçado. Um abraço do primo Simões brasileiro. Seus comentários sempre serão mantidos e bem vindos.
estamos lincando as palavras são armas ao saitica
daniel de andrade simões

Graciete Rietsch disse...

Não podemos deixar que o 24 regresse. Continuemos a luta por ABRIL.

VIVA A JCP

Um beijo

LuisPVLopes disse...

A indiferença

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.

Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.

Bertolt Brecht