domingo, 15 de janeiro de 2012

Rosa Luxemburgo 5/3/1871 -- 15/1/1919

O interrogatório de Rosa Luxemburgo

O interrogatório
De
Rosa Luxemburgo
Durou
apenas algumas horas. Ela sabia
Tão bem como os seus carcereiros
Que palavras ali não existiam. Caída
Na
batalha
Contra o nervo vital do Estado; banhada
Em sangue
E
quase sem sentidos,
Rosa,
Frágil camarada,
Pediu aos caçadores
seus assassinos
Agulha e linha. E, silenciosamente,
Com uma pistola apontada à têmpora,
Coseu a
bainha da saia que se encontrava
Descosida.
Pouco depois
O
cadáver
Foi lançado à
água.

Casimiro de Brito

Aqui o capitalismo revela a sua caveira, aqui confessa que o seu direito de existir caducou, que a continuação do seu domínio não é compatível com o progresso da humanidade

Rosa Luxemburgo

2 comentários:

trepadeira disse...

Cabe agora continuar a luta e passar o testemunho.

Um abraço,
mário

filipe disse...

Bom post, neste dia tão bem assinalado!

Como ela disse, se o capitalismo já não tem qualquer direito à existência, façamos nós tudo - tudo e bem, acertadamente -, por ela, por todos os que já caíram, mas também por nós, acabando com com ele com a urgência que a realidade nos impõe!...
Um abraço, e boa semana!