O interrogatório de Rosa Luxemburgo
O interrogatório
De Rosa Luxemburgo
Durou apenas algumas horas. Ela sabia
Tão bem como os seus carcereiros
Que palavras ali já não existiam. Caída
Na batalha
Contra o nervo vital do Estado; banhada
Em sangue
E quase sem sentidos,
Rosa,
Frágil camarada,
Pediu aos caçadores seus assassinos
Agulha e linha. E, silenciosamente,
Com uma pistola apontada à têmpora,
Coseu a bainha da saia que se encontrava
Descosida. Pouco depois
O cadáver
Foi lançado à água.
“Aqui o capitalismo revela a sua caveira, aqui confessa que o seu direito de existir caducou, que a continuação do seu domínio já não é compatível com o progresso da humanidade”
2 comentários:
Cabe agora continuar a luta e passar o testemunho.
Um abraço,
mário
Bom post, neste dia tão bem assinalado!
Como ela disse, se o capitalismo já não tem qualquer direito à existência, façamos nós tudo - tudo e bem, acertadamente -, por ela, por todos os que já caíram, mas também por nós, acabando com com ele com a urgência que a realidade nos impõe!...
Um abraço, e boa semana!
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