sexta-feira, 20 de julho de 2012

O futuro à venda


MADRID 19 de Julho de 2012
 (E quando nada mais houver para vender?)

Esta fotografia trouxe-me à memória a leitura que desdemuito venho fazendo de “A origem da família da propriedade e do Estado de Friedrich Engels.

«quando o produto da venda do lote de terra não bastava para cobrir o montante da dívida hipotecária, (hoje são os apartamentos devolvidos aos bancos) e não havia com que cobrir a diferença, o camponês devedor tinha que vender os filhos nos mercados de escravos estrangeiros para satisfazer por completo o seu credor. A venda dos filhos pelo pai foi, pois, o primeiro fruto do direito paterno e da monogamia. E, se, ainda assim, o vampiro não se saciasse, podia vender como escravo o seu próprio devedor. Essa foi a aurora da formosa civilização do povo ateniense

E ainda

«Mas, com o progresso do comércio e da indústria, vieram o acumulo e a concentração das riquezas em poucas mãos, e com isso o empobrecimento da massa dos cidadãos livres, aos quais ficava o recurso de escolher entre: competir com o trabalho dos escravos, (…) ou converter-se em mendigos. Este último caminho foi o escolhido. Como, porém, constituíam a maior parte dos cidadãos, os que assim fizeram acabaram por levar à ruína o Estado ateniense. Não foi a democracia que arruinou Atenas. »

Muito se fala da Grécia berço da democracia. E destes ensinamentos!?
Vamos retroceder 2600 anos?

2 comentários:

trepadeira disse...

Eles bem querem.
Cabe-nos impedir,como sempre,numa luta de vida ou morte.

Um abraço,
mário

Graciete Rietsch disse...

Vamos a caminho, no passo atás, mas precisamos de acabar com o medo e voltar a andar em frente.

Um beijo.