02/04/2018
O
"espírito do Ocidente", os EUA, a Nato e a Rússia
Independentemente da gravidade do atentado, a
primeira-ministra britânica agarrou-se a ele como lapa à rocha, apelando à solidariedade
dos EUA, EU e NATO para o que só pode ser uma incrível escalada no clima de
"guerra fria" que o Ocidente pretende instalar de novo.
O que
resta do famoso “espírito do Ocidente”? A terrível “guerra química” que os
Estados Unidos da América levaram a cabo no Vietname entre 1965 e 1975,
arrasando florestas e sementeiras e matando mais de um milhão de seres humanos
com napalm e o horrível agente laranja, porventura por considerarem que os
pequenos asiáticos que acabaram por os derrotar pertenciam a uma raça inferior?
A intervenção da NATO nos Balcãs e o cobarde bombardeamento de Belgrado, na
década de 1990? A invasão e ocupação do Afeganistão pelas forças da NATO em
2001, que já dura há 17 anos? A invasão e destruição do Iraque, em 2003, por
forças dos EUA e do Reino Unido (a mando de Bush Júnior e Tony Blair),
acolitadas e apoiadas por “aliados” (como o Portugal de Durão Barroso, Paulo
Portas e Martins da Cruz), que provocou seguramente várias centenas de milhares
de mortos e desestabilizou por completo o Médio Oriente? O bombardeamento e
destruição da Líbia, a coberto da NATO, em 2011, pelos aviões e os mísseis dos
EUA, Reino Unido e França (a mando de Barack Obama, David Cameron e um Nicolas
Sarkozy agora sob suspeita de ter sido corrompido por Muammar Kadhafy)? A
intervenção militar das potências ocidentais e incitamento e apoio à rebelião
na Síria, a partir de 2014, que fortaleceram a Al-Qaeda e, sobretudo, deram
origem à criação do Estado Islâmico, hoje mais conhecido por Daesh, (armado até
aos dentes, directa ou indirectamente, pelas potências ocidentais e por
Israel)? É isto o que resta do famoso “espírito do Ocidente”?
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