«Os
medíocres quando
em rebanho são perigosos»
José Ingenieros
Embora
carregado de combustível, o facho está apagado, os ventos internos não estão de
feição a lhe pegar fogo, manter o morrão e aguardar o momento que pretendem
construir para o atiçar, manda a prudência.
Insidiosamente
e, com aparente naturalidade, sempre que oportuno, é dada visibilidade à
extrema-direita, conferindo-lhe a importância e as condições que lhe permita
progredir, e ser aceite, sem que levante a curiosidade de se saber quem são os promotores
do seu protagonismo.
O
Presidente da República convidou o jornalista João Miguel Tavares para presidir
às Comemorações do 10 de Junho.
Este
cronista, político sombra, analista poucochinho, intelectual enfezado foi
chamado à ribalta, sendo-lhe concedido o estatuto de algo e puxando-lhe lustro
a um currículo embaçado.
A
promoção da mediocridade é a fresta por onde se infiltram trumps, bolsonaros e
seus irmãos, e, estas famílias, se não usarmos o raticida adequado, infestam
a sociedade.
«O meu
otimismo reside na certeza de que esta civilização
se vai desmoronar. O meu
pessimismo teme aquilo
que ela
ainda possa fazer
para nos arrastar na sua queda… Que época terrível esta em que idiotas dirigem multidões
de cegos…»
William Shakespeare – século XVI
4 comentários:
João Miguel Tavares é um Salazarista e um caluniador profissional.
Marcelo fez a maior provocação à democracia portuguesa desde que tomou posse como presidente da república. Nem o seu salazarento antecessor foi tão longe; e penso que, tal como eu, muitos democratas portugueses sentiram isso como uma verdadeira afronta e sentiram-se excluídos da efeméride, que começa a assemelhar-se cada vez mais ao “dia da raça” de outros tempos.
O escolhido de Marcelo surge nestas comemorações com um novo visual, muito tipo “skinhead”, que lhe assenta bem. E há que estar atento aos novos episódios que este namoro nos reservará no futuro – se Marcelo quer catapultar o rapaz para mais altos voos, quiçá como putativo “regenerador” da sua direita que anda meio baralhada e sem rumo, ou se quer apenas dispor de um fiel homem de mão para fazer uns “trabalhitos” durante a próxima legislatura, que se adivinha tumultuosa.
Nada como uma pedra para partir a dentuça a esta canzoada...
Em política,nada é por acaso.Tudo é reflectido,pesado e medido.Esperemos que o "produto" escolhido seja um tiro no pé para os "saudosistas".Abraço
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