terça-feira, 11 de junho de 2019

A promoção da mediocridade



«Os medíocres quando em rebanho são perigosos»
José Ingenieros

Embora carregado de combustível, o facho está apagado, os ventos internos não estão de feição a lhe pegar fogo, manter o morrão e aguardar o momento que pretendem construir para o atiçar, manda a prudência.

Insidiosamente e, com aparente naturalidade, sempre que oportuno, é dada visibilidade à extrema-direita, conferindo-lhe a importância e as condições que lhe permita progredir, e ser aceite, sem que levante a curiosidade de se saber quem são os promotores do seu protagonismo.

O Presidente da República convidou o jornalista João Miguel Tavares para presidir às Comemorações do 10 de Junho.

Este cronista, político sombra, analista poucochinho, intelectual enfezado foi chamado à ribalta, sendo-lhe concedido o estatuto de algo e puxando-lhe lustro a um currículo embaçado.

A promoção da mediocridade é a fresta por onde se infiltram trumps, bolsonaros e seus irmãos, e, estas famílias, se não usarmos o raticida adequado, infestam a sociedade.

«O meu otimismo reside na certeza de que esta civilização se vai desmoronar. O meu pessimismo teme aquilo que ela ainda possa fazer para nos arrastar na sua queda… Que época terrível esta em que idiotas dirigem multidões de cegos…»
William Shakespeare – século XVI

4 comentários:

José Corvo disse...

João Miguel Tavares é um Salazarista e um caluniador profissional.

Unknown disse...

Marcelo fez a maior provocação à democracia portuguesa desde que tomou posse como presidente da república. Nem o seu salazarento antecessor foi tão longe; e penso que, tal como eu, muitos democratas portugueses sentiram isso como uma verdadeira afronta e sentiram-se excluídos da efeméride, que começa a assemelhar-se cada vez mais ao “dia da raça” de outros tempos.
O escolhido de Marcelo surge nestas comemorações com um novo visual, muito tipo “skinhead”, que lhe assenta bem. E há que estar atento aos novos episódios que este namoro nos reservará no futuro – se Marcelo quer catapultar o rapaz para mais altos voos, quiçá como putativo “regenerador” da sua direita que anda meio baralhada e sem rumo, ou se quer apenas dispor de um fiel homem de mão para fazer uns “trabalhitos” durante a próxima legislatura, que se adivinha tumultuosa.

Fonseca disse...

Nada como uma pedra para partir a dentuça a esta canzoada...

Olinda disse...

Em política,nada é por acaso.Tudo é reflectido,pesado e medido.Esperemos que o "produto" escolhido seja um tiro no pé para os "saudosistas".Abraço