terça-feira, 22 de abril de 2025

E tudo!


50 MADRUGADAS

50 MADRUGADAS

A partir da obra poética de Ary dos Santos

O Museu do Fado convida para a estreia de 50 Madrugadas,

no dia 24 de Abril, às 19h00, no Museu do Fado.

Companhia da Esquina  

Encenação: Jorge Gomes Ribeiro 

Com Sofia Ramos, Ricardo Abreu Raposo, Pedro Pernas,

António Martins (guitarra portuguesa) e Pedro Saltão (viola de fado)

 O espetáculo desenrola-se numa sala de redação, onde um grupo de jornalistas trabalha num artigo sobre Fado e Democracia. À medida que exploram a obra de Ary dos Santos e outros autores relevantes para o 25 de Abril, a noite transforma-se numa jornada de memórias, debates e celebração. Os jornalistas revivem poemas, letras e músicas, discutindo temas como política, fascismo, fado e património cultural. 

A narrativa evolui de uma simples sessão de trabalho para uma experiência imersiva, onde a música e a poesia ganham vida. O espetáculo culmina com a evocação da madrugada de 25 de Abril, simbolizando o despertar da liberdade em Portugal. 

 Edição de Estúdio: Diogo Sotto-Mayor . Controle e Mistura Áudio: Pedro Pestana 

Luminotécnica: Nuno Barroca . Direção de Comunicação: Rita Fernandes 
Direção de Produção: Manuela Morais 

🗓 24 ABRIL
🕐 19 H 
📍 MUSEU DO FADO

 

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Lotação limitada. Reserva obrigatória para comunicacao@museudofado.pt

Este espetáculo integra o programa Festas de Abril da Lisboa Cultura.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

OS DIAS LEVANTADOS

Dia 26 de Abril, sábado, n' A Padaria do Povo (R. Luís Derouet 20A, Campo de Ourique, Lisboa), partimos do apelo OS DIAS LEVANTADOS de apoio à CDU nas próximas eleições legislativas para debater a guerra, o combate ao fascismo e o que podemos fazer em Portugal para construirmos uma sociedade mais justa.

O programa está disponível em anexo. 

Inscrições para o jantar (15 euros) até ao dia 23 de Abril através do e-mail: iniciativadoscomuns@gmail.com

O Manifesto OS DIAS LEVANTADOS continua disponível para subscrição para aqueles/aquelas que ainda não o fizeram e se assim o entenderem.

No próximo dia 18 de Maio, assumiremos um compromisso com a esperança em tempos que são difíceis. Apelamos a um voto certo e seguro contra as desigualdades económicas e o neoliberalismo, contra todas as derivas militaristas e seus efeitos humanitários e ambientais nefastos. Contra a ameaça fascista que o avanço da extrema-direita representa, votaremos por um antifascismo com memória e futuro. Não somos militantes do PCP nem do PEV, votaremos na CDU e são estas as nossas razões.

Assina aqui 👉 https://iniciativadoscomuns.wordpress.com/os-dias-levantados/

Carlos Matos Gomes e Abril-agradecido

Ainda há um mês, com acutilância, lucidez e ironia, nos alertava para a realidade como só um escritor comprometido o consegue fazer. Guardemos este alerta que certamente nos vai ser necessário.

“O rearmamento da Europa faz tanto sentido como comprar uma armadura e um arreio de prata para um burro velho e convencer os pagantes de que têm ali um cavalo de batalha que os defenderá de um inimigo imaginário. O Dom Quixote de La Mancha antecipou este cenário.23 março 2025 (ver aqui)

quarta-feira, 9 de abril de 2025

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Os cães abocanham o SNS - 7 abril Dia Mundial da Saúde

Mais 28.500 pessoas sem médico de família em março de 2025

Em pré-campanha eleitoral os cães de fila que têm devorado o SNS vêm agora de bandeiras desfraldadas e caixões às costas prometer tudo o que já nos roubaram.

O número de pessoas sem médico de família subiu para 1.593.802 no final de março, mais cerca de 28.500 do que no mês anterior, indica o portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde. O número de inscritos nos centros de saúde também cresceu, havendo mais 160.042 utentes do que em fevereiro. Em janeiro aposentaram-se mais 13 clínicos, o que significa que no mínimo 20.150 pessoas perderam o médico de família.

*

«Há muitas maneiras de matar. Podem enfiar-te uma faca na barriga, arrancar-te o pão, não te curar de uma enfermidade, meter-te numa casa sem condições, torturar-te até à morte a trabalhar, levar-te para a guerra, etc. Só a primeira é proibida pelo Estado.”— Bertold Brecht (1898-1856)

domingo, 6 de abril de 2025

Duran Clemente: apresentação do seu último livro.

 

Fazemo-nos eco do texto que o nosso associado, Militar de Abril, M Duran Clemente nos fez chegar. Trata-se da alocução que fez na VO aquando da apresentação do seu último livro.

Associação Conquistas da Revolução - ACR

VOZ DO OPERÁRIO, 5 de Abril de 2025

APRESENTAÇÃO MDC

1.Os fantasmas de todas as revoluções derrotadas, ou desvirtuadas, ao longo da história, renascem sempre em novas experiências, assim como os tempos presentes foram engendrados pelas contradições do passado. Parafraseando Eduardo Galeano: “a História é um profeta com o olhar voltado para trás: pelo que foi, e contra o que foi anuncia o que será. A memória é subversiva por ser diferente, e também projecto de futuro”. Neste livro deixo-lhes a memória subversiva de experiências vividas, que não são opinião nem interpretação; são informações para aclarar alguns factos. Conspirei e actuei com muito empenho, vários anos antes da Revolução de Abril, com civis e militares antifascistas e anticolonialistas; faço parte dessa geração intrépida que derrubou uma ditadura a cair de podre. Lembro-me, que no dia da vitória da nossa Revolução, os portugueses regozijaram-se e viveram uma euforia emancipatória de intensa participação colectiva, reivindicaram o direito à palavra e ocuparam as ruas como espaço de libertação. Mas, à medida que as promessas de justiça social se concretizavam, surgiram os golpes e os contragolpes reacionários para as asfixiar… Em certo sentido a direita tinha razão, quando se identificava com a tranquilidade e com a ordem. Porque a ordem é a duradoura humilhação da classe trabalhadora, mas sempre é uma ordem – a tranquilidade de que a injustiça continua injusta, e a pobreza aumenta. A nossa Revolução viveu tempos duros e difíceis, de contradições e sacrifícios. Os próprios portugueses confirmaram que o socialismo se construía com o esforço de todos, e que a revolução não era nenhum passeio… As sucessivas mudanças de governos culminaram na fúria das agressões contra o Primeiro-ministro Vasco Gonçalves e seus apoiantes, por serem a expressão não mascarada da luta de classes: o perigo real. E esta revolução acossada, que suportou traições sem limites, não caiu em ditadura por ter sido defendida pelo povo. As bandeiras da revolução social, que os coveiros da Revolução de Abril enterraram em Novembro, defendiam as nacionalizações das empresas estratégicas e a expropriação dos grandes agrários que teimavam em boicotar o desenvolvimento económico do país (um dos três “Ds” inscritos no Programa do Movimento das Forças Armadas).

2 Cinquenta anos passados recordo neste livro o descontrole e precipitação com que as autoridades militares analisaram os acontecimentos de 25 de Novembro de 1975. Pelo carácter irreversível de afirmações e posições políticas assumidas por altos responsáveis, que não garantiram um julgamento justo aos “supostos implicados no designado golpe comunista”. Os militares e civis, presos e exilados após o 25 de Novembro, sofreram as vicissitudes de um ambíguo processo revolucionário. Humilhados e ultrajados, foram vilmente condenados à priori, por um sistema militar “novembrista” que subverteu os direitos universais. E para que conste, na memória futura, as averiguações não apuraram a Verdade que interessava ao país e à revolução dos trabalhadores, mas às forças mais reacionárias da sociedade portuguesa. “Só a verdade é revolucionária!”, escreveu António Gramsci. E George Orwell também disse algo semelhante, ao afirmar que "numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um acto revolucionário!" Por isso, escrevi estas crónicas para responder a muitas questões e inquietações que me zumbem na cabeça, e o que escrevi desfruta de um sentimento coletivo sempre que coincide com experiências comuns. Sei que pode parecer sacrilégio que algumas crónicas falem de determinados acontecimentos ao estilo de um romance de pirataria, mas confesso que me repugna ler obras de certos sociólogos, politólogos, ou historiadores, que escrevem em código. No meu caso, escrevi para divulgar experiências vividas e ideias alheias, que talvez ajudem, na justa medida, a clarificar as dúvidas que perseguem há cinquenta anos alguns dos ditos “vencidos” da Revolução. Porque nos mentem sobre o passado, como nos mentem sobre o presente, para mascararem a realidade. Para nos incutirem uma memória hegemónica, fabricada, alienada, dissecada e estéril. De maneira a resignarmo-nos e a perdermos a esperança na Humanidade. Há uma tendência para pensarmos que o presente é imutável, e esquecemo-nos de quantas vezes, ao longo da História, fomos surpreendidos pelo colapso de instituições, por mudanças extraordinárias nas mentalidades, por explosões inesperadas de rebelião popular e pelo colapso de regimes políticos que pareciam invencíveis.

3 Por isso, as coisas más que hoje acontecem não são mais do que repetições de coisas que sempre aconteceram, como as guerras, o racismo, o fanatismo religioso e nacionalista, os maus-tratos infligidos às mulheres, a desigualdade social, a fome, etc. etc. O bom, por outro lado, é o inesperado. Inesperado e explicável através de certas verdades, que de vez em quando explodem e que tendemos a esquecer. Mas convém não esquecer que a Revolução de Abril foi o culminar de lutas de muitas gerações por uma sociedade mais justa, para conquistarmos a liberdade e o direito de votarmos livremente. Hoje, muitas pessoas protestam contra um sistema capitalista que favorece “os donos do capital”, mas falham o alvo sempre que culpam os imigrantes, os ciganos, os negros ou as comunidades mais desfavorecidas. Por isso, precisamos urgentemente de criar um sistema mais justo e igualitário que combata os discursos populistas da extrema direita. O que ainda me encoraja é justamente essa possibilidade de mudança, apesar do racismo, da xenofobia, da discriminação sexual, da pobreza, das crises económicas que envenenam a nossa sociedade, e das guerras. As guerras invocam sempre motivos nobres, quer seja em nome da Paz, de Deus, da civilização, do progresso ou da democracia, e se por via das dúvidas nenhuma dessas mentiras for suficiente, os meios de comunicação social estão dispostos a inventar novos inimigos imaginários “para justificarem a conversão do mundo num grande manicómio e num imenso matadouro”, como afirmou Eduardo Galeano. Tudo isto porque as armas exigem guerras e as guerras exigem armas, e os países que dominam as Nações Unidas, com poder de veto, são os principais produtores de armas. Nunca escondi as minhas opiniões políticas: o meu ódio à guerra e ao militarismo, a minha fúria perante a desigualdade social, a minha crença no socialismo, como distribuição justa e racional da riqueza. Sabemos que a dinâmica interna do capitalismo continuará a gerar crises económicas, a destruir o meio ambiente, a aumentar a pobreza, e que com a Inteligência Artificial, os novos “donos do capital” podem substituir a verdade dos factos por falsidades, e comprometer o futuro da Democracia. Mas se apenas virmos o pior perdemos a perspetiva histórica, e podemos reduzir o mundo às notícias deprimentes dos telejornais diários.

 

4 Creio que o que temos de ver, para não perdermos a esperança, são as mudanças operadas ao longo do tempo. De maneira a combatermos o pessimismo como profecia auto-realizável, que mutila a nossa vontade de agir para transformar o mundo em que vivemos. No fundo, os seres humanos desejam e querem as mesmas coisas: anseiam por paz e condições de vida justas, por amizade e afecto, para além de todas as diferenças culturais. Por isso, não podemos ver apenas o pior sob pena de destruirmos a nossa capacidade de intervir no processo de mudança. O que realmente importa é continuarmos a combater a indiferença e o conformismo, a defender a verdade histórica, a questionar o discurso hegemónico que nos conduz a receptores passivos e impotentes, e a não perdermos a esperança no futuro da Democracia. Temos de acreditar que “Nada é impossível de mudar”, como escreveu Bertolt Brecht:

Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.

GRATO a todos.

M Duran Clemente

Lisboa, 5 de Abril de 2025

 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Vendaval por Jorge Cadima

Jorge Cadima

Mudar as re­gras do jogo para pre­servar o jogo

A eleição de Trump foi ex­pressão da pro­funda crise em que está mer­gu­lhada a maior das po­tên­cias im­pe­ri­a­listas. Mas é também um factor do seu agra­va­mento, facto ca­bal­mente de­mons­trado pelos dois pri­meiros meses do seu man­dato. O Tornar de Novo Grande a Amé­rica (MAGA) trum­pista não é ir­ra­ci­onal. É apenas re­ac­ci­o­nário. As­senta na cons­ta­tação real de que é in­sus­ten­tável o mo­delo de do­mínio im­pe­ri­a­lista e de fi­nan­cei­ri­zação pa­ra­si­tária em vigor nas úl­timas dé­cadas, e na sua de­ca­dência face à as­censão da China e ou­tros países. Pe­rante o de­clínio, Trump propõe-se re­a­firmar o po­derio mun­dial dos EUA. Pela força bruta, como é da sua na­tu­reza his­tó­rica. Quer mudar as «re­gras do jogo» para pre­servar «o jogo», ou seja, a he­ge­monia mun­dial do gi­gante im­pe­ri­a­lista. Se for pre­ciso de­vorar os vas­salos eu­ro­peus, assim seja. Já nos anos 80 e 90 os EUA cei­faram o «aliado» Japão, para travar a sua forte as­censão eco­nó­mica.

O que dis­tingue Trump de Biden não é a afir­mação da he­ge­monia dos EUA, mas apenas os mé­todos. O que dis­tingue Trump dos seus vas­salos eu­ro­peus não é a es­sência, mas apenas o as­sumir em pú­blico a re­lação de vas­sa­lagem que sempre existiu. Vas­sa­lagem que teve o seu ponto mais baixo no ver­go­nhoso si­lêncio das classes di­ri­gentes «eu­ro­peias» pe­rante o maior acto de sa­bo­tagem contra os in­te­resses eco­nó­micos da UE, per­pe­trado pelos EUA/​Biden – a des­truição do ga­so­duto NordS­tream2. Tal como os três ma­ca­qui­nhos, não vêem, não falam, não ouvem.

Os di­ri­gentes eu­ro­peus par­ti­ci­param em dé­cadas de guerras, agres­sões e cercos sob o manto dos EUA – Ju­gos­lávia, Afe­ga­nistão, Líbia, Síria, Ve­ne­zuela, Rússia, entre ou­tros. Se al­guns es­per­ne­aram com o Iraque, vol­taram logo ao redil, ele­gendo Durão Bar­roso, o an­fi­trião da ver­go­nhosa Ci­meira das Lajes, para Pre­si­dente da Co­missão Eu­ro­peia. De então para cá a vas­sa­lagem foi total. Hoje mos­tram-se in­dig­nados. Porque são alvo da­quilo que fi­zeram aos ou­tros – aos que não acei­tavam ser vas­salos.

A na­tu­reza de Trump está à vista no re­tomar do ge­no­cídio na Pa­les­tina – um ge­no­cídio que Biden, UE e RU sus­ten­taram du­rante 15 meses. Está à vista nos bru­tais ata­ques ao Iémen – co­pi­ando Biden e amigos. Está à vista nas ame­aças de atacar o Irão – que também vêm de trás. Se Trump pa­rece querer apa­zi­guar a guerra na Ucrânia, é apenas porque re­co­nhece que essa guerra – que está a ser per­dida, apesar do in­ves­ti­mento em força – lhe im­pede de se virar para o seu alvo pri­meiro – a China. Basta ler o que diz o Mi­nistro da De­fesa dos EUA, Heg­seth. A ira da UE contra Trump nada tem a ver com «va­lores» ou «de­mo­cracia contra au­to­ri­ta­rismo». Dor­miram na mesma cama du­rante dé­cadas. Só que, para um poder en­gordar, os ou­tros têm de ir dormir para o chão.

Qui­sessem os di­ri­gentes da UE e ha­veria uma al­ter­na­tiva pa­cí­fica e in­de­pen­dente para o beco em que se me­teram. Bas­tava acei­tarem re­la­ções de igual­dade com os res­tantes países, dei­xarem de ter a psi­cose que ainda são os amos co­lo­niais do mundo. Po­de­riam apro­veitar o cres­ci­mento dos países dos BRICS para também cres­cerem. Mas isso seria como pedir ao lobo que deixe de comer ove­lhas. Presos entre o seu pas­sado co­lo­ni­a­lista e im­pe­ri­a­lista e a sua vas­sa­lagem ao amo norte-ame­ri­cano, as po­dres classes di­ri­gentes eu­ro­peias pensam da mesma ma­neira que Trump: re­correr à força bruta para tentar manter a sua exis­tência pa­ra­si­tária e inútil. Cabe aos povos mandá-los todos pastar.

 

quarta-feira, 2 de abril de 2025

O kit Von der Leyen, ou, e se o ridículo matasse?

Os Legionários salazarentos organizaram cursos de defesa civil do território em todas as empresas; (“Guerra atómica-efeitos e proteção: manual nº3 do curso básico de defesa civil do território. Editado em 1954 pelo Comando Geral da Legião Portuguesa em Lisboa.”) quando num desses cursos o instrutor referiu que, caso fossemos atacados com uma bomba atómica devíamos (ponto 2) “atire-se ao comprido para o chão”, logo um meu colega interpelou: “é a primeira vez que oiço dizer que, um português, não deve morrer de pé”. Brincadeira à parte, não me admiro que um dia destes sejamos obrigados a ter em casa, no carro ou não podermos tomar qualquer transporte, tal como no Covid, desde que não nos façamos acompanhar desta tranquitana.

Libertar esclarecendo

Bruno Amaral de Carvalho

Na vereda sombria na qual entrámos há três anos e que a todos desde a primeira hora aconselhou mil cuidados no recurso a jogos de habilidade que impedissem aos inquisidores, aos denunciantes e aos perseguidores da liberdade alheia mais impunidade, o nome de Bruno Amaral de Carvalho ocupa um merecido lugar de destaque. Terá sido o único português a arrostar todos os perigos e a deslocar-se para o centro do conflito armado e oferecer aos seus concidadãos o contraditório à carapaça de mentiras que desde 2022 passou a ser lei.

Quando há cerca de um ano a sua obra saiu, a maquineta totalitária pôs-se de imediato em movimento. Sofreu a censura, as ameaças, a perseguição, a difamação e até as tão características esperas em que as polícias políticas informais se especializaram para calar de vez as vozes incómodas. Entretanto, o edifício repressor abriu fendas. Parte da opinião pública foi saindo do estado de embrutecimento, procurou outras fontes e rendeu-se ao trabalho de Bruno Amaral de Carvalho. No momento em que desaparecem dos escaparates das livrarias as biografias encomiásticas de Zelensky e do seu detestável regime, o Guerra a Leste: 8 meses no Donbass chega à terceira edição e ascende ao merecidíssimo lugar de destaque. Uma grande vitória para a liberdade e um prémio de valor para o homem que quis contar aos portugueses que aquela guerra era, afinal, a guerra de libertação dos russos da Ucrânia.

Miguel Castelo Branco (Do Facebook)

"lucidez geriátrica"

De boca fechada, seriam poetas! Só que não: os fundadores do Bloco decidiram sair do centro de assistência de dia onde estavam a apanhar pó, convencidos de que o mundo precisa outra vez da sua lucidez geriátrica para combater o "fascismo". E ninguém lhes diz que era melhor ficarem quietos, não vá a artrose piorar.

Precisamos muito do Bloco de Esquerda, que nunca fez outra coisa senão masturbação política com dinheiro público. Um partido que nunca construiu nada, nunca reformou nada, nunca fez avançar Portugal um milímetro que fosse, mas que sempre soube muito bem como viver à grande na retórica revolucionária, nos subsídios e nas mordomias do sistema que fingem combater. São os radicais domésticos do regime, os revolucionários de secretária, os trotskistas com cartão de crédito institucional. A sua grande obra política foi criar mais palavras acabadas em "-fobia" do que empregos produtivos.

José Moreno (do Facebook)

terça-feira, 1 de abril de 2025

Dos jornais

Os jornais, em grandes parangonas, banalizam o crime, um mais entre milhares, é a rotina de uma mórbida realidade para a qual se ignora a vacina. A insensibilidade criminosa, nomeadamente dos dirigentes europeus, tornou-se estrutural, as guerras são o seu bem-estar e ganha-pão.


quinta-feira, 20 de março de 2025

BOM DIA VIZINHOS!

BOM DIA VIZINHOS!

Encontrava-os quase todas as manhãs junto ao carro estacionado em frente à sua residência. Jovens, bem-parecidos e simpáticos, lançavam-lhe um cordialbom-dia vizinho”, próprio de quem deseja que tudo se passe o melhor possível.

Que simpáticos! Em que andar residirão? É tão pouco comum que no burburinho cotidiano alguém nos a salvação. Retribuía com igual franqueza e entrava na cidade.

Procurou saber junto da porteira em que apartamento vivia o jovem casal e, em retorno, envolto num sorriso comum a qualquer imbecil, ficou a saber que havia algum tempo que os “vizinhos” residiam na viatura frente à porta do prédio.

Na manhã seguinte, retribuiu a saudação com algum distanciamento e comentou com os colegas de trabalho, quadros de uma grande empresa, o insólito acontecimento; colegas que durante algum tempo, em estilo de chacota, lhe perguntavam: “então, como vão os teus vizinhos?”

E esses lobos manhosos com pele acrílica a imitar a de cordeiro não sentiam o drama; tão-pouco procuravam saber o que teria levado a que aquele casal se encontrasse em semelhante situação.

Uma das manhãs, olhando-os de soslaio, quis-lhe parecer que a jovem estava grávida; veio a saber que esse seria o seu terceiro filho e que os outros se encontravam com os avós; além disso, soube também que haviam tido uma vida como a sua, repleta de sonhos próprios a todos os que amam a vida.

Algum tempo depois, soube que a multinacional onde trabalha equacionava a possibilidade de reduzir a produção: e os “lobos” andavam irrequietos, menos eloquentes não mais lhe perguntaram pelosvizinhos”. Pela comunicação apelidada de social, soube que a empresa onde trabalhava um casal amigo, ambos engenheiros, ia deslocalizar-se para a China.

Do sector financeiro à indústria e comércio os despedimentos coletivos surgiam em catadupa. Amoleceu o ar empertigado de yuppie triunfante e, de semblante carregado, refletia a intranquilidade envolvente. É certo que tinha algum património e com pais e sogros relativamente bem instalados não se antevia, pelo menos de imediato, a viver numa viatura. Mas… e se essas almofadas um dia lhe faltassem?

Pelas manhãs, ao sair para o trabalho, procurava ter a iniciativa de dar os bons dias aos que passou a considerar seus vizinhos, e sentia uma necessidade enorme de com eles entabular conversa. O que lhes teria acontecido, qual a trajetória para tamanho infausto, como encaravam o futuro ou em que lhes poderia ser útil?

Bloqueado, não conseguiu saltar a barreira do medo, medo de ver refletido o seu futuro na dos seus vizinhos.

O Inverno entristecia a noite com a chuva miudinha puxada a vento. Ao regressar a casa, deparou com a polícia municipal a rebocar todos os veículos mal-estacionados. O carro dos seus vizinhos não estava.

Deixou de ter um espelho; ficou com um pesadelo.

sábado, 15 de março de 2025

A mistinásia ou ‘morte miserável’ é o modo cobarde de matar

Neste protetorado, a morte vai exercendo o seu ofício a mando dos governadores em tétricas funções, não tenho médico de família há mais de quatro anos, e aqui, tal como em Gaza, os profissionais do SNS dão o seu melhor, mas o neo-sionismo, corta-lhes as condições para exercerem a arriscada missão, abrindo as portas à morte de sofrimento prolongado, sob a insensibilidade dos gestores da desgraça.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Karl Marx continua indispensável para a classe trabalhadora 142 anos após a sua morte

 14 de março de 2025

A libertação dos trabalhadores nunca pode ser alcançada ignorando ou distorcendo seus ensinamentos

Fundador do socialismo científico, Karl Marx deixou de existir fisicamente em 14 de março de 1883. Na sua atividade como líder e precursor do movimento operário internacional,  sempre foi um homem teórico e prático; de modo que, quando as circunstâncias o exigiam, ele não tinha objeção em deixar seu canto de estudo para intervir pessoalmente nas lutas políticas, fundindo-se com as massas e liderando-as nas grandes batalhas pela libertação da classe trabalhadora.

Na atual situação de crise mundial, quando os novos "libertadores" negam a existência de classes, Karl Marx voltou a ganhar especial relevância. Na realidade, ele nunca saiu, sempre o tivemos por perto, pois, apesar da distância marcada pelo homem ocidental das verdades científicas descobertas pelo autor de O Capital, suas importantes descobertas sempre permaneceram no subconsciente das pessoas.

As ideias de Marx são imperecíveis para sempre porque ele não se limitou apenas ao estudo da economia, mas também suas descobertas têm um fundamento filosófico e a cultura ética que expressam é baseada na redenção do homem.

Palavras de Friedrich Engels proferidas em 17 de março de 1883 no túmulo de Karl Marx


quarta-feira, 12 de março de 2025

Von der Leyen convida o terrorista Julani

Não importa que seja o governo ilegítimo de Abu Mohamed al-Julani na Síria, que as forças governamentais tenham matado quase 1.000 civis nos últimos dias. Também não importa que em 11 de março de 2004, exatamente 21 anos atrás, a Al Qaeda (à qual al-Julani de alguma forma pertencia) tenha assassinado 190 pessoas em Madrid. Não importa que esse mesmo indivíduo tenha comemorado o ataque terrorista do ISIS em 2015 em Paris, que deixou 130 civis mortos e mais de 400 feridos.

Não importa, não parece importar para a Comissão Europeia liderada por Ursula Von der Leyen, pois convidou o ilegítimo presidente sírio a vir a Bruxelas. O evento para o qual o terrorista foi convidado é a "Conferência de Doadores", que será realizada nessa cidade no dia 17 de março.

Repulsa à União Europeia (UE). Os novos neonazistas se dão muito bem; não há diferença entre eles. O ex-terrorista de cabeça a prémio é hoje um aliado protegido e subsidiado.

terça-feira, 11 de março de 2025

Imagem emoção

É IMPOSSÍVEL VENCER ESTE POVO!

ENTRE os escombros, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de março de 2025, REFEIÇÃO COMUM DOS Palestinos durante o mês sagrado do RamadãO 

quinta-feira, 6 de março de 2025

Manifestação nacional de mulheres 8 março 2025

 


No próximo sábado, 8 de Março, por iniciativa do MDM – Movimento Democrático de Mulheres vai ter lugar a Manifestação Nacional de Mulheres, em todos os distritos do continente e nas regiões autónomas, sob o lema «Igualdade, Direitos, Justiça Social e Paz. Luta que une, força que transforma».
O MPPM corresponde a este convite para assinalar desta forma o Dia Internacional da Mulher e vai estar presente para honrar as mulheres que, em Portugal e em todo o mundo, lutam pelos seus direitos próprios, participam na luta conjunta pelos direitos comuns e, muito particularmente, as que, como as palestinas, lutam pelo reconhecimento dos seus direitos nacionais contra a ocupação colonial e o apartheid.
Junte-se a nós!
Lisboa 14h30, Praça dos Restauradores
Coimbra 14h30, Praça Princesa Cindazunda
Porto 15h00 Praça da Batalha
Aveiro 14h30, Av. Dr. Lourenço Peixinho-CP
Beja 14h30, Casa da Cultura
Braga 14h30, Praça da República – Arcada
Mirandela (Bragança) 14h30, Parque Luciano Cordeiro
Évora 14h30, Praça do Giraldo
Guarda 15h00, Jardim José Lemos
Leiria 15h00, Largo Goa, Damão e Diu
Portalegre 10h30, Mercado Municipal
Torres Novas (Santarém) 14h30, Largo das Forças Armadas
Viana do Castelo 15h00, Praça da República
Viseu 14h30, Largo de Santa Cristina – Rossio
Covilhã (Castelo Branco) 21h30, Mapa Mundi do Pelourinho; 23h00, Rua do Norte
Faro 17h30, Concentração, rampa Teatro das Figuras; 18h00, Espectáculo Teatro das Figuras
Setúbal 9h00 Caminhada Pontos de partida: Junta de Freguesia de S. Sebastião ou Polo da Anunciada da União de Freguesias de Setúbal.
Santiago do Cacém 10h00, Estádio Municipal Miróbriga