domingo, 17 de janeiro de 2010

A invasão dos bárbaros

Por entre cadáveres os senhores da morte ocupam militarmente o Haiti. Os Gringos controlam o aeroporto de Port-au-Prince e nem sequer a ajuda francesa constituída por um hospital de campanha e dez equipas de cirurgiões foi autorizada a aterrar.


Os mortos não se revoltam e os vivos estão em estado de choque. A “ajuda” dos EUA não se fez esperar:




2000 marines, soldados da 82ª divisão aerotransportada do exército, várias embarcações e helicópteros da Guarda Costeira, um porta-aviões e três navios anfíbios com mísseis guiados e também um navio hospital.

As imagens de horror são vendidas pelas agências de noticiosas, os donativos contribuem para aumentar os lucros dos banqueiros e entretanto as boas almas vogam em êxtase. Qualquer catástrofe lhes serve de alimento fazendo transbordar de caridade os beatíficos corações. Pedem água potável e, essa gente cega, surda ou louca ou perversa nunca se preocupou com o facto de metade da população haitiana, quase cinco milhões de seres humanos, não terem acesso a este bem elementar mesmo sob a ocupação da ONU vão cerca de 6 anos.

A natureza fez em poucos segundos o que sob o olhar dos corações de veludo o imperialismo vem perpetrando por todo o mundo e de modo ainda mais bárbaro no Haiti.

Os gangsters do FMI, pressurosos, “em profunda simpatia para com as vítimas” propõem-se desbloquear 100 milhões de dólares “com grande facilidade de crédito” obviamente com juros.

Ainda com os mortos debaixo dos escombros e “em profunda simpatia para com as vítimas” os abutres organizam a rapina.


A barbárie no seu apogeu!



2 comentários:

Maria disse...

Despudoradamente o fizeram.
Mas tinham anunciado um 'investimento' de não sei quantos mil dólares, certo?

Um abraço

Formiga disse...

Como costumam dizer "é preciso inovar", antes a morte era sinal de negócio para as funerárias, agora negócio é sinal de negócio para os banqueiros e amigos