domingo, 18 de novembro de 2018

Guerrilheiros e a síndrome de Estocolmo




De guerrilheiro Topamaros a Presidente da República do Uruguai, democrata aferido com os 14 anos que passou encarcerado pela ditadura, como sempre apoiada pelos EUA, Pepe Mujica não se manifestou quanto à “invasão disfarçada” do seu país por oito aeronaves e 400 efetivos do exército dos EUA.

Num continente onde todos, absolutamente todos, os governantes que não obedecessem ao Tio Sam são destituídos ou eliminados fisicamente, Pepe Mujica era elogiado por se deslocar sozinho no seu velho Volkswagen, conviver com o povinho, um Marcelo Rebelo de Sousa sul-americano.

Tudo isto, sempre me pareceu muito estranho, porque quando a esmola é grande, o pobre desconfia. O nosso Pepe, conclui-se, passou a sofrer da síndrome de Estocolmo, aceita o inimigo, sem reticências, e declara que Nicolás Maduro é “louco como uma cabra”,  distanciando-se da “ditadura cubana”.

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