Liga Árabe alerta para fome em Gaza devido a ataques e bloqueio
Publicado: 4 de novembro
de 2023
O secretário-geral da Liga Árabe,
Ahmed Aboul Gheit, apelou hoje ao mundo para que pare com a agressão israelita
contra a Faixa de Gaza, depois de alertar para uma possível fome generalizada
naquele território palestiniano.
Em comunicado, Aboul Gheit instou os Estados-membros do Conselho de
Segurança da ONU a encerrarem imediatamente a campanha de guerra lançada pelo
governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu.
Uma trégua deve ser acordada para permitir a entrada no enclave de ajuda
humanitária, a fim de salvar a vida de centenas de milhares de pessoas,
enfatizou.
A fome é uma possibilidade real, especialmente porque 1,2 milhão de pessoas
já estavam em insegurança alimentar antes do ataque israelense, observou.
O secretário-geral da Liga Árabe denunciou que a guerra e o bloqueio
agravam a situação humanitária naquela região de forma assustadora.
Nesse sentido, ele alertou que, na prática, essa crise pode ser descrita
como uma guerra de extermínio e limpeza étnica.
Ele explicou que a maioria dos habitantes de Gaza vive com um litro de água
por dia para todos os fins e, às vezes, bebe de poços insalubres, o que aumenta
a possibilidade de transmissão de doenças infeciosas.
O Parlamento árabe anunciou no sábado que pediu ao Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas a criação de um painel internacional para investigar
os crimes israelenses na Faixa de Gaza.
O legislativo regional disse ter enviado um ofício ao Conselho instando-o a
tomar esta medida diante das violações sistemáticas cometidas pelo poder
ocupante naquele enclave.
O que está a acontecer nos territórios palestinianos ocupados,
especialmente na Faixa de Gaza, é uma guerra de genocídio praticada por Israel
contra civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, denunciou.
"É um crime de guerra total e um crime contra a humanidade
criminalizado e proibido pelo direito internacional e humanitário", disse.
1 comentário:
Como é que se pára um Estado terrorista que sempre actuou com o máximo de impunidade e o aval de outro Estado terrorista? De certeza que não é com advertências cautelosas ,para não ferir as vontades de quem manda,(Até ver!)Abraço.
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