««79. Nascem os homensiguais; ummesmo, e igualprincípio os anima, os conserva, e também os debilita, e acaba. Somos organizados pelamesmaforma, e porisso estamos sujeitos às mesmas paixões, e às mesmas vaidades. Paratodos nasce o Sol; a Aurora a todos desperta para o trabalho; o silêncio da noite, anuncia a todos o descanso. O tempoque insensivelmente corre, e se distribui emanos, meses e horas, paratodos se compõe do mesmonúmero de instantes. Essa transparenteregião a todosabraça; todos acham noselementosum património comum, livre, e indefectível; todos respiram o ar; a todossustenta a terra; as qualidades da água, e do fogo, a todos se comunicam. O mundonão foi feitomaisembenefício de uns, que de outros: paratodos é o mesmo; e para o uso dele todos têm igualdireito.»»
Medalha Comemorativa do TerceiroCentenário do Nascimento Matias Aires Matias Aires Ramos da Silva de Eça (1705-1763) ocupa umlugar de primeiroplano na história do pensamento filosófico português e luso-brasileiro, constituindo ao mesmotempo a suaobra - onde se destacam as "Reflexõessobre a vaidade dos homens" e a "Cartasobre a fortuna" - um dos grandesmomentos da prosabarrocaemlíngua portuguesa. Da suavidapública, sobressai ainda o facto de ter desempenhado o cargo de Provedor da Casa da Moeda. Paracelebrar o terceirocentenário do nascimento de Matias Aires, a INCM convidou o artistaCondutoparaconceber a medalha comemorativa da efeméride. Fernando
1 comentário:
Bela evocação. De facto, a memória dos homens é muito curta e a sua ignorância (também falo de mim...)é muito comprida!
Obrigado, Cid, por esta referência.
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