domingo, 21 de julho de 2019

“Os sondólogos, pilares da editocracia”



(extrato)

No tratamento mediático da atualidade, nomeadamente os debates políticos ou os conflitos sociais, as sondagens e os sondadores adquiriram um papel preponderante e estruturante como ferramentas e agentes de hierarquização, de classificação, definição e enquadramento das informações que compõem a dita atualidade. O papel das sondagens e dos sondadores, o uso que a media faz das sondagens e a importância que dão aos sondadores, inscrevem-se num movimento geral que foi destacado há quase 24 anos por Pierre Bourdieu.
 
"Entramos na era da demagogia racional ou racionalizada. A lógica do plebiscito, que é a da sondagem ou da entrevista da televisão a quente, da audiência, ou do inquérito de marketing comercial ou político, pode reconduzir-nos às formas mais primitivas de barbárie, contra a qual todas as instituições democráticas, parlamentares e judiciais em particular, foram construídas."
Denis Souchon e Blaise Magnin


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