Sempre
que vejo os noticiários televisivos, lembro-me daquela nauseabunda tasca-carvoaria
na esquina da Rua das Flores com a rua de S. Paulo, que servia sardinha assada
durante todo ano. O cheiro gordo e requentado das sardinhas misturado ao
carrascão empestava quem por lá passasse.
Isto
porque nas TVs, do primeiro ao último telejornal, servem-nos escroques durante
todo o ano, tubarões-martelo, arrastados por advogados que, a peso de ouro,
procuram ilibar os superpredadores do património público, que tresandam a
corrupção e deixam um fedor repugnante misturado com Chanel e a arrogância
própria a esta espécie, que tem como santuário o PS/PSD/CDS onde também se
acoitam muitos cações e algumas piranhas.
Os
que passavam pelos arredores da tasca, acabavam por se habituar, assim como,
perigosamente, também pode acontecer aos que acabam por aceitar os tubarões que
vêem na televisão com se fossem peixelim.
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