quinta-feira, 11 de julho de 2019

Televisão sardinhas e tubarões



Sempre que vejo os noticiários televisivos, lembro-me daquela nauseabunda tasca-carvoaria na esquina da Rua das Flores com a rua de S. Paulo, que servia sardinha assada durante todo ano. O cheiro gordo e requentado das sardinhas misturado ao carrascão empestava quem por lá passasse.

Isto porque nas TVs, do primeiro ao último telejornal, servem-nos escroques durante todo o ano, tubarões-martelo, arrastados por advogados que, a peso de ouro, procuram ilibar os superpredadores do património público, que tresandam a corrupção e deixam um fedor repugnante misturado com Chanel e a arrogância própria a esta espécie, que tem como santuário o PS/PSD/CDS onde também se acoitam muitos cações e algumas piranhas.

Os que passavam pelos arredores da tasca, acabavam por se habituar, assim como, perigosamente, também pode acontecer aos que acabam por aceitar os tubarões que vêem na televisão com se fossem peixelim.

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