quinta-feira, 12 de julho de 2018

Um negócio lucrativo

 (cento e trinta euros - 130.00 € - cada camisola)


A ida de Ronaldo para a Juventus acelerou, e trouxe uma vez mais à superfície, as insanáveis contradições do capitalismo.

A família Agnelli, comprou uma máquina de imprimir dinheiro, o logotipo (CR7) que faz movimentar milhares de milhões, - p. ex. as camisolas vendidas a 130.00 € - e porque esse engenho excecionalmente engenhoso é humano, estalam contradições desconexas que permitem aos operários da FIAT-Chrysler, - que tinham assinado o ano passado um acordo vergonhoso,-  obter apoio social para convocar greve de 15 a 17 de julho.
A greve dos trabalhadores da FIAT é mais que justa, mas não resulta da contratação multimilionária de Cristiano Ronaldo, diria mesmo que o jogador português veio iluminar as condições sociais em que vivem os operários e como funcionam os mecanismos do capital.

«Cristiano Ronaldo fecha com a Juventus e as ações do clube disparam 40%» La Stampa e a editora do Corriere della Sera dos Agnelli, superam vendas, os negócios paralelos a esta contratação atingem somas impensáveis, e tudo isto que é indigno, não está, em si, diretamente ligado ao mal-estar dos trabalhadores da FIAT.

Encobrem-se as verdadeiras razões da greve, e faz-se crer que os trabalhadores se revoltam contra os negócios da bola e não porque se sintam explorados, não sejam aumentados há dez anos e vivam cada vez pior.

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