O
museu do Botas em Santa Comba, além de insultuoso, abriria a brecha colmatada à
extrema-direita desde o 25Abril e que insidiosamente agora procuram
desobstruir. O museu seria o pretexto para implantar o lugar de culto em que os
saudosos, que o presidente da câmara PS pretende acolher, se reuniriam em
peregrinação, quiçá aderindo ao turismo de terror que poderia englobar Santa
Comba, Franco no Vale dos Caídos, Pinochet ou Dachau.
Modo
enviesado de marcar terreno e avançar com botas cardadas forradas de lã.
Museu
necessário é o do salazarismo da miséria, que obrigou milhões de portugueses a
emigrar para fugir à fome, dos mortos e estropiados da guerra colonial, do país
sem infraestruturas e o mais atrasado da Europa.
Um
museu itinerante, documentado com filmes, fotos, documentos e testemunhos
vivos, país de gente descalça e analfabeta abençoado pela Igreja os EUA e as
“democracias” ocidentais.
Esse
é o museu que devemos promover com urgência para que os turistas também possam
ter acesso e recordar o que nos seus países fazem por esquecer.
“O
sono da razão provoca monstros”
1 comentário:
Material existe de sobra para fazer mais que um museu.Também assinei o protesto.Recuso-me a ser cúmplice de tal crime,porque é um crime o que está em forja.Abraço
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