As injeções no Novo
Banco mais 541 milhões de € ao Fundo
de Resolução
(seringa anal)
Factura da venda do Novo Banco
continua a subir: os prejuízos de 400 milhões do primeiro semestre justificam
nova injecção do Fundo
de Resolução, desta vez de 541 milhões.
Lusa e
PÚBLICO
O Novo Banco prevê pedir mais 541 nilhões de euros
ao Fundo de Resolução, uma estimativa decorrente dos prejuízos de 400,1 milhões de euros no
primeiro semestre, divulgou hoje o banco liderado por António Ramalho.
“O montante de compensação de capital estimado
nas contas do semestre é de 541
milhões de euros”, pode ler-se na nota enviada hoje à Comissão do
Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Contudo, o valor pedido ao Fundo de
Resolução apenas vai ser contabilizado em 2020, quando estiverem fechadas as
contas de 2019.
Segundo o banco, “a compensação do
final do ano dependerá das perdas e custos, das recuperações e das exigências
de capital em vigor à data”. No entanto, o Novo Banco adianta que os seus
rácios de capital estão “protegidos em níveis predeterminados até aos montantes
das perdas já verificadas nos activos protegidos pelo Mecanismo de Capital
Contingente”, ou seja, o mecanismo que permite o recurso ao Fundo de Resolução.
Em Maio, o Novo Banco recebeu mais
uma injeção de capital pelo
Fundo de Resolução de 1149
milhões de euros, isto depois de em 2018 ter tido prejuízos de 1412,6 milhões de euros.
Do valor colocado no banco, 850 milhões de euros
vieram de um empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução (entidade da esfera do
Banco de Portugal que consolida nas contas públicas).
Em 2018, para fazer face a perdas de
2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injecção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.
A injecção de capital serve para cobrir as perdas relativas a activos (crédito
malparado, imóveis) incluídos no mecanismo de compensação acordado
aquando da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em Outubro
de 2017. O Novo Banco
vendeu, no primeiro semestre, carteiras de crédito malparado, imóveis e ainda a
seguradora GNB Vida, “cujo impacto negativo ascendeu a 340 milhões de euros”.
O mecanismo em vigor estabelece que
o Novo Banco pode solicitar ao Fundo de Resolução até 3890 milhões de euros até 2026, pelo que
nos próximos anos ainda pode pedir mais quase 2000 milhões de euros. No valor relativo ao
primeiro semestre, já se desconta a esta margem de 2000 milhões os 541 milhões anunciados esta
sexta-feira.
O prejuízo de 400,1 milhões de euros no
primeiro semestre do ano compara com um prejuízo de 212,2 milhões no mesmo período de 2018.
Em comunicado, o Novo Banco explica
que o resultado se deve a “uma perda de 513,5 milhões de euros na actividade legacy [legado
do BES] e de um ganho de 113,4
milhões de euros na actividade recorrente”.
O Novo Banco fechou, por outro lado,
o primeiro semestre com menos 103 trabalhadores do que no final de 2018. “Os
custos com pessoal totalizaram 133,4 milhões de euros (-0,3% em termos
homólogos), para o que contribuiu a redução, face a 31 de Dezembro de 2018, de
103 colaboradores”, refere o banco liderado por António Ramalho. No final de
Junho, o banco nascido na resolução do BES tinha 4993 funcionários. Ainda na
mesma data tinha 401 balcões, menos um do que em 2018.
O Banco Espírito Santo, tal como era conhecido, acabou em Agosto de 2014,
tendo sido criado o Novo Banco, actualmente detido em 75% pelo fundo
Lone Star e em 25% pelo Fundo de Resolução bancário.
1 comentário:
É antes,uma resolução sem fundo.Abraço
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