quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O “mercado”, entidade imaterial ?

A “crise” é a barriga de aluguer onde foi gerada a “austeridade”, concebida por obra e graça do capital financeiro transnacional, mais conhecido pormercado”.

Da “crise” desconhece-se a ascendência e os economistas do sistema não desvendam o seu ADN.

Assim, a crise saída das trevas, fechou este ano 12 empresas por dia, os desempregados ascendem a cerca de um milhão, a emigração atinge níveis equiparados aos tempos do outro fascismo. Um recorde.” Titula um matutino. Estas, e todas as outras maldades, são imputadas ao “mercadoque, embora inacessível é insaciável e quando não alimentado a seu bel-prazer, entra em depressão, sofrendo acessos de agressividade.

A crise, a austeridade e o mercado são a santíssima trindade perante a qual nos devemos prostrar.

Soares, Cavaco e Portas, e muitos outros santos da mesma confraria, são os ícones expostos em todas as galerias onde grassa o desconforto e a miséria.

Nãoquem reivindique a paternidade da crise; nenhum ser, nem mesmo se extra-terrestre for, se assume como responsável por tanta austeridade; e o mercado surge-nos de burca, ocultando o rosto forçosamente sinistro.

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

Crise/austeridade/mercado.
Soares/Cavaco/Portas.
PS/PSD/CDS.
FMI/BCE/UE.

Só vejo troikas...


Um abraço.

trepadeira disse...

Mesmo sendo uma hidra também será abatida.

Um abraço,
mário