O homem está constrangido, é mais do que evidente que não procura protagonismo e que foi forçado a se exibir. Este sujeitinho, é a coqueluche dos mídia, e sempre que as derrapagens sociais se aceleram, vão à procura do seu último arroto.
“Subiu para o tanque com relutância”. Traste!
Do recente livro de Mário Soares, extraio a seguinte passagem (sublinhados meus): «(...) À saída do aeroporto estava uma pequena multidão à espera de Cunhal. E, paradoxalmente, havia um tanque estacionado. Para quê pensei eu? Cunhal subiu para o tanque e, salvo erro entre um soldado e um marinheiro, retirou um discurso do bolso e começou a falar. Um dirigente comunista, que não recordo quem fosse, convidou-me a subir para o tanque o que fiz com alguma relutância, diga-se. Quando Cunhal se apercebeu que eu estava ao lado dele, disse qualquer coisa a um camarada, o qual pouco depois me pediu para descer porque - como disse - houve um equívoco. Desci com grande gosto, porque percebi o cenário: Cunhal entre um soldado e um marinheiro, em cima de um tanque, era algo que lembrava Lènine, no seu regresso a Moscovo...(pág. 183)»
Quanto à "pequena multidão", publicarei em breve as fotografias.
Mas reparem na sequência da exposição:
- Cunhal subiu para o tanque
- retirou o discurso do bolso e começou a falar
- enquanto falava um dirigente comunista convidou-o a subir
- quando o Cunhal se apercebeu que estava ao lado dele, disse qualquer coisa a um camarada, o qual lhe pediu que descesse.
Se o Álvaro Cunhal estava a falar quando subiu e logo depois desceu, como justifica a sua intervenção e o tão grande entusiasmo?
Eu justifico: Soares é um despudorado trapaceiro!
4 comentários:
O homenzinho é um traste!
Muito bem apanhado!
Apesar de (desculpa lá...) é fácil apanhar o trapaceiro em trapalhices e aldrabices, tantas elas são. E não param...
Um abraço
E estás a tratá-lo muito bem...
Um abraço.
Um sacrista.
Um abraço,
mário
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