Os termos ‘cívico, cidadania, soberania,’ são vocábulos que se adaptam
às circunstâncias, apresentam-se como não sendo carne nem peixe, mas cujo odor
nem sempre é agradável de suportar.
Vem isto a propósito de um escrito ‘Triste povo brasileiro’ de um
astucioso Paulo Metri, amplamente transcrito por todos os Pilatos, que não têm
coragem para tomar partido e se fazem passar por progressistas ou mesmo
revolucionários.
É uma peça exemplar com todos os artifícios que deixam no leitor a promoção do veneno que dizem não ser de ingerir: “Para tranquilizar meus amigos, não tenho
gana de criticar Bolsonaro, até porque as críticas às suas falas são obviedades
ululantes.” Bolsonaro que acabam por afirma ser amargo, é citado sete vezes
para que se absorva o vocábulo, e Fernando Haddad e o PT, única alternativa ao
purgante que não se aconselha, são totalmente ignorados.
Dirão os menos atentos e os muito
sabidos: - mas Metri denuncia “as obviedades ululantes”. Sim, denuncia
o sobejamente sabido, mas cala o essencial, cala o que não lhes deixam dizer: que
para extirpar o veneno é imprescindível a votação em Fernando Haddad.
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