O vocábulo “greve”
entope a media nacional e se atinge
esta amplitude, a comunicação dita social, sufoca.
A Índia acabou de quebrar seu próprio recorde, 200 milhões de trabalhadores estavam na rua na terça-feira 8 de janeiro, 50 milhões a mais que no dia 2 de setembro de 2016. A greve foi convocada por 10 sindicatos, incluindo o "Centro dos Sindicatos Indianos" filiado ao Partido Comunista da Índia.
Depois de dois dias de greve massiva
contra a privatização do setor público, o desemprego, o aumento
dos preços dos alimentos, e também pelo grande número de contratos temporários de trabalho e contra precariedade desses contratos.
O setor mineiro parou; a vida ficou parcialmente paralisada
nas grandes urbes como Nova Deli ou Bombay. Os sindicatos exigem salários
mínimos de 18.000 rúpias (220 euros), garantia das pensões, seguro social
universal e cumprimento das leis laborais.
Funcionários públicos e do sector
privado, trabalhadores portuários, dos seguros e da banca anunciaram a sua
adesão à greve. O mesmo fizeram algumas associações de agricultores. Em
declarações à imprensa, Rahul Atul Kumar Anjaan, da ala camponesa do Partido
Comunista da Índia (Marxista), disse que, quando outros trabalhadores
protestarem contra as políticas do governo, eles também se juntarão às
mobilizações.
A
mobilização foi mais forte nos Estados de Kerala e do Karnataka, bastiões do
Partido comunista da India, onde exerce enorme influência, nomeadamente em
Karala onde o nível de vida é o mais elevado de todas as regiões da India, com
80% de habitações com eletricidade e 78% com água corrente, a taxa de
alfabetização de 94% contra 64% no resto do país e uma esperança de vida 10
anos superior à média nacional. Sinal da boa gestão do Partido Comunista nesta
região, face à política neoliberal em todo o resto do país.
REPARE-SE NA PARTICIPAÇÃO FEMININA
1 comentário:
Uma forte e determinada participação feminina,de punho erguido,pois!!!Red salut!!!
Enviar um comentário