sábado, 3 de dezembro de 2011

PC, Personal Computer

PC, Personal Computer

s. m. (Ing., sigla de Personal Computer). V. Computador pessoal.

Se encontrarem nos meus textos a sigla PC é porque me estou a referir ao Personal Computer (PC), o que não acontecerá ou aconteceria se utilizasse outros acrónimos, tais como, PS, PSD, CDS-PP, PP, UDP, PPM, PRD, PSN ou o sempre presente BE. Esta advertência resulta de uma consulta ao Dicionário de Língua Portuguesa Contemporânea da Academia de Lisboa, o tal que foi amplamente badalado quando da inserção do vocábulo “bué” que, por tão modernaço, tanto escândalo causou.

As siglas de todos os partidos e partidinhos, alguns metamorfoseados outros que se eclipsaram, estão contempladas neste instrumento de trabalho, ou seja, há bué de siglas partidárias, o PC ou o PCP foram esquecidos. A memória tem os seus labirintos, o inconsciente os seus abismos e o sectarismo vastos alçapões.

Compreende-se. O dicionário levou décadas a concluir, trabalho minucioso de Professores, Doutores, Catedráticos e muitos, muitos sábios e sabichões da nossa praça; o Personal Computer tem poucos anos e o PCP muito em breve soprará as suas 90 velas, quase um século. Partido da classe trabalhadora cuja firmeza é impossível ignorar, salvo para os acéfalos ou desonestos.

Lapso de algum relapso, amnésia asinina e outras malformações são naturais aos pensadores. Quem poderá duvidar da honorabilidade de tão Ilustres Personalidades (IP) que, muito naturalmente, teriam deixado por desmazelo, distracção ou preguiça numa qualquer gaveta, ou bolso, ou…, uma sigla que o seu inconsciente desdemuito vem apunhalando.

Consulto diariamente dicionários, enciclopédias e outros depositários da memória colectiva onde encontro a marca de classe de quem os organizou.

Também em França, na ‘L’Histoire au jour le jour’, o “democrático” ‘Le Monde’, propôs-se relembrar todos os acontecimentos mundiais de relevo de 1944 a 1996 e do mês de Abril de 1974 refere unicamente o dia 10 com uma ocorrência sem qualquer relevância. Da Revolução dos Cravos tão noticiada em França e cujas implicações ultrapassaram as nossas fronteiras, nem uma palavra.

Senhores da Academia das Ciências de Lisboa, não tenham quaisquer pruridos, estes calhamaços aceitam ou rejeitam tudo o que vos interesse lembrar ou fazer esquecer, para exaltação do sistema e da classe que defendem e promovem. Para o Le Monde o 25 de Abril não existiu, para o dicionário da Academia, PC o Personal Computer!

São opções, intenções, posições, imposições, inquietações, deformações: Provocações

3 comentários:

gina henrique disse...

É claro que governados por estas ilustres personalidades (IP) só poderíamos chegar onde estamos"Beco sem Saída " (BSS ).

Fernando Samuel disse...

É a corja em acção.

Um abraço.

trepadeira disse...

É,sobretudo,imbecilidade.

Um abraço,
mário