segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

OS DOIS BANCOS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai recuperar a sua parte do empréstimo da troika em menos de cinco anos e com um lucro acima dos 11 mil milhões de euros, só em juros.

O pão que sobra à riqueza,
Distribuído pela razão,
Matava a fome à pobreza
E ainda sobrava pão.
António Aleixo

O Presidente da República pede para o “Banco Alimentar”, quatro mil voluntários seguem-lhe o exemplo; dá quem quer, muito bem. Ajudar os pobrezinhos, coitadinhos, os hipermercados coitados e mais o IVA que cativa verbas para pagar ao FMI. Tá certo!

Mas para alimentar o voraz “NOVOBANCO”, esse estorvo, de poucas bocas e muita gula, que suga milhões, - o “Novo Banco quer mais 792 milhões do Fundo de Resolução” – Presidente e Governos vêm-nos diretamente ao bolso para alimentar esta besta. Pois bem! De ora avante (Avante camarada) quando a banca estiver em apuros, apelaremos o voluntariado, (meninas e meninos bem nutridos sempre dispostos a auxiliar os carenciados) para pedir à saída dos cemitérios, lojas da Zara e de azar, casinos, ourivesarias onde se vendem relógios impulsionados a centenas de milhares de euros, estendendo a mão e recebendo o óbolo de mãos perfumadas e, quiçá, manchadas de sangue.

E deste modo, o mundo capitalista, encontraria o necessário equilíbrio: os ricos, com o seu suor e lágrimas, sem nos vir ao bolso, cotizavam-se entre si, e os pobres com o valor do seu trabalho, repartiriam justamente o que a todos pertence.

Se necessitarem de mais alguma dica é só dizer.

Ao vosso inteiro dispor, em: “as palavras são armas”.

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