Êrnani Lopes: ex-ministro do ex-primeiro-ministro MaisSoares pronunciou-se sobre os salários dos gestores e fê-lo emlinguagemclara, claro, e sem ambiguidades, de modo a quetodos a possam entender e, obviamente, ficarem bemesclarecidos.
E disse:
«A generalidade dessas pessoas (gestores) estão num quadroglobal e não num quadrolocal, e se formos ver as remunerações dos equivalentes não é chocante, masisto num planohorizontal». Num segundoplano, e «comparando na vertical, ondenãoerachocante, passa a ser», referiu o antigoministro das Finanças. Quadroglobal e local num planohorizontal e vertical. Estamos entendidos.
Quanto aos trabalhadores, a semântica é mais retorcida e poucos a entendem e o Lopes «não excluo a hipótese de cortarsalários e subsídios.» Não se trata de cortarsalários na horizontal e subsídios na vertical num quadroglobal e local. Pois é!
Entretanto, semrebuços e não esquecendo que os salários e subsídios devem ser cortados, estepaísquesegundoele «é umdoentequenão morre, masquetambémnão fica bom», estepaís, afirma o untuoso ex-ministro, “não tem autoridadepolíticanemmoralpara se recusar a apoiar a Grécia”.
No Vale do Ave, território dos têxteis e do maisalto desemprego do País, nunca se venderam tantos Porches.
Quantomais desempregados na rua, mais Porches há na estrada
Temos quenospreparar, devemos resistir, é forçosopegar de carasondequer se que se encontre o traiçoeiro PEC.
A urtigapica, mas o PEC peca. A urtiga é umexcelentealimento, o PEC alimenta a fome. A urtiga é sazonal, o PEC vem paraficar.
Tendo emcontaque o PEC é insalubre e nosrouba o pão e a desprezada urtiga é umalimentosaudávelque se pode colhergratuitamente e é altamente nutritivo, sugiro que, para ganharmos forçasparaenfrentar o PEC, recorramos à sã urtiga.
A sopa de urtigas, boa para os anémicos, é ricaemferro e porquecombate a artrite e o reumatismo prepara-nos para enfrentarmos na rua o pecaminoso PEC.
Comoconduto pode cozinhar “risoto de urtigas”, urtigas salteadas ou fritas, esparregado e ainda omeleta de urtigas se aindaconseguircomprarovos.
Pode aindaservircomodigestivoumbomchá de urtigas.
Prepare-se, com alguma antecedência, para os festejos-luta do 25 de Abril e paraestaremplenaforma no 1º de Maio.
"Quando escrevo, repito o quejá vivi antes.
E para estas duas vidas, umléxicosónão é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de serumcrocodilo vivendo no rioSão Francisco. Gostaria de ser umcrocodiloporqueamo os grandesrios,
poissãoprofundoscomo a alma de umhomem.
Na superfíciesãomuitovivazes e claros,
mas nas profundezas sãotranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."
Saudades de tudo!
Saudade, essencial e orgânica,
de horaspassadas,
queeu podia viver e não vivi!...
Saudade de gentequenão conheço,
de amigos nascidos noutras terras,
de almas órfãs e irmãs,
de minhagentedispersa,
quetalvezatéhojeainda espere pormim...
Saudadetriste do passado,
saudadegloriosa do futuro,
saudade de todos os presentes vividosfora de mim!...
Pressa!...
Ânsiavoraz de mefazeremmuitos,
fome angustiosa da fusão de tudo,
sede de voltafinal da grandeexperiência:
uma sóalmaemumsócorpo,
uma só alma-corpo,
umsó,
um!...
Comoquemfecha numa gota o Oceano,
afogado no fundo de simesmo..."
Guimarães Rosa
“O senhor… mire, veja: o maisimportante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoasnão estão sempreiguais, aindanão foram terminadas - masqueelasvãosempre mudando. Afinam ou desafinam, verdademaior. É o que a vidame ensinou. Issoquemealegramontão.“
Divulgaresteestudo é lutarcontra uma politica quesó agravará a crise económica e social
Dom Sebastião - Jorge Pé-Curto - escultor
Eugénio Rosa – Economista
Maisestudosem
www.eugeniorosa.com
O DESEMPREGO NÃO É APENASUMPROBLEMASOCIALMAS É TAMBÉMUMGRAVEPROBLEMA ECONÓMICO
Portugal vai perderem 2010 mais de 18.000 milhões de euros (mais de 11% do PIB) de riquezanão produzida devido ao desemprego
RESUMO DESTE ESTUDO
O desemprego é tambémumgraveproblema económico, que acarreta elevadosprejuízos ao País, que contribui para o seuatraso e para o agravamento do défice orçamental, que interessa nãoignorarnemocultarcomonormalmente sucede. Pode-se mesmoafirmarque é impossível a recuperação económica do País e alcançartaxas de crescimento económico elevadas com os actuais níveis de desemprego. É isso o que vamos provar de uma forma quantificada Tomando comobase o desemprego oficialverificado no 4º trimestre de 2009, (563,3 milque, em Fev2010, játinha subido para 575,4 milsegundo o Eurostat) e o PIB porempregadoconclui-se: (a)Que o PIB perdido em 2010 deverá atingir 18.767 milhões de euros, o que corresponde a 11,2% do PIB previstopara o anopelogoverno; (b) Queemimpostos (só IVA e IRS, não se inclui nem IRC, nem ISV, nem IPSP) o Estado deverá perder, em 2010, 2.120 milhões de receitasfiscais, (c) Que a SegurançaSocial perderá 2.609 milhões de euros de contribuições e terá de suportardespesas avaliadas em 2.209 milhõescom o subsidio de desemprego (e istosementraremlinha de contacom as despesascom o RendimentoSocial de Inserção e com a Acção Socialparacombater a pobrezaque o desemprego também gera); (d) E que os trabalhadores deixarão de auferir 7.507 milhões de eurossalários, que se fossem recebidos contribuiriam paraaumentar o mercadointerno, o que permitiria a muitas empresas, nomeadamente PME´s, vender o quenão conseguem neste momentodevido à falta de poder de compra da população. Mas o desemprego oficialnão corresponde à totalidade dos desempregados existentes no País. Se adicionarmos ao desemprego todosaquelesque, embora desempregados, não estão incluídos no numero oficial de desempregados e que, segundo o INE, eram 140,7 mil no 4º trimestre de 2009, obtém-se 704 mil, que é o numero efectivo de desempregados, calculado utilizando apenasdados divulgados pelo INE nas suasEstatísticas do Emprego.
Tomando comobaseestedesemprego efectivo e o PIB porempregadoos prejuízospara o País, para o Estado, para a SegurançaSocial e para os própriostrabalhadoresjásãomuitomaiselevados, como se conclui do seguinte: (a) O PIB perdido em 2010 deverá atingir 23.455 milhões de euros, o que corresponde a 14% do PIB previstopelogovernoparaesteano; (b) os impostos (só IVA e IRS, não se inclui nem IRC, nem ISV, nem IPSP) que o Estadonão receberá, em 2010, corresponderão a 2.651 milhões de eurosreceitasfiscais, (c) As contribuiçõesqueSegurançaSocial perderá, em 2010, atingirão 3.260 milhões de euros e ainda terá de suportardespesas avaliadas em 2.209 milhõescom o subsidio de desemprego ( e istosementraremlinha de contacom as despesascom RSI e com a Acção Socialparacombater a pobrezaque o desemprego também provoca); (d) Os saláriosque os trabalhadoresnão receberão em 2010 deverão atingir 9.382 milhões € que, se fossem recebidos, contribuiriam paraaumentar o mercadointerno, o que permitiria nomeadamente às PME´s escoarem uma parteimportante da suaproduçãoque neste momentonão conseguem devido à falta de poder de compra da população.
Teria sido muitomaisimportantepara o País e para os portugueses, que o governo, no lugar…
LerestudocompletoemRESISTIR.INFO
Os estudos do economista Eugénio Rosa são ignorados pelos meios de comunicação dominantes.