sábado, 28 de fevereiro de 2009

Freeport/BPN "espelho de enganos"



Para a melhor compreensão dos mais recentes "fenómenos" nesta subtil
"Arte de Furtar".


CAPITULO III

"E como não há arte, que se aprenda sem mestres, que vão sucedendo huns a outros, tem esta alguns muito sábios, e sempre os teve; e como não há escola, onde se não achem discípulos bons, e máos, também nesta há discípulos, que podem ser mestres; e há outros tão rudes, que nem para máos discípulos prestarão, porque logo os apanham. De todos determino dizer alguma couza, não para os sensinar, mas para advertir, a quem se quizer guardar delles, o como se deve vigiar; e a elles quão arriscados andaõ"

"e em mais, e menos vay o furto, quando cada hum toma mais do que se lhe deve, ou quando dá menos do que deve."

* * *
Vocábulos cada vez mais necessários para melhor nos expressarmos:

Quadrilha, bando, súcia, corja, canalha, infame, abjecto, desprezível, cáfila, ignóbil etc., etc..


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Estaca zero



Os vespertinos informam que

"O caso Freeport regressou à estaca zero"


Os milhões vendam os olhos da justiça que, ceguinha, coitadinha, não sabe o que fazer à estaca pertença de destacadas figuras da área da governança. E a estaca, em bolandas de Pôncio para Pilatos, ainda acaba por secar; e quando estiver prestes a encontrar o momento de a plantar, já estará seca e bichosa ou, seja, prescreveu.

O gang Freeport tem como arma de arremesso o BPN.
O gang BPN contra-ataca com o Freeport.

E como as eleições se aproximam, a escolha dos que votam Freeport e BPN continua a ser fácil:

Moeda ao ar!






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cadê o dólar?



O ex-administrador do Excellence Asser Fund António Coutinho Rebelo, esclarece que a empresa porto-riquenha Blometric, foi vendida em 2003 por 35 milhões de euros (35.000.000.00€). Nas contas do grupo (SLN) Sociedade Lusa de Negócios 'Loureiro e Cia' que detinha o fundo e o banco BPN, a venda está registada por apenas um (1$) dólar.

Onde é que o Conselheiro Dias Loureiro teria aconselhado a guardar o dólar?

A Procuradoria Geral da República vai mandar investigar.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ARTE de FURTAR - 1652



Há que preservar esta Arte onde sempre fomos exímios.
Uma cultura muito nossa que continuamos a cultivar e da qual nos orgulhamos.

Algumas notas deste clássico do Padre Manuel da Costa (atribuído ao Padre António Vieira, para melhor se vender), e ao qual voltaremos.




Capitulo I

«Como para furtar ha arte, que he ciencia verdadeira»

... E quando os vejo continuar no officio illesos, não posso deixar de o atribuir à destreza de sua arte, que os livra até da justiça mais vigilante, deslumbrando-a por mil modos, ou obrigando-a que os largue, e tolére; porque até para isso tem os ladrões arte. Assim se prova, que há arte fácil de provar, ainda que não tenha escola pública, nem Doutores graduados, que a ensinem em Universidades, como tem as outras ciencias. ...

Capitulo II

«Como a arte de furtar he muito nobre»

... E como o engenho, e arte de furtar ande hoje tão subtil, que transcende as águias, bem podemos dizer que é ciencia nobre. ...


Não podemos nem devemos ignorar estes ensinamentos se desejarmos, de facto, continuar na situação invejável em que nos encontramos.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

OS MORALISTAS

Atenção!

Esta imagem não pode circular em Braga


Fresque provenant du lupanar de Pompei
Musée archéologique de Naples



Tranquei portas e janelas e estou a ler às escondidas este livro de história.

Os tempos estão difíceis, meus amigos!...

Os sátrapas que impõem a moral andam à espreita e...

por detrás de cada moralista esconde-se um canalha.




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Zeca. Presente!


22 anos
"as lágrimas dos outros" e as nossas



Não, não queremos cantar
as canções azuis
dos pássaros moribundos.

Preferimos andar aos gritos
para que os homens nos entendam
na escuridão das raízes.

Aos gritos como os pescadores quando puxam as redes
em tardes de fome pitoresca para quadros de exposição.
Aos gritos como os fogueiros que se lançam vivos nas fornalhas
para que os navios cheguem intactos aos destinos dos outros.
Aos gritos como os escravos que arrastaram as pedras no Deserto
para o grande monumento à Dor Humana do Egipto.
Aos gritos como o idílio dum operário e duma operária
a falarem de amor
perto duma máquina de tempestade
a soluçar cidades de fome
na cólera dos ruídos...

Aos gritos, sim, aos gritos.

E não há maior orgulho
do que o nosso destino
de nascer em todas as bocas...

... Nós os poetas viris
que trazemos nos olhos
as lágrimas dos outros.


José Gomes Ferreira



domingo, 22 de fevereiro de 2009

Luto nacional


Bandeiras a meia haste




Os jornais de "referência" cumprindo o dever de nos manter ao corrente dos acontecimentos marcantes a nível nacional e internacional noticiam que "morreu 'socks' o gato dos Clinton que viveu oito anos na Casa Branca.

Este dominical pasquim concedeu o mesmo espaço e relevância ao PCP.

Aqui há gato!





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Os foliões




Nos terríveis tempos de exílio os foliões afogavam em pandega a revolução que dentro deles fervia. O banqueiro Bulhosa de "la Banque Franco-Portugaise" pagava a factura e os revolucionários entre uísques e minettes (em francês gatinhas) iam concebendo a democracia tão ao gosto da CIA.

Só não reconheço o folião em primeiro plano. Certamente que será também um "socialista não praticante".


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

LAY OFF (para os amnésicos)


LAY OFF

«REGIME JURÍDICO DA SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO»

Decreto-Lei n. 398/83 de 2 de Novembro

Visto e aprovado em Concelho de Ministros de 6 de Outubro de 1983. - Mário Soares - Carlos Alberto da Mota Pinto - António Almeida Santos - Ernâni Rodrigues Lopes - Amândio Anes de Azevedo - Manuel José Dias Soares Costa - José Veiga Simão - Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto - Carlos Montez Melancia.

* * *

Promulgado em 24 de Outubro de 1983.

Publique-se.

O presidente da República, António Ramalho Eanes.

Referendado em 24 de Outubro de 1983.

O Primeiro-Ministro,

Mário Soares.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As perturbações do Manel


"Manuel Alegre quer uma viragem na política económica e social do PS".

Compreende-se

O coordenador Nacional da Saúde Mental estima em 2.000.000 (dois milhões) os portugueses sujeitos a perturbações mentais em 2009.

As perturbações acentuam-se e ninguém consegue convencer o Manel a consultar um especialista.

Pobre Manel.

É a vida!




domingo, 15 de fevereiro de 2009

Olho nele!

Dirigi-me ao galaroz de serviço, mostrei a 1ª página do DN, e perguntei-lhe o que pensava sobre os 'lapsus memoriae' do conselheiro Loureiro que não sabe onde guardou o milho.

Olhou-me de lado e em surdina aconselhou: "olho nele". Esclareceu-me ainda que é um dos 23 espiões secretos, que já todos conhecem, e que se disfarçou de galo para investigar onde é que o Loureiro teria escondido o milho, o cacau, a massa ou o carcanhol.


Que bela cabidela!



sábado, 14 de fevereiro de 2009

O fruto pertence-nos!

A flor da amendoeira


A aranha participa na formação do fruto que alguém irá comer.

Se cultivamos e colhemos o fruto porque razão não havemos de ser nós a usufruir desse esforço!?

Não é necessário ser sábio ou simplesmente inteligente para compreender a elementar justiça.

Basta ser honesto!






sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

De punho erguido

Autocolante premonitório

O P. R. está muito preocupado com os jovens desempregados, - nem sei como aguenta tanta preocupação - e exorta-os a não baixarem os braços.

Para que não levem toda a vida de baços no ar, até porque podem ser tomados por delinquentes, peço a sua excelência para sugerir aos jovens que levantem só um braço, o direito, e de punho erguido juntarem-se a todos os desempregados, seus irmãos de classe, para exigirem justiça social, só possível com outra política.

Estou certo que me ouvirá!




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A OPINIÃO - Uma voz democrática

Concebido no Congresso de Aveiro em Abril de 1973 o nº1 de "A OPINIÃO" dispara para a luta no dia 2 de Junho de 1973. Voz da Oposição Democrática é a única publicação do Norte que vai à censura a Lisboa. 12 páginas, três artigos assinados respectivamente por Óscar Lopes, Armando de Castro e Nozes Pires. A "recusa do medo" toma forma!

EDITORIAL
.....
Estruturada em novos moldes, A OPINIÃO procurará abordar, criticamente, a realidade regional, nacional e internacional.
A OPINIÃO terá opinião. Assumirá posição face aos problemas concretos e não será pretensamente neutral. Dentro das limitações conhecidas, analisará os problemas do povo segundo os interesses do povo.
Uma base para uma acção correcta cotidiana. Um contributo para a transformação. Na recusa de obscurantismos e de demagogias. Na recusa do medo.
Na recusa também dos condicionalismos à imprensa, agravados nos jornais ditos de grande informação por interesses de vária ordem.
As páginas de A OPINIÃO estarão abertas aqueles que sempre viram silenciados os seus problemas mais prementes. POR ELES -- repórteres nos seus locais de trabalho -- é que A OPINIÃO deve ser feita. Uma colaboração que se espera. Uma colaboração viva, atenta, que transmita -- mesmo sem gramática -- a realidade.

Em tempo de monopólio da informação, A OPINIÃO não está ligada ao grande capital e só sobreviverá com o trabalho e o contributo de todos os que tenham como seus os objectivos enunciados. A ajuda dos assinantes é indispensável. A independência começa aí.

Tome nota: 2 de Junho de 1973

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Joe Biden(LadenEUA)

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O Joe Biden, vice-presidente dos EUA chegou a Munique levando na bagagem "a abertura ao diálogo da nova América de Obama".
E disse:
Washington quer ter melhores relações com a Rússia, mas vai manter o escudo anti-míssil; quer falar com o Irão, mas este terá de abandonar o nuclear.

É abertura ou alçapão?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O extermínio do povo de Gaza continua


Friamente e com o aplauso implícido dos gangsteres que se têm feito eleger "democraticamente" o nazissionismo continua a massacrar o povo de Gaza.

Pacto de Omertá ou a Lei do Silêncio -- autocolante/41



Os louros do Oliveira e Costa repousaram muitos dias à sombra do loureiro. O Oliveira e Costa não sabia que loureiro em excesso é tóxico. O Oliveira, como banqueiro, utilizou os famigerados produtos tóxicos que envenenaram todo o seu circuito financeiro. Com os oliveiras costas, dias loureiros e outros banqueiros trapaceiros evaporaram-se milhões e o Oliveira foi de cana.

Mas…

O Oliveira sabe.

Ele conhece a eloquência do silêncio como arma de defesa.
Ele sabe que a denúncia se chama boomerang.
Ele sabe que os banqueiros de raiz para evitarem terrenos minados utilizam cobaias.
Ele sabe que foi, é, no universo dos milhões um homem de palha e os homens de palha são para queimar quando o sistema falha.
Ele sabe que pé rapado só chega a aprendiz de banqueiro com a cumplicidade de banqueiros de raiz.
Ele sabe que subiu onde nunca sonhara, caindo no fosso da sua ambição, e que sozinho não conseguirá de lá sair.
Ele sabe que não pode nem deve denunciar os que têm poder para o ilibar.
Ele sabe que é perigosíssimo desvendar ligações.
Ele conhece a força dos milhões.
Ele sabe que cego, surdo e mudo tem garantido um faustoso futuro.
Ele sabe que eles sabem que ele sabe. Sabe muito!
E… ele sabe que se falasse podia ficar afónico.

Ah! Ele sabe que o PSD e o PS consideram que fez muito bem em não falar e que na opinião da deputada Zita laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC»,
já que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...

Nós também sabemos que foi um escândalo levar preso aos Passos Perdidos só um banqueiro, mas não devemos desesperar porque um dia que haja justiça, que não seja de classe, basta que a polícia investigue e a justiça recupere a visão para que os burlões não voltem a sujar o Parlamento.

Mas…

A máquina de branqueamento já começou a funcionar. A Lusa fornece o detergente e o DN, pressuroso e comovido, transcreve em destaque o que “fonte próxima de Oliveira e Costa” -- que poderá ser outro qualquer burlão da cela contígua – afirmou: o ex-banqueiro encontra-se “extremamente debilitado”; então, diligentes as autoridades levaram-no a fazer exames médicos e radiografias, tendo sido observado também no EPL por um neurocirurgião e um médico cardiologista. A “fonte” – a trapaça escorre sempre de uma “fonte” – onde a Lusa foi beber, esclarece ainda que “se regista um agravamento do estado de saúde que a própria família desconhecia”.

Os serviços prisionais proporcionam, e é justo que o façam, cuidados de saúde, de tal modo eficientes, que qualquer um de nós quando se sentisse debilitado deveria praticar uma falcatrua que o levasse ao chilindró o tempo suficiente para ao sair se sentir como novo.

A campanha do “coitadinho” está lançada; não tarda muito que o Oliveirinha não vá mudar de ares e, quando se apanhar ao fresco, a recuperação não se fará tardar, tal como aconteceu àquele idoso “coitadinho” que se deu mal com o smog de Londres onde se exibia em cadeira de rodas e assim que o despejaram no Chile até saltava à corda.

(Crónica lida na Rádio Baía)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A canalha

 
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A Canalha

Se os tratar de canalha haverá quem creia que exagero. Se vos disser que esperei 14 anos pela conclusão de um processo no Tribunal do Trabalho, certos dirão que vivemos em democracia e num Estado de Direito. Se, sem que se sintam feridos alguns leitores depararem com uma página repleta de crimes contra quem trabalha, “processos que se arrastam nos Tribunais de Trabalho por mais de 20 anos” ou que “as dívidas a trabalhadores ultrapassam os 200 milhões de euros”. Terei que fazer um esforço, mas faço, para os socorrer quando de ajuda necessitarem. Lutar contra a canalha que desvirtua o Estado de Direito conquistado em Abril é um dever.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Não chateiem o Manel!

 
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Santos Silva, o pigmeu, dá cabo da mona do Manel. Preocupa-me a saúde do Manel. O Manel anda sempre enervado. A continuar assim ainda lhe dá um fanico e não chega a Presidente da República. Se o Manel bate a bota lá se vai a referência do PS, a esquerda do PS que segundo o Manel tem um grande défice democrático. Para colmatar o défice que tanto o preocupa o Manel devia organizar um peditório e pôr em dia a democracia do PS que todos reconhecem andar pelos becos da amargura.

O Manel Alegre anda triste. Que tristeza!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A cegada continua -- autocolante/40

 
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O Ministério propõe trabalho voluntário e não remunerado aos Professores reformados.

A cegada continua em cena e em sessões continuas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Que Deus o proteja!

 
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Trocou os delicados sapatinhos vermelhos por velhos chanatos e pés bem assentes na terra abandonou os negócios do céu e cultiva um vinhedo no Douro.

Que Deus o proteja!

Pacto de Omertá ou a Lei do Silêncio



Pacto de Omertá ou a Lei do Silêncio

Os louros do Oliveira e Costa repousaram muitos dias à sombra do loureiro. O Oliveira e Costa não sabia que loureiro em excesso é tóxico. O Oliveira, como banqueiro, utilizou os famigerados produtos tóxicos que envenenaram todo o seu circuito financeiro. Com os oliveiras costas, dias loureiros e outros banqueiros trapaceiros evaporaram-se milhões e o Oliveira foi de cana.

Mas

O Oliveira sabe.

Ele conhece a eloquência do silêncio como arma de defesa.

Ele sabe que a denúncia se chama boomerang.

Ele sabe que os banqueiros de raiz para evitarem terrenos minados utilizam cobaias.

Ele sabe que foi, é, no universo dos milhões um homem de palha e os homens de palha são para queimar quando o sistema falha.

Ele sabe que rapado chega a aprendiz de banqueiro com a cumplicidade de banqueiros de raiz.

Ele sabe que subiu onde nunca sonhara, caindo no fosso da sua ambição, e que sozinho não conseguirá de sair.

Ele sabe que não pode nem deve denunciar os que têm poder para o ilibar.

Ele sabe que é perigosíssimo desvendar ligações.

Ele conhece a força dos milhões.

Ele sabe que cego, surdo e mudo tem garantido um faustoso futuro.

Ele sabe que eles sabem que ele sabe. Sabe muito!

E… ele sabe que se falasse podia ficar afónico.

Ah! Ele sabe que o PSD e o PS consideram que fez muito bem em não falar e que na opinião da deputada Zita laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC», que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...

Nós também sabemos que foi um escândalo levar preso aos Passos Perdidos um banqueiro, mas não devemos desesperar porque um dia que haja justiça, que não seja de classe, basta que a polícia investigue e a justiça recupere a visão para que os burlões não voltem a sujar o Parlamento.

Mas

A máquina de branqueamento começou a funcionar. A Lusa fornece o detergente e o DN, pressuroso e comovido, transcreve em destaque o quefonte próxima de Oliveira e Costa” -- que poderá ser outro qualquer burlão da cela contígua – afirmou: o ex-banqueiro encontra-se “extremamente debilitado”; então, diligentes as autoridades levaram-no a fazer exames médicos e radiografias, tendo sido observado também no EPL por um neurocirurgião e um médico cardiologista. A “fonte” – a trapaça escorre sempre de uma “fonte” – onde a Lusa foi beber, esclarece ainda que “se regista um agravamento do estado de saúde que a própria família desconhecia”.

Os serviços prisionais proporcionam, e é justo que o façam, cuidados de saúde, de tal modo eficientes, que qualquer um de nós quando se sentisse debilitado deveria praticar uma falcatrua que o levasse ao chilindró o tempo suficiente para ao sair se sentir como novo.

A campanha do “coitadinho” está lançada; não tarda muito que o Oliveirinha nãomudar de ares e, quando se apanhar ao fresco, a recuperação não se fará tardar, tal como aconteceu àquele idoso “coitadinho” que se deu mal com o smog de Londres onde se exibia em cadeira de rodas e assim que o despejaram no Chile até saltava à corda.




Lima de Freitas / 1964 e poema de Halfdan Rasmussen


Definhava a vida na pobreza.
Aferrolhado o sonho fazia-se pesadelo.
O pobre nada abraça
no mundo nada tem que possa chamar seu.

Deformado era o tempo pela violência e pela dor.
Cada dia uma máscara de lama e barro.
O cego perde-se e não pode ver.
Aquele que tem olhos é cegado pelo que vê.

Tudo em que tocávamos envilecia.
E nada era certo ou digno de confiança.
Matamos a nossa sede no suor uns dos outros
e damo-nos a comer privações e fome.

Só as crianças saúdam o novo dia
e estendem mãos inocentes.
Um dia esqueceremos a nossa derrota
e neles encontraremos confiança e paz.

Halfdan Rasmussen
(trad. do dinamarquês por H. H. S. e Lima de Freitas)