Para a melhor compreensão dos mais recentes "fenómenos" nesta subtil "Arte de Furtar".
CAPITULO III
"E como não há arte, que se aprenda sem mestres, que vão sucedendo huns a outros, tem esta alguns muito sábios, e sempre os teve; e como não há escola, onde se não achem discípulos bons, e máos, também nesta há discípulos, que podem ser mestres; e há outros tão rudes, que nem para máos discípulos prestarão, porque logo os apanham. De todos determino dizer alguma couza, não para os sensinar, mas para advertir, a quem se quizer guardar delles, o como se deve vigiar; e a elles quão arriscados andaõ"
"e em mais, e menos vay o furto, quando cada hum toma mais do que se lhe deve, ou quando dá menos do que deve."
* * * Vocábulos cada vez mais necessários para melhor nos expressarmos:
Os vespertinos informam que "O caso Freeport regressou à estaca zero"
Os milhões vendam os olhos da justiça que, ceguinha, coitadinha, não sabe o que fazer à estaca pertença de destacadas figuras da área da governança. E a estaca, em bolandas de Pôncio para Pilatos, ainda acaba por secar; e quando estiver prestes a encontrar o momento de a plantar, já estará seca e bichosa ou, seja, prescreveu.
O gang Freeport tem como arma de arremesso o BPN. O gang BPN contra-ataca com o Freeport.
E como as eleições se aproximam, a escolha dos que votam Freeport e BPN continua a ser fácil:
O ex-administrador do Excellence Asser Fund António Coutinho Rebelo, esclarece que a empresa porto-riquenha Blometric, foi vendida em 2003 por 35 milhões de euros (35.000.000.00€). Nas contas do grupo (SLN) Sociedade Lusa de Negócios 'Loureiro e Cia' que detinha o fundo e o banco BPN, a venda está registada por apenas um (1$) dólar.
Onde é que o Conselheiro Dias Loureiro teria aconselhado a guardar o dólar?
A Procuradoria Geral da República vai mandar investigar.
Há que preservar esta Arte onde sempre fomos exímios. Uma cultura muito nossa que continuamos a cultivar e da qual nos orgulhamos.
Algumas notas deste clássico do Padre Manuel da Costa (atribuído ao Padre António Vieira, para melhor se vender), e ao qual voltaremos.
Capitulo I
«Como para furtar ha arte, que he ciencia verdadeira»
... E quando os vejo continuar no officio illesos, não posso deixar de o atribuir à destreza de sua arte, que os livra até da justiça mais vigilante, deslumbrando-a por mil modos, ou obrigando-a que os largue, e tolére; porque até para isso tem os ladrões arte. Assim se prova, que há arte fácil de provar, ainda que não tenha escola pública, nem Doutores graduados, que a ensinem em Universidades, como tem as outras ciencias. ...
Capitulo II
«Como a arte de furtar he muito nobre»
... E como o engenho, e arte de furtar ande hoje tão subtil, que transcende as águias, bem podemos dizer que é ciencia nobre. ...
Não podemos nem devemos ignorar estes ensinamentos se desejarmos, de facto, continuar na situação invejável em que nos encontramos.
Não, não queremos cantar as canções azuis dos pássaros moribundos.
Preferimos andar aos gritos para que os homens nos entendam na escuridão das raízes.
Aos gritos como os pescadores quando puxam as redes em tardes de fome pitoresca para quadros de exposição. Aos gritos como os fogueiros que se lançam vivos nas fornalhas para que os navios cheguem intactos aos destinos dos outros. Aos gritos como os escravos que arrastaram as pedras no Deserto para o grande monumento à Dor Humana do Egipto. Aos gritos como o idílio dum operário e duma operária a falarem de amor perto duma máquina de tempestade a soluçar cidades de fome na cólera dos ruídos...
Aos gritos, sim, aos gritos.
E não há maior orgulho do que o nosso destino de nascer em todas as bocas...
... Nós os poetas viris que trazemos nos olhos as lágrimas dos outros.
Os jornais de "referência" cumprindo o dever de nos manter ao corrente dos acontecimentos marcantes a nível nacional e internacional noticiam que "morreu 'socks' o gato dos Clinton que viveu oito anos na Casa Branca.
Este dominical pasquim concedeu o mesmo espaço e relevância ao PCP.
Nos terríveis tempos de exílio os foliões afogavam em pandega a revolução que dentro deles fervia. O banqueiro Bulhosa de "la Banque Franco-Portugaise" pagava a factura e os revolucionários entre uísques e minettes(em francêsgatinhas) iam concebendo a democracia tão ao gosto da CIA.
Só não reconheço o folião em primeiro plano. Certamente que será também um "socialista não praticante".
«REGIME JURÍDICO DA SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO»
Decreto-Lei n. 398/83 de 2 de Novembro
Visto e aprovado em Concelho de Ministros de 6 de Outubro de 1983. - Mário Soares - Carlos Alberto da Mota Pinto - António Almeida Santos - Ernâni Rodrigues Lopes - Amândio Anes de Azevedo - Manuel José Dias Soares Costa - José Veiga Simão - Álvaro Roque de Pinho Bissaia Barreto - Carlos Montez Melancia.
Dirigi-me ao galaroz de serviço, mostrei a 1ª página do DN, e perguntei-lhe o que pensava sobre os 'lapsus memoriae' do conselheiro Loureiro que não sabe onde guardou o milho. Olhou-me de lado e em surdina aconselhou: "olho nele". Esclareceu-me ainda que é um dos 23 espiões secretos, que já todos conhecem, e que se disfarçou de galo para investigar onde é que o Loureiro teria escondido o milho, o cacau, a massa ou o carcanhol.
O P. R. está muito preocupado com os jovens desempregados, - nem sei como aguenta tanta preocupação - e exorta-os a não baixarem os braços.
Para que não levem toda a vida de baços no ar, até porque podem ser tomados por delinquentes, peço a sua excelência para sugerir aos jovens que levantem só um braço, o direito, e de punho erguido juntarem-se a todos os desempregados, seus irmãos de classe, para exigirem justiça social, só possível com outra política.
Concebido no Congresso de Aveiro em Abril de 1973 o nº1 de "A OPINIÃO" dispara para a luta no dia 2 de Junho de 1973. Voz da Oposição Democrática é a única publicação do Norte que vai à censura a Lisboa. 12 páginas, três artigos assinados respectivamente por Óscar Lopes, Armando de Castro e Nozes Pires. A "recusa do medo" toma forma!
EDITORIAL
..... Estruturada em novos moldes, A OPINIÃO procurará abordar, criticamente, a realidade regional, nacional e internacional. A OPINIÃO terá opinião. Assumirá posição face aos problemas concretos e não será pretensamente neutral. Dentro das limitações conhecidas, analisará os problemas do povo segundo os interesses do povo. Uma base para uma acção correcta cotidiana. Um contributo para a transformação. Na recusa de obscurantismos e de demagogias. Na recusa do medo. Na recusa também dos condicionalismos à imprensa, agravados nos jornais ditos de grande informação por interesses de vária ordem. As páginas de A OPINIÃO estarão abertas aqueles que sempre viram silenciados os seus problemas mais prementes. POR ELES -- repórteres nos seus locais de trabalho -- é que A OPINIÃO deve ser feita. Uma colaboração que se espera. Uma colaboração viva, atenta, que transmita -- mesmo sem gramática -- a realidade.
Em tempo de monopólio da informação, A OPINIÃO não está ligada ao grande capital e só sobreviverá com o trabalho e o contributo de todos os que tenham como seus os objectivos enunciados. A ajuda dos assinantes é indispensável. A independência começa aí.
O Joe Biden, vice-presidente dos EUA chegou a Munique levando na bagagem "a abertura ao diálogo da nova América de Obama". E disse: Washington quer ter melhores relações com a Rússia, mas vai manter o escudo anti-míssil; quer falar com o Irão, mas este terá de abandonar o nuclear.
Os louros do Oliveira e Costa repousaram muitos dias à sombra do loureiro. O Oliveira e Costa não sabia que loureiro em excesso é tóxico. O Oliveira, como banqueiro, utilizou os famigerados produtos tóxicos que envenenaram todo o seu circuito financeiro. Com os oliveiras costas, dias loureiros e outros banqueiros trapaceiros evaporaram-se milhões e o Oliveira foi de cana.
Mas…
O Oliveira sabe.
Ele conhece a eloquência do silêncio como arma de defesa. Ele sabe que a denúncia se chama boomerang. Ele sabe que os banqueiros de raiz para evitarem terrenos minados utilizam cobaias. Ele sabe que foi, é, no universo dos milhões um homem de palha e os homens de palha são para queimar quando o sistema falha. Ele sabe que pé rapado só chega a aprendiz de banqueiro com a cumplicidade de banqueiros de raiz. Ele sabe que subiu onde nunca sonhara, caindo no fosso da sua ambição, e que sozinho não conseguirá de lá sair. Ele sabe que não pode nem deve denunciar os que têm poder para o ilibar. Ele sabe que é perigosíssimo desvendar ligações. Ele conhece a força dos milhões. Ele sabe que cego, surdo e mudo tem garantido um faustoso futuro. Ele sabe que eles sabem que ele sabe. Sabe muito! E… ele sabe que se falasse podia ficar afónico.
Ah! Ele sabe que o PSD e o PS consideram que fez muito bem em não falar e que na opinião da deputada Zita laranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC», já que «exibir um banqueiro preso nos Passos Perdidos» - coisa pela primeira vez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...
Nós também sabemos que foi um escândalo levar preso aos Passos Perdidos só um banqueiro, mas não devemos desesperar porque um dia que haja justiça, que não seja de classe, basta que a polícia investigue e a justiça recupere a visão para que os burlões não voltem a sujar o Parlamento.
Mas…
A máquina de branqueamento já começou a funcionar. A Lusa fornece o detergente e o DN, pressuroso e comovido, transcreve em destaque o que “fonte próxima de Oliveira e Costa” -- que poderá ser outro qualquer burlão da cela contígua – afirmou: o ex-banqueiro encontra-se “extremamente debilitado”; então, diligentes as autoridades levaram-no a fazer exames médicos e radiografias, tendo sido observado também no EPL por um neurocirurgião e um médico cardiologista. A “fonte” – a trapaça escorre sempre de uma “fonte” – onde a Lusa foi beber, esclarece ainda que “se regista um agravamento do estado de saúde que a própria família desconhecia”.
Os serviços prisionais proporcionam, e é justo que o façam, cuidados de saúde, de tal modo eficientes, que qualquer um de nós quando se sentisse debilitado deveria praticar uma falcatrua que o levasse ao chilindró o tempo suficiente para ao sair se sentir como novo.
A campanha do “coitadinho” está lançada; não tarda muito que o Oliveirinha não vá mudar de ares e, quando se apanhar ao fresco, a recuperação não se fará tardar, tal como aconteceu àquele idoso “coitadinho” que se deu mal com o smog de Londres onde se exibia em cadeira de rodas e assim que o despejaram no Chile até saltava à corda.
Se os tratar de canalha haverá quem creia que exagero. Se vos disser que esperei 14 anos pela conclusão de um processo no Tribunal do Trabalho, certos dirão que vivemos em democracia e num Estado de Direito. Se, sem que se sintam feridos alguns leitores depararem com uma página repleta de crimes contra quem trabalha, “processos que se arrastam nos Tribunais de Trabalho por mais de 20 anos” ou que “as dívidas a trabalhadores ultrapassam os 200 milhões de euros”. Terei que fazer um esforço, mas faço, para os socorrer quando de ajuda necessitarem. Lutar contra a canalha que desvirtua o Estado de Direito conquistado em Abril é um dever.
Santos Silva, o pigmeu, dá cabo da mona do Manel. Preocupa-me a saúde do Manel. O Manel anda sempre enervado. A continuar assim ainda lhe dá um fanico e não chega a Presidente da República. Se o Manel bate a bota lá se vai a referência do PS, a esquerda do PS que segundo o Manel tem um grande défice democrático. Para colmatar o défice que tanto o preocupa o Manel devia organizar um peditório e pôr em dia a democracia do PS que todos reconhecem andar pelos becos da amargura.
Os louros do Oliveira e Costa repousaram muitosdias à sombra do loureiro. O Oliveira e Costanão sabia queloureiroemexcesso é tóxico. O Oliveira, comobanqueiro, utilizou os famigeradosprodutostóxicosque envenenaram todo o seucircuitofinanceiro. Com os oliveiras costas, diasloureiros e outrosbanqueirostrapaceiros evaporaram-se milhões e o Oliveira foi de cana.
Mas…
O Oliveira sabe.
Ele conhece a eloquência do silênciocomoarma de defesa.
Ele sabe que a denúncia se chama boomerang.
Ele sabe que os banqueiros de raizpara evitarem terrenos minados utilizam cobaias.
Ele sabe que foi, é, no universo dos milhõesumhomem de palha e os homens de palha sãoparaqueimarquando o sistemafalha.
Ele sabe quepé rapado sóchega a aprendiz de banqueirocom a cumplicidade de banqueiros de raiz.
Ele sabe que subiu ondenunca sonhara, caindo no fosso da suaambição, e quesozinho não conseguirá de lásair.
Ele sabe quenão pode nem deve denunciar os que têm poderpara o ilibar.
Ele sabe que é perigosíssimo desvendarligações.
Ele conhece a força dos milhões.
Ele sabe quecego, surdo e mudo tem garantido umfaustosofuturo.
Ele sabe queeles sabem queele sabe. Sabe muito!
E… ele sabe que se falasse podia ficar afónico.
Ah! Ele sabe que o PSD e o PS consideram que fez muitobememnãofalar e que na opinião da deputadaZitalaranja, a ida de Oliveira e Costa à Assembleia foi «a maior cedência do Parlamento ao populismo de esquerda, desde o PREC», jáque«exibirumbanqueiropresonosPassos Perdidos» - coisapelaprimeiravez acontecida agora - «era o sonho de todos os revolucionários a seguir ao 25 de Abril»...
Nóstambém sabemos que foi umescândalolevarpreso aos Passos Perdidos sóumbanqueiro, masnão devemos desesperarporqueumdiaque haja justiça, quenão seja de classe, bastaque a polícia investigue e a justiça recupere a visãoparaque os burlões não voltem a sujar o Parlamento.
Mas…
A máquina de branqueamentojá começou a funcionar. A Lusa fornece o detergente e o DN, pressuroso e comovido, transcreve emdestaque o que “fontepróxima de Oliveira e Costa” -- que poderá seroutroqualquer burlão da celacontígua – afirmou: o ex-banqueiro encontra-se “extremamente debilitado”; então, diligentes as autoridades levaram-no a fazer examesmédicos e radiografias, tendo sido observadotambém no EPL porum neurocirurgião e ummédicocardiologista. A “fonte” – a trapaça escorre sempre de uma “fonte” – onde a Lusa foi beber, esclarece aindaque “se regista um agravamento do estado de saúdeque a própriafamília desconhecia”.
Os serviços prisionais proporcionam, e é justoque o façam, cuidados de saúde, de tal modoeficientes, quequalquerum de nósquando se sentisse debilitado deveria praticar uma falcatruaque o levasse ao chilindró o temposuficientepara ao sair se sentircomo novo.
A campanha do “coitadinho” está lançada; nãotardamuitoque o Oliveirinha não vá mudar de ares e, quando se apanhar ao fresco, a recuperaçãonão se fará tardar, talcomo aconteceu àqueleidoso “coitadinho” que se deu malcom o smog de Londres onde se exibia emcadeira de rodas e assimque o despejaram no Chile até saltava à corda.
Definhava a vida na pobreza. Aferrolhado o sonho fazia-se pesadelo. O pobre nada abraça no mundo nada tem que possa chamar seu.
Deformado era o tempo pela violência e pela dor. Cada dia uma máscara de lama e barro. O cego perde-se e não pode ver. Aquele que tem olhos é cegado pelo que vê.
Tudo em que tocávamos envilecia. E nada era certo ou digno de confiança. Matamos a nossa sede no suor uns dos outros e damo-nos a comer privações e fome.
Só as crianças saúdam o novo dia e estendem mãos inocentes. Um dia esqueceremos a nossa derrota e neles encontraremos confiança e paz.
Halfdan Rasmussen (trad. do dinamarquês por H. H. S. e Lima de Freitas)