sábado, 31 de março de 2012

Um mentiroso genuíno


Não ficaria de bem com a minha consciência se no dia das mentiras os que me visitam não pudessem ser confrontados com um genuíno mentiroso compulsivo. Mentir nem é difícil, mas mentir com descaro e sobranceria rindo-se de quem nele acredita, nãomuitos.

Sempre que é entrevistado, e acontece com frequência a propósito de tudo e de nada, principalmente de nada, o doutor refere o PCP. Hoje ficámos a saber que o Partido o “obrigou” a se afirmar como comunista e o Norton de Matos tratou o mal, “Foi uma das razões por que saiu do Partido Comunista”. Um alívio! diremos nós.

Este sujeito sofre do ‘síndrome do PCP’, acorda em sobressalto gritando pelo Álvaro Cunhal, tem pesadelos onde se cercado de foices e martelos e a Internacional zumbe-lhe nos ouvidos para onde quer que se volte. Severa patologia a que se encontra sujeito.

Freguesias e Jovens manifestam-se


Hoje é mais um dia dos muitos que virão para manifestar a revolta que cada vez mais se radica e intensifica.

Mas...

Amanhã, 1º de Abril, é o dia das mentiras. Devia ser institucionalizado como o dia nacional do PS/PSD/CDS, não esquecendo de eleger como seu patrono, o maior trafulha de todo os tempos: Mário Soares!

Como exercício escolar, os mestres, sem muito esforço, encontrariam milhares de petas propaladas por essa gente, explicando o porquê e as suas nefastas consequências por nós sofridas.

Entretanto hoje é mais um dia de RUA e de tomada de consciência dos muitos que os têm apoiado.

sexta-feira, 30 de março de 2012

A pontaria deles...

A fábrica de armas Pietro Beretta (a maior industria de armamentos do mundo) é controlada pela Holding SpA Beretta e o maior accionista da Beretta Holding SpA, depois de Gussalli Ugo Beretta, é o IOR (Instituto para as Obras de Religião [conhecido como Banco do Vaticano]).

O Banco do Vaticano é uma instituição privada, fundada em 1942 pelo Papa Pio XII com sede na Cidade do Vaticano.

Não podemos esquecer que além do granizo e da trovoada o céu também nos arremessa estes pedregulhos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Os broches Cartier


Confirma-se. A crise, a tal que tanto nos assustou, não passou de um pesadelo. A crise finou-se mesmo antes de nos magoar. O desemprego, a sopa dos pobres ou a emigração para fugir à fome não passaram de piadas de mau gosto.

O primeiro-ministro anunciou a retoma e o célebre joalheiro Cartier, atento ao nosso bem-estar, fez o favor de nos confirmar que vai abrir uma loja na Avenida da Liberdade em 2013.

A ‘Torres Joalheiros’ deverá instalar-se também na Av. Da Liberdade onde se encontram marcas de renome como as “Prado”, “Armandi” e “Carolina Herrera”.

Como podem calcular foi um alívio para os milhões de pobres e desempregados que desesperavam por nunca mais verem um ‘Cartier’ ao fundo do túnel.

Os ricos têm tanto direito aos seus broches Cartier como os nossos jovens a um posto de trabalho.

NÃO FALTES

Ficamos com mais joalharias de grande luxo do que albergues para os sem abrigo.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Suponhamos...

Suponhamos que sua santidade ia encontrar em Cuba, tal como no México, uma guerra de narcotraficantes onde pereceram cerca de 50 mil pessoas. Admitamos que na ilha onde os Estados Unidos mantêm uma câmara de tortura, condenada por todas as instâncias internacionais, o santo padre era confrontado com uma miséria abjecta vivendo paredes-meias com as maiores fortunas mundiais, como acontece no México. Imaginemos que na ilha onde os católicos professam livremente a sua religião e Marx é ensinado nas escolas o vigário de Cristo se confrontava com criminalidade a todos os níveis, e aberrantes injustiças sociais, como acontece no México.

Com que legitimidade o chefe de um governo, que se obrigado a pedir desculpa pelos milhares de crimes praticados pelos seus funcionários pedófilos e por perversões financeiras engendradas pelos banqueiros de cristo, critica as bases filosófica em que se rege um povo livre, há décadas agredido por um governo que pratica a rapina e semeia a destruição e a morte em nome de deus e do dólar.

Esta fotografia foi por mim tirada no Santuário da Virgem da Caridade onde os fiéis, tal como em Fátima, são livres de esfolar os joelhos. Ao fundo, junto ao Santuário, os sempre fiéis aguardam a sua vez para que a água que foram buscar seja benzida. Eu vi! E provavelmente também fui benzido. Seja o que deus quiser.

terça-feira, 27 de março de 2012

Os guerreiros verdadeiros...

(escultura de Jorge Pé-Curto)

Porque los guerreros verdaderos

no descansan descansando”.

(Gil Vicente)


28 de Março

Não ao pacote da exploração e empobrecimento

Concentração de Activistas Sindicais

Largo do Camões – Lisboa

15:00 horas

Desfile para a Assembleia da República, onde estará em discussão o “Pacote da Exploração e Empobrecimento”, Projecto de Lei 46/XII do governo PSD/CDS

sexta-feira, 23 de março de 2012

O LIXO

Os periódicos ditos de referência escaparam aos camiões do lixo porque os trabalhadores deste sector aderiram à Greve Geral, daí o fedor que exalava em todos os escaparates dos quiosques de jornais, mau cheiro que infestou também a informação on line.

Sabemos que os meios de intoxicação social não fazem a apologia das greves e também estamos habituados a que utilizem essa potente arma esmagando os cérebros dos que lhes prestam atenção, mas quando sob pressão social, perdem o tino.

Capa do DN

Capa do CM

Capa JN

(pouca adesão CONFRONTOS marcam dia de greve)

Capa do Público

Página interior Público

(o momento em que a jornalista da AFP é agredida)

Capa i

Esta foi a Greve Geral da imprensa portuguesa)

Ora Porra!

Ora porra!

Então a imprensa portuguesa é

que é a imprensa portuguesa?

Então é esta merda que temos

que beber com os olhos?

Filhos da puta! Não, que nem

há puta que os parisse.

Álvaro de Campos

quinta-feira, 22 de março de 2012

O CAMINHO É A REVOLTA

Mário Soares:

Situação do país é séria mas o caminho não é a revolta

È nos momentos decisivos que essa espécie de plasticina adquire a sua verdadeira configuração.

Nos meios de intoxicação social, logo pela manhã do dia da Greve Geral, a frase desmobilizadora e viperina sobressai nos escaparates

“o caminho não é a revolta”.

Sibilino como habitualmente, insurge-se contra tudo o que nos afecta, recomenda que não nos tratem tão mal e tenta até passar por socialista, mas a seta envenenada dirigida contra os que lutam com dignidade está sempre presente nas entrevistas, nos discursos e na prosa solicitada e lambida pela direita de que é um dos seus gurus.

Esta personagem jesuítica continua a caminhada que vem percorrendo desde o 25 de Abril, esforçando-se por arrastar os trabalhadores para o conformismo e o país para a degradação social em que vivemos.

É o mais destacado obreiro da situação em que nos encontramos.

E A GREVE GERAL CUMPRIU-SE

“O CAMINHO É A REVOLTA