quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O malabarista

O

Depois da “abstenção violenta”, o malabarista das afirmações ridículas, muito Seguro de si, sempre com a postura de candidato a primeiro-ministro, lança bem alto o último malabar: a

austeridade inteligente”.

Sabem o que é a “austeridade inteligente”? Nem ele sabe!

Sem sorrir, afirma com tal convicção, representa a função de malabarista político em corda bamba com tamanha destreza, que acaba por se convencer das enormidades que bolça, não se apercebendo do desequilíbrio em que se encontra.

O PS, que iniciou com elevado esmero tudo, absolutamente tudo, o que o PSD está realizando, lançou de imediato o substituto aos que, continuando a corrida para o abismo, uma vez cansados lhe passem o testemunho para continuarem como abjectos serviçais da banca que passaram a denominar por troika.

JÁ BASTA!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Comida de trabalho e de inverno

foto surripiada de “outrascomidas.blogspot.com

Dom Torricado

A tão humilde comida de trabalho, torna-se em manjar de convívio e lazer.

O plebeu Torricado conquista a pulso os mais apetecidos títulos de nobreza gastronómica. Requintados livros de culinária conferem-lhe espaço de relevo; conceituadas galas de gastronomia honram-no concedendo-lhe lugar de destaque.

E o pobre, com a modéstia de que os grandes são capazes, mantém-se fiel a si mesmo.

Simples e Bom!

Uma Festa Para Os Sentidos

UM SABOR

RIBATEJANO

PÃO

AZEITE

ALHO

SAL

BACALHAU

sardinha

fataça

entrecosto

azeitonas

toucinho

laranja

Dedicar aos alimentos os cuidados convenientes à sua preparação, manter-se atento e intervir em tempo oportuno, determinará a diferença entre o fazer comida e cozinhar.

Assim sendo, nãopratos menores.

O PÃO

No torricado é o pão que determina a obra final, quem o não souber escolher e com ele lidar, tem meia batalha perdida.

O casqueiro de trigo de mistura, ou de milho, será pelo menos do dia anterior, não muito cozido, de côdea regular e sem roturas para não deixar verter o azeite.

Uma vez a escolha feita, inicia-se o ritual.

O pão é cortado ao meio no sentido do comprimento e paralelo à base.

Toma-se cada metade, e com uma navalha bem afiada golpeia-se o miolo na vertical, desenhando losangos sem ferir a côdea.

Prepara-se com vides, se possível, um brasido que se deseja regular e brando de modo a não queimar ou secar o miolo do pão.

Sobre o lume assim criteriosamente preparado, coloca-se o pão a torriscar, primeiro o miolo até ficar corado e consistente, e as regueirinhas por acção do fogo começarem a “rir-se” ou a “abrir a boca para que lhe cheguem o azeite”, como é uso dizer-se. À côdea dá-se igual tratamento até ficar estaladiça.

Tudo está em ordem para receber os temperos.

O miolo e a côdea, assim torrados e consistentes, esfregam-se com um ou dois dentes de alho, espalhando de seguida pelo miolo alourado, algumas pedras de sal grosso.

Por fim, amacia-se a côdea tostada untando-a de azeite, e o miolo sequioso rega-se copiosamente com a mesma gordura, regressando ao lume até o azeite ferver. E quando por acção do calor começar a “chiar”, cada uma destas metades adquire nome próprio: “cosquilha”. E está pronta a servir.

Por tradição ou por gosto, há também quem prefira, em vez do azeite, barrar o pão depois de torrado com toucinho cru ou derretido, antes de voltar ao braseiro.

O torricado, para se manter macio e apetitoso, deve servir-se bem quente. É comida de almoço; e como dejejum, nas manhãs frias de Outono e Inverno, a cosquilha também tem os seus apreciadores, quando acompanhada de café.

E porque a imaginação é fértil, a “cosquilha”, servida ao café, além de todos os outros condimentos, pode barrar-se com laranja.

azeitona

Fiel nos bons e maus momentos, a azeitona nova, agreste ainda, emparceira com o torricado, de quem é companheira inseparável.

bacalhau

Após o teste a que foi submetido com a cosquilha, não permita que baixem de nível os seus méritos como assador. Frente a lume esperto, encoraje o fiel amigo, deixando-o brando e apetecível.

Uma vez grelhado, o bacalhau é desfiado e temperado de azeite, vinagre e alho, servindo-o sobre a cosquilha ou numa travessa.

sardinha

A sardinha, assada com os cuidados devidos a tão leal companheira, deite-a sobre a cosquilha sem a deixar arrefecer.

fataça

A fataça e a cosquilha (o Tejo e a Lezíria) vivem paredes-meias. Natural tem sido a salutar convivência destes bons amigos quando bem grelhados.

entrecosto

com umas pedrinhas de sal grosso ou previamente temperado de vinha-d’alhos - fica a seu gosto - o entrecosto bem grelhado num brasido vivo faz jus à cosquilha que o espera.


(in Valores da nossa terraOdores & Paladares – cid Simões)

Junta de Freguesia de Manique do Intendente - Azambuja

MAS NÃO ESQUEÇA


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Um está em Belém. E os outros?

A aquisição de 100% das acções do BPN pelo angolano BIC é de

40 milhões de euros.

«…os empréstimos da CGD ao BPN passam a ascender a 5,5 mil milhões de euros, na quase totalidade com o aval público.

No total, o BPN custou aos contribuintes 2,4 mil milhões


Exigir a prisão destes crápulas é também uma questão de salubridade