Segundo
a UNICEF, na América Latina e Caribe, cerca de 17,4 milhões de rapazes e
raparigas dos cinco aos dezassete anos trabalha, e segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), 77% realiza trabalhos perigosos. Se o total das
crianças trabalhadoras, constituíssem a população de um país, seria o oitavo
país mais povoado da América Latina num total de 33.
Uma excelente oportunidade para os mandantes, à trela dos EUA, que pretendem “ajudar” a Venezuela,
exercitem os seus direitos humanos em toda a América Latina.
As
receitas do petróleo da Venezuela devem ser transferidas para “o governo do
presidente Guaidó”. Assim determinou Mike Pompeo, o neo-Alcapone de
Chicago, e os seus homens de mão e valetes de pé sorriem para a fotografia.
É um modo tipicamente
USA: dar de comer a quem dizem ter fome, tirando da mesa o pão que lhes pertence.
Sejamos prudentes.
Se os gringos assim o entenderem, podemos acordar um qualquer dia com Rangel ou o Tino de
Rans como presidentes interinos.
Como
é possível que um órgão de comunicação estatal se permita transmitir uma entrevista
a marginais, como se de contestatários de um governo se tratasse.
Como é
possível que tenhamos que pagar uma televisão que propaga e alimenta a guerra
em vez de contribuir para a paz que todos os povos anseiam.
Como é possível a
um governo que por dever deve respeitar
a verdade se deixe ir à trela dos pretensos senhores disto tudo.
Uma
reportagem de tão baixo nível, tão degradante como esta, levaria a que qualquer
administração decente demitisse os responsáveis que a permitiram se é que não
encomendaram.
Dos
“coletes amarelos” que ainda não sei bem o que é, às lutas que diariamente e de
múltiplas formas se travam em todos os setores nacionais; lembrando ainda o que nos
querem fazer esquecer na América do Sul, verdadeiro vulcão social, onde
os povos vão tomando cada vez mais consciência do seu papel na história.
A
media nacional e internacional não nos
fala da Argentina e das enormes movimentações de massas contestando o Macri de
extrema-direita que os empobrece.
Nem
da miséria
na Colômbia cujos militares se recusam a entrar em confronto aberto com a
Venezuela com receio da contestação interna, contestação que acelerou com o
rompimento das relações diplomáticas e o encerramento da fronteira anunciada
por Nicolás Maduro. Uma fronteira marítima e outra terrestre de mais de 2.200
quilómetros.
«Na Venezuela vivem
cerca de cinco milhões de colombianos e vastos setores da população fronteiriça
abastece-se de produtos (alimentos, gasolina entre outros) no país vizinho
[Venezuela] numa fronteira que até esta sexta-feira, era muito ativa e de
trânsito livre pelas duas pontes, vias fluviais e os chamados “caminhos verdes”.
E
a miséria nas Honduras, Guatemala e outros mais países, descolada da sua realidade como
tragédia quotidiana, para se apresentar como conflito na entrada ou não nos EUA destes retirantes
que fogem da fome.
AS
REDES SOCIAIS QUE NOS ENGANAM MINUTO A MINUTO, MOSTRAM TAMBÉM E EM DIRETO AS
SUAS PRÓPRIAS MANHAS. SOCIAL E POLITICAMENTE, NADA É LINEAR.