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segunda-feira, 30 de abril de 2012
CANÇÃO DO COOPERARIADO
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domingo, 22 de abril de 2012
LEVANTE-SE O RÉU!
E o réu levantou-se com o aprumo e a dignidade das consciências tranquilas.
Jovem, tinha no olhar a limpidez dos íntegros e a altivez dos lutadores.
- Nome, idade, filiação?
- Chamo-me Abril, nascido em 25 de 1974, filho da opressão e da miséria.
- Sabe do que é acusado?
- Confirmo, meritíssimos juízes que sei e me orgulho da sublime culpa.
“Devolvi à flor a cor e o sentido, espalhei por todas o aroma inolvidável, iluminei-as com o sol da vida e da esperança, quebrei-lhes as algemas e as grades dos cárceres da tristeza, e as pétalas abriram-se libertas e as crianças sorriram. Ao vento dei a direcção e o pólen que fecundou a dignidade de néctar já esquecido“
Fez uma pequena pausa e num tom calmo mas firme continuou:
“Não sou herói nem mártir, mas a vida que em mutações constantes repele a cobardia e ao esgotar-se em sofrimento renasce impetuosa e firme, sugerindo de novo caminhos que só a bússola do sonho é capaz de encontrar.”
Os juízes entreolham-se; na assistência, uma jovem de beleza etérea, frágil embora, como tudo o que é puro, segue, letra a letra, o discurso vigoroso. É a Liberdade, sua irmã. Filha também de todas as quimeras, sem as quais a existência não tem sentido, sabendo-se que a nossa vida está orientada para o futuro que Lhe pertence.
A Liberdade, irreprimível, intemporal, questionou:
“Porquê e em nome de quem nos julgam? Tempo perdido é o vosso. Sou parte dos subjugados pela ignorância quando dela consciência tomam e se libertam. Corporizo os seus anseios colectivos no Maio 1º, e posso renascer, e renasço sem dia ou mês anunciados.
Não se julga o sol e o luar e o bom-senso não questiona as estrelas, a brisa das manhãs ou o crepúsculo.
Em que instância se encontram a cobiça e a arrogância, irmãs daninhas, subvertendo indecisos, fracos e frustrados, arregimentando-os em legiões de corruptos?
Dado que libertas se encontram, decerto deixaram como caução a gula esfomeada que já vos subornou!“
Abril retomou a palavra:
“Um mês é sempre precedido de outro mês e de outros tantos como a eternidade, da opressão nasceu sempre a revolta tão natural como a água nas fontes. Julgando-me arrastam na vossa acusação, Maio meu irmão, e nossa irmã Liberdade que me abraçaram nesse reencontro que a memória retêm.
Senhores jurados, meritíssimos juízes duma causa também vossa; lembrem-se das lágrimas de alegria, da festa, da fraternidade que a todos envolvi quando cheguei, da solidariedade reencontrada, das canções, da alvorada de esperança que, perdendo-se, vos perde!“
E justiça foi feita:
Abril, Maio e a Liberdade foram condenados a jamais se separarem, a lutarem eternamente, a nunca se curvarem e a serem amados para todo o sempre pelos que exigem dignidade e pão.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Não podemos faltar
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«Deixem-me explicar va-ga-ro-sa-men-te.»
"No meu país, as pessoas estão dispostas a sacrificar-se e a trabalhar mais"
Este é o rosto da política criminosa comum ao PS/PSD/CDS?
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Em que galáxia fica o país desta coisa?
«Vítor Gaspar considera que as políticas de austeridade não afectam os grupos mais vulneráveis da população, divulga o Público.»
“No meu país, as pessoas estão dispostas a sacrificar-se e a trabalhar mais para que o programa de ajustamento seja um sucesso”, afirma o ministro das Finanças, na sede do Fundo Internacional Monetário (FMI), em Washington.
É forçoso, indispensável e urgente correr com esta gente que jurou eliminar-nos. Aproxima-se o 25 de Abril e o 1º de Maio, não podemos ficar de braços caídos. Não podemos faltar, é um dever moral e cívico.
É um ato de sobrevivência!
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Porque subscrevi
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Não é só o homem pelo muito que merece, nem tampouco o cantor, compositor e poeta que nunca é de mais enaltecer. É o símbolo de um momento histórico que nos faz vibrar e que persiste nos nossos corações. O 25 de Abril!
Muitos e muitos homens e mulheres lutaram pela liberdade conquistada pelo abril da sua coragem, muitos outros não largaram o testemunho e continuam lutando, mas é imperioso cerrar fileiras e sermos cada vez mais. O fascismo põe mordaças no nosso cantar e eles aí estão “com pés de veludo”.
Pelas melodias que envolvem o que temos de melhor, os poemas de fraternidade ou de revolta e a presença tranquila do Zeca, todos nós somos devedores.
Face aos perigos que nos assolam, ele é um elo importante entre sensibilidades que forçosamente se irão reencontrar.
Ignorando a avalanche de petições que por aí circulam, achei por bem, por necessário e oportuno, subscrever a “petição” para a construção de um monumento ao Zeca Afonso.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Quem dá mais!
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A entrevista foi amplamente publicitada. A 2 do Público de domingo consagra-lhe a capa inteira e seis páginas com mais uma fotografia de página e meia. Os ‘fazedores de opinião‘ quando não são Professores ou Doutores, para se lhes conferir credibilidade necessitam de estatuto e publicitá-los é um dos meios.
Este [opinion maker] escreve para o Expresso e na SIC Notícias é comentador, é um ‘opinador’, como de designa. O opinador opina ao serviço da antena do Bilderberg em Portugal, e o Balsemão não brinca em serviço. O Balsemão aceita, por exemplo, que os seus colaboradores tivessem tido como herói o Álvaro Cunhal desde que se redimam e lhe joguem pedras -- «O meu herói político… [riso] – era o Álvaro Cunhal. (...) “era um egomaníaco. Era um autoritário”.
O opinador foi militante do PC e ao apedrejar Álvaro Cunhal expurga as raízes comunistas, o patrão regista o corajoso exorcismo, e o opinador continua com o ‘pãozinho’ garantido e até pode colorir de vermelho-pálido as opiniões que, segundo ele, são as suas.
O opinador segue a clássica Via Sacra de alguns ex-. De PC escorrega para a Plataforma de Esquerda, e o ex-dirigente do Bloco afirma ser «Sou um social-democrata que vai do PC ao PS. Com um percurso tão escorregadio e um currículo tão abrangente não pode jurar “que não venha a ser um oportunista”.
Esta dúvida uma vez publicitada deixa em leilão o objecto.
Quem dá mais!?