sexta-feira, 31 de março de 2023

Xi Jinping aplaude

“A nossa relação com a China é demasiado importante para ser posta em risco ao não estabelecer claramente os termos de um relacionamento saudável”

Dias antes de viajar com o Presidente de França, Emmanuel Macron, para Pequim, para a sua primeira visita oficial à China, a presidente da Comissão Europeia justificou a nova ofensiva diplomática “Devemos mostrar colectivamente que o nosso sistema democrático, os nossos valores e a nossa economia aberta podem proporcionar prosperidade e segurança para as pessoas, e para isso precisamos de reforçar as instituições e sistemas nos quais os países podem competir e cooperar”, considerou.

O RESPEITINHO É MUITO BONITO!


quinta-feira, 30 de março de 2023

‘É fartar, vilanagem’

Num país onde poucos têm sido os governantes não emporcalhados pela corrupção, onde quando aparece um cêntimo surgem cem ladrões, compreende-se que se vá escondendo a trajetória dos fundos. Que fique claro: os fundos vão ficar ainda mais escuros.





terça-feira, 28 de março de 2023

sábado, 25 de março de 2023

Subtilezas da linguagem

 

Que linguagem aveludada, que meiguice, o maior Banco da maior economia europeia “deslizou…” depois do Silicon Valley Bank ter tropeçado e quebrado as ventas.

“Deslize” e “receios renovados”, é o “manto diáfano sobre a nudez forte da verdade”: o Deutsche Bank, que chegou a cair mais de 12% na sessão de sexta-feira, numa altura em que os investidores atribuem mais risco à sua dívida.”

E sempre a deslizar

"Ainda estamos à espera de que caia outra peça do dominó e o Deutsche Bank é, claramente, o próximo na mente de toda a gente (justa ou injustamente)", comenta um analista do IG Bank, em declarações à Reuters.

 E outros deslizes

«Lisboa naufraga na maré vermelha europeia com Deutsche Bank a pressionar - Os mercados europeus estão a ser castigados pela forte queda das ações do Deutsche Bank, que contagiou o setor da banca. »

2.500 sanções, o envio dos Panzer para “castigar” a Federação Russa, e as flores a murchar no jardim do Josep Borrell.

sexta-feira, 24 de março de 2023

Sanções e ricochete

Milhões nas ruas de toda a França, o descontentamento alastra na Ianquilândia.

 

Macron sanciona Putin, os franceses sancionam Macron, as sanções fazem ricochete ao con Macron.

A Ianquilândia, também designada União Europeia, neoliberal e colonato dos Estados-Unidos, não conseguirá travar o descontentamento do povo que oprime.

Contratem os melhores mercenários que infestam a comunicação dita social, projetem-nos um bem-estar virtual, façam os mais absurdos malabarismos, mas não conseguirão mudar a realidade que criaram e a consequente revolta.



quarta-feira, 22 de março de 2023

Agarrem-me senão eu mato-o

Gargalhada matinal


“Putin será preso

se entrar em a Portugal”

O ministro Cravinho, PS maozão eco da Ianquilândia.


segunda-feira, 20 de março de 2023

"Primeiro os pobres": Andrés Manuel Lopez Obrador

 Onde é que alguém consegue encontrar um Governante que suscite tamanho apoio para comemorar uma nacionalização?

(VER aqui»» pic.twitter.com/H9IdYCr9Zs


sábado, 18 de março de 2023

Coragem, saber e honestidade intelectual

Carlos Matos Gomes

O dia em que a União Europeia acabou

22 de Setembro de 2022

A História é em boa parte pontuada pelos acontecimentos que marcam o fim de uma dada ordem política. O império Romano findou em 476 quando o bárbaro Odoacro foi nomeado rei de Roma e enviou as insígnias imperiais ao imperador Zenão do império do romano do Oriente. O antigo regime feudal europeu terminou com a tomada da Bastilha, a emergência da Inglaterra como potencia mundial, a passagem de uma potência continental para uma marítima começou com a derrota de Napoleão em Waterloo, o fim do império britânico aconteceu com a independência da Índia, o início do império americano ocorreu com o lançamento das bombas nucleares no Japão e com o dobrar do cerviz do imperador a reconhecer a derrota perante a devastação.

A União Europeia, uma entidade que vinha desde o final da II Guerra a fazer o seu caminho mais ou menos autónomo, reconhecendo que a Europa deixara de ser o centro do mundo em boa parte pelas suas guerras civis — duas guerras mundiais só no século XX — e que seria sensato aceitar um equilíbrio de poderes entre os europeus, defrontou sempre um inimigo concreto: os Estados Unidos. Vários dirigentes americanos perguntaram ao longo dos anos o que era isso da Europa, se tinha telefone. Os Estados Unidos nunca aceitaram uma entidade política soberana europeia! E é esta recusa de aceitar a soberania da União Europeia e de cada um dos seus estados que determina e explica a política americana desde as primeiras tentativas de criar mecanismos de integração política, social e económica, a CECA, o Mercado Comum, a CEE. Quanto a deixar que a soberania europeia dispusesse de um aparelho militar que sustentasse as suas políticas, nem pensar! A relação dos EUA com a Europa foi sempre de tipo colonial! Como o foi no Médio Oriente e na América Latina. Os Estados Unidos assumiram o estatuto de soberanos mundiais. Agitaram perigos, inventaram inimigos, ocuparam territórios.

Que os Estados Unidos tenham lançado um poderoso bombardeamento de manipulação a bramar que a Rússia invadira um país soberano (no caso liderado por uma oligarquia que eles lá haviam colocado) faz parte do modo de exercer o poder totalitário: o que é permitido ao senhor não o é ao servo! Também faz parte do principio da invasão do Oeste americano, tem a tem a força estabelece a lei. Os EUA penduraram no seu peito a estrela do xerife! Não são acusações, nem julgamentos morais, são factos!

A aceitação do facto teve e tem como consequência que os europeus se habituaram à servidão. Nenhum político europeu chega a um lugar relevante se não jurar fidelidade ao Padrinho. A Mafia também é um bom modelo para caraterizar as relações com a América. Esta “rendição” europeia teve a qualidade de fazer os europeus considerarem os serviços domésticos uma atividade nobre e o abanar das orelhas um gesto de afirmação. Os Estados Unidos mandam os europeus olhar para a ponta do dedo e os europeus olham para a ponta do dedo. As leis que impõem aos outros não se lhes aplicam. Nem os conceitos. A soberania é um dos conceitos com que eles humilham os europeus, como o dono de um cão faz atirando um pau para ele ir servilmente buscar e trazer-lhe à mão. Para os Estados Unidos, Cuba, Granada, o Chile, o Brasil, o Iraque, o Afeganistão, a Líbia não têm direito a soberania. São invadidos ou sabotados. Já a Ucrânia foi elevada à qualidade de soberania absoluta e inviolável.

Mas, ainda assim, os europeus foram encolhendo os ombros e disfarçando, considerando que estávamos a assistir a perversidades de uma potencia colonial sobre colónias, vizinhos turbulentos. Os europeus recorriam ao seu material genético colonial e atribuíam essas atitudes a um dever de civilização a povos do Terceiro Mundo.

A 22 de Fevereiro de 2022, os europeus, os que ainda não têm o cachaço completamente calejado pela canga, viram o império arrombar-lhes a porta da soberania sem um com licença! (A velha reflexão de Brecht: vieram buscar os judeus e eu não era judeu, depois os comunistas, depois os democratas… e agora entraram-me em cas!)

Os EUA impuseram à Europa o envolvimento num conflito com a Rússia a pretexto da gravíssima ofensa da soberania da Ucrânia, um Estado cujo regime eles criaram. Para impor essa intervenção entenderam conveniente dar uma lição de domínio ao mais importante estado europeu: a Alemanha. Atacaram a soberania da Alemanha (um aliado), destruindo-lhe uma infraestrutura essencial , que o estado alemão havia decidido construir e, mais ainda, porque estava no caminho, atacar a soberania de outro estado europeu, a Suécia, realizando uma sabotagem nas suas águas territoriais e, mais ainda violando a soberania europeia e o seu modo de vida, causaram deliberadamente um desastre ambiental de dimensões desconhecidas e que ninguém, nem os serviçais locais, os ribeirinhos do Mar Báltico, se atrevem a reclamar, nem num murmúrio.

Todas as pessoas e todas as entidades recebem o tratamento que deixam que lhes façam. Os dirigentes europeus, no caso o chanceler alemão e a presidente da Comissão Europeia, se tivessem uma gota de caráter teriam respondido a Joe Biden quando ele proibiu a entrada em funcionamento do gasoduto Northern 2, a 7 de Fevereiro de 2022, na Casa Branca, na cara de um servo chamado Sholz e este pobre diabo alemão ficou mudo como genro que vive às contas da mulher e apanha um raspanete do sogro a soberania europeia ficou como o gasoduto: em estilhaços. Perante esta abdicação (humilhante) nenhum dos grandes atores da cena internacional terá qualquer consideração pela UE. A irrelevância europeia, que traduz também em negócios, em criação de riqueza, em participação nos grandes projetos do futuro foi a enterrar com o senhor Sholz a fazer de gato pingado e a dona Ursula a fazer de beata que lê os responsos fúnebres.

O que se esperava que alguém que fosse mais que uma lesma dissesse a Biden seria: É um assunto que me diz respeito. Eu também não me pronuncio sobre a exploração que o seu governo faz de petróleo no Alasca, nem das consequências da produção através das rochas oleosas. A Alemanha respeita a soberania dos EUA e exige que os EUA respeitem a nossa soberania. Elementar.

Há poucos dias, numa visita a Washington, a senhora que faz em Bruxelas o papel de moço de recados que Zelenski representa em Kiev agradecia a Biden ele ter mandado para a Europa o gaz e o petróleo resultante do caríssimo processo de fracking que substituiu o barato russo, esquecendo-se de dizer que ao dobro do preço e a que custos ambientais!

A União Europeia, entidade soberana, com alguma autonomia no mundo terminou quando uma unidade da US Navy’s Diving and Salvage Center colocou os explosivos C4 junto ao pipeline, em águas territoriais suecas. Sabe-se hoje através da recente publicação da investigação do jornalista Seymour Hersh que o planeamento da operação começara nove meses antes: «A decisão de Biden sabotar os pipelines foi tomada depois de nove meses de reuniões secretas no Conselho Nacional de Segurança em Washington para definir a melhor maneira de atingir o objetivo. Desde sempre a questão não foi SE a missão deveria realizar-se, mas como a realizar sem evidências flagrantes dos autores.»

Interrogado sobre as consequências de uma crise de energia na Europa, o ministro Americano dos negócios estrangeiros, Blinken, respondeu: “Foi uma tremenda oportunidade para de uma vez por todas afastarmos a dependência dos europeus da Rússia!” Mais recentemente, Victoria Nuland, uma oficial da CIA que coordenou o golpe em Kiev que levaria Zelenski ao poder, a que declarou perante as dúvidas do embaixador americano a propósito da posição europeia: «Quero que a U E se foda!» e é hoje subsecretária de estado, expressou a sua satisfação pelas notícias da sabotagem do pipeline. “ A Administração está muito feliz por saber que o Nord Stream 2 é agora um bocado de ferro velho no fundo do mar!”

É com estes sérios defensores da soberania dos outros estados que estamos a defender a soberania do Zelenski na Ucrânia. A União Europeia está no mesmo fundo do mar e nas mesmas condições do ferro velho do Nothern 2.

https://peoplesdispatch.org/2023/02/10/how-america-took-out-the-nord-stream-pipeline/

 

sexta-feira, 17 de março de 2023

Esta gentalha perdeu as estribeiras…

«TPI emite mandado de captura para Putin por crimes de guerra.»

Xi e Putin almoçam na segunda-feira e reúnem-se no dia seguinte.

Este é o verdadeiro “crime”: duas superpotências de mãos dadas sorrindo para o tal ocidente nervoso, social e economicamente doente.


quarta-feira, 15 de março de 2023

Acabou-se a papa doce

O velho e anquilosado capitalismo europeu está a ser corrido de todos os continentes, sugados durante séculos, com a nova correlação de forças os espoliados exigem respeito. Cabe aos trabalhadores de todos os povos reatar laços de fraternidade.


"Olhem para nós de forma diferente, respeitando-nos, considerando-nos como verdadeiros parceiros e não com o olhar paternalista de sempre e a ideia de saber o que precisamos".

“Se a França quer competir hoje com todos os outros parceiros em África, tem de estar em sintonia com a política africana e com a forma como os povos africanos olham agora para os parceiros de cooperação", alertou Tshiseke presidente da República Democrática do Congo, durante uma conferência de imprensa conjunta com Macron.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Mensagem aos distraídos

« “A economia é o método, mas o objetivo é mudar o coração e a alma”, disse Margaret Thatcher ao explicar as transformações neoliberais que o Reino Unido empreendeu sob seu mandato. A primeira-ministra sabia que a sua ação política não visava apenas privatizar empresas públicas ou precarizar empregos, mas visava mudar o pensamento e os vínculos comunitários. Foi uma batalha cultural.

Das palavras inteligentes de Thatcher podemos deduzir a importância que possui a economia na sua dimensão sociopolítica. A economia muda nossas estruturas mentais, a maneira como organizamos a nossa vida coletiva e as nossas relações com os outros. »

 

sábado, 11 de março de 2023

Tiro no pé

 

«Vamos causar o colapso da economia russa.» Diziam

«A segunda quebra bancária da história dos Estados Unidos depois da do washingtom Mutual em 2008»

Publicado:11 mar 2023