Canção dos que vivem das suas mãos - Jesús López Pacheco

Canção dos que vivem das suas mãos

Não peço o de ninguém.

Apenas o meu pão,

meu ar.

Apenas a flor,

o fruto do que fazem minhas mãos.

Jesús López Pacheco

Franchisings da NBC

Quando dos violentos distúrbios que tomaram conta de Baltimore, a suposta mãe deste rapaz, bate-lhe por supostamente ter atirado pedras à polícia durante a revolta da comunidade negra por mais um assassinato perpetrado por polícias brancos.

Na tentativa de apagar a realidade o ridículo atinge proporções inacreditáveis nos canais da televisão portuguesa que se comportam como franchisings da NBC do Tio Sam.

Em todos os telejornais as imagens do vídeo com a suposta mãe bofeteando o filho por se manifestar surgem descontextualizadas, mais como divertimento para esvaziar de conteúdo a batalha campal sem fim à vista, na principal “democracia” que espalha guerras pelo mundo e assassina os seus súbditos.

Baltimore ocupada pelos militares, recolher obrigatório, liberdade garantida.

«A violência é a liberdade dos oprimidos»

PROPOSTA

Com carácter de urgência, proponho que este executivo proceda à ampliação do Estabelecimento Prisional de Évora, por "estar sobrelotado" e as condições em que vivem os reclusos "não serem as melhores", afirmou a Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR).

Tendo em conta as investigações em curso e sentenças já proferidas mas ainda não executadas, os partidos do “arco da corrupção” PS/PSD/CDS deviam criar as condições de bem-estar dignas dos seus governantes.

Proponho também que a leitura atenta da socrática obra do recluso/44 seja obrigatória para todos os detidos vindos da área da governança. Os grandes vultos só muito mais tarde são compreendidos dada a profundidade, abrangência e originalidade do seu pensamento tal como o que se nos depara em “A Confiança no Mundo”.

Proponho ainda que aos próximos detidos lhes seja proposta a prisão preventiva ou a leitura em casa com pulseira eletrónica de “A Confiança do Mundo”; sondagem feita aos governantes do “arco” a preferência vai para a prisão preventiva em Évora. Razão suplementar para a urgente ampliação das instalações da cadeia eborense.

Ah! como penitência os livros de Mário Soares também deviam ser de leitura obrigatória.

De cornichos inflamados

Deixemo-nos de meias-tintas! Só os obtusos em último grau ou os coniventes com esta choldra, não vêem ou aceitam que os bancos, nomeadamente o polvo-BES, nomeiem os seus homens de mão como ministros de preferência no sector económico-financeiro.

É o caso deste crápula a quem o patrão garantiu a reforma antecipada de 39 mil euros mensais pelo trabalho sujo que em conluio com o recluso 44 executou no último governo PS.

O patrão Salgado anda a contas com a polícia e deixou de pagar ao Manuel Pinho dos cornichos, pôs-lhe os palitos e mandou-o à merda, e o cornudo está zangado, exigindo ao Novo Banco que ainda nos irá esmifrar, uma indemnização de um milhão e oitocentos mil euros.

O Pinho dos palitos saiu do BES para o governo de Sócrates e voltou novamente para o BES.

Promiscuidade? Não!

Banksterismo institucionalizado.

Conciliar o inconciliável ou conciliábulo?

 Vamos lá conciliar o vinagre com o azeite.

É o PS!... Tal e qual. A linguagem imprecisa semeando esperanças nos trabalhadores e garantindo certezas ao patronato.

O bilderberguer Costa, anuncia que «reduzirá ao mínimo os contratos a prazo». Mínimo em relação a quê? Com esta falácia deixa em aberto todos os cenários possíveis de imaginar, de reduções que podem ir de 0,0001 a 0,02 e, muito “honestamente”, poder afirmar que esse mínimo foi o máximo conseguido.

«Despedimentos conciliatórios…» Quanto aos despedimentos, não põe em causa a legislação laboral com todas as ratoeiras e artifícios que tem feito de Portugal uma gigantesca ‘Praça da Jorna’ que os governos põem à disposição do patronato nacional e estrangeiro.

É bom não esquecer que o lay-off foi introduzido por Mário Soares e relembrar que os 150.000 postos de trabalho foram prometidos pelo recluso 44, o tal que se chegar a tempo entrará na campanha de António Costa ambos com o ferrete Bilderberg.

ABRIL MAIS TARDE - Vasco Costa Marques

ABRIL MAIS TARDE

As portas que Abril abriu
foram fechando fechando
Martim Moniz entalado
suor e sonho sangrando
lentamente a sangue frio

Sobe um rastejar de ratos
calmas canoas no rio?

Vasco Costa Marques