“LivroVerde”, editado pelosescravocratas da Comissão Europeia.
Advogam os bárbarosque os Estadosmembros devem subirprogressivamente a idade da reforma até aos 70 anosem 2060. Que “o factor sustentabilidade” deve teremconta a esperançamédia de vida e quequem quiser manter o valor da pensão tem quetrabalharmais. O chefe dos bárbaros da UE, Lászlo Andor, afirmou que “Portugal tem maiorcapacidadeparaenfrentar os desafios e é umexemplo a seguir.” Seguirparaondenão diz, masláque ficamos orgulhososnão restam quaisquer dúvidas. Talvezexemplo de miséria e corrupção.
Para os quenão se finarem até aos setenta anos levarão o resto dos seusdias a caminho dos hospitais. Alegre final de vida após mais de meio século de trabalho.
Estespilantrasque abocanharam os nossosdestinos, e encandeados pelagulaque perseguem não sabem o que acontecerá amanhã, querem lançarplanospara cinquenta anos.
Haverá União Europeia em 2060 e, caso se mantenha, os povosvãopermitir o esbulho perpetrado por essa canalha?
O desemprego e a misériamesmopara os queainda trabalham, e que alastram como crude no Golfo do México, destruindo sonhos e famílias numa das maiorescatástrofessociais de que temos memória, poderão continuar deixando impunes os criminosos?
A luta de classes exacerba-se e a correlação de forças altera-se.
A força do trabalho terá que se impor e impor-se-á!
Registra-me! sou árabe o número de minhaidentidade é cinquenta mil tenho oitofilhos e o nono... virá logodepois do verão! Vais teirritarporacaso?
Registra-me! sou árabe trabalhocommeuscompanheiros de luta em uma pedreira tenho oitofilhos arranco das pedras o pão, as roupas, os cadernos e não venho mendigarem tua porta e nãomedobro diante das lajes de teuumbral vais teirritarporacaso?
Registra-me
sou árabe meunome é muitocomum e sou paciente emumpaísque ferve de cólera minhas raízes... fixadas antes do nascimento dos tempos antes da eclosão dos séculos antes dos ciprestes e oliveiras antes do crescimentovegetal meupai... da família do arado e não dos senhores do Nujub*
e meuavôeracamponês semárvoregenealógica minhacasa uma cabana de guarda de canas e ramagens satisfeitocomminhacondição meunome é muitocomum
Registra-me sou árabe sou árabe cabelos... negros olhos... castanhos sinaisparticulares um keffiah* e uma faixa na cabeça as palmas ásperas comorochas arranharam as mãosque estreitam e amoacima de tudo o azeite de oliva e o tomilho meuendereço sou de umpovoado perdido... esquecido de ruassemnome e todos os seushomens... no campo e na pedreira amam o comunismo vais teirritarporacaso?
Registra-me sou árabe tume despojaste dos vinhedos de meusantepassados e da terraque cultivava commeusfilhos e não os deixastes nem a nossosdescendentes maisqueestesseixos quenossogoverno tomará também como se diz vamos! Escreve bem no alto da primeirapágina quenão odeio os homens queeunão agrido ninguém mas... se me esfomeiam como a carne de quemmedespoja e cuidado...cuida-te de minhafome e minhacólera.
Mahmoud: imortal! Por Elaine Tavares - jornalista
.1 Célebretribo da Arábia 2 Lençocomdesenhos quadriculados, usado paracobrir a cabeça e que tornou-se símbolonacionalpalestinopelaliberdade e independência. Originariamente, esselenço é usado pelos camponeses para protegerem a cabeçadurante o trabalho no campo.
As mulheres enfrentam os naziSSionistas
a luta é de todo um Povo
A Espera Dos Que Voltarão
Meupovo plantou suastendas na areia E estou acordado com a chuva Sou filho de Ulisses aqueleque esperou o correio do Norte Ummarinheirome chamou, maseunão parti
Atraquei o barco e subi ao cume de uma montanha
- Ó rochasobre a qualmeupai orou
Paraque fosse abrigo do rebelde Eunãote venderia pordiamantes Eunão partirei
Eunão partirei
As vozes dos meus fendem o vento, sitiam as cidadelas
- Ó mãe, espera-nos no umbral Nós voltaremos
Estetempojánão é comoeles imaginam
O ventosoprasegundo a vontade do navegante
E a corrente é vencida pelaembarcação Que cozinhaste paranós? Voltaremos
Roubaram as jarras de azeite Ó mãe, e os sacos de farinha
Traz as ervas dos pastos, traz
Temos fome Os passos dos meus ressoam como o suspiro das rochas Debaixo de uma mãoférrea E estou acordado com a chuva Emvão perscruto o horizonte Permanecerei na rocha... debaixo da rocha...
inquebrantável
I
Não tenho tempoagora De contar as histórias dos mártires Não tenho tempo Os lábios das feridasemcurso Me sangram... devoram meusúltimosinstantes Mastunão chores
Meusangue é umfio de azeite Quealimenta a lâmpada da liberdade Não chores tu Enquantocuba esteja empé
II
Mãe As lágrimassobremártiresvivos São uma grandevergonha Orapelaterraverde Que seja pródigaempãesparaseusfilhos Reza pelosvivos Que permaneçam anosemsuapátria Não comi meupão... Ó mãe Os inimigos se fartaram... inclusive de minhacarne E amanhã... os corvos dos bosquesnegros Disputarão meucorpo Mas ficarão o pão e Cuba Para os cubanos livres
III
Minhatumba Ó mãe... minhatumbanão tem endereço Euvivoem todas as partes Caminho... e não tenho pernas Falo... e não tenho língua Vejo... e não tenho olhos Euvivoem todas as partes Sou o deus deste século Filho de Revolução... e da dor