quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Lembrete



As sementes de Auschwitz



A semana passada (20/26 jan.) os Médicos Sem Fronteiras (MSF) tocaram a sineta de alarme. No Campo de Refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, (Grécia), a 140 crianças gravemente doentes foi-lhes negado o acesso aos cuidados de saúde. Por várias vezes a associação pediu ao governo grego, sem sucesso, que evacuasse todos esses menores para a Grécia continental e os Estados membros da UE, mas ainda não recebeu uma resposta satisfatória. Em consequência, aos olhos da MSF, «essas crianças são deliberadamente privadas de cuidados pelo governo». A organização também lembra que em 2019, o governo grego cortou o acesso aos serviços de saúde pública para mais de 55.000 solicitantes de asilo e migrantes sem documentos que chegaram à Grécia.
CKR

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Em que ficamos?


Isto é de pôr os cabelos em pé!

Desde há cerca de 10 meses que o super-hacker Rui Pinto, o tal do “Football Leaks”, se encontra em prisão-preventiva, acusado de 140 crimes e entre eles o de extorsão. Nos media nem um só atenuante. Eis senão quando, entra no tablado o “Luanda Leaks” e a media mainstream aveluda o discurso. Hacker ou denunciante? Questionam-se uns; “o Rui Pinto é o Edward Snowden da corrupção internacional", afirmam outros. O nosso Hacker já não é acusado ou defendido pelos crimes que supostamente cometeu, o alvo é que está a determinar o grau de culpa ou inocência do atirador.

Já agora, se é que não estou a ser indiscreto, para quando o resultado do Marquês Sócrates e outros Barões que anda por aí na galhofa?

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

OS FARISEUS


Coitadinhos dos pobrezinhos angolanos! Maldita seja "a mulher mais rica de África"! (se fosse homens já não seria o mais rico de África). Todos os registos mediáticos lacrimejam e soluçam com a mesma intensidade, lágrimas e suspiros vindos da mesma fonte. É tão triste a miséria e o fausto tão obsceno!. Não é?

Não há memória de tamanha preocupação com os pobres ou com os ricos de Angola. Nem sei mesmo se há país com tanta miséria e tanta opulência como este. Não sei!

50 milhões de americanos, quase o dobro da população de Angola,  recorrem à "sopa dos pobres", e devíamos ficar muito angustiados com a pobreza desses pobrezinhos, que são também filhos do mesmo capitalismo.

Esta novela dos Santos interessa a que produtor?



Volta Natália com os teus “truca-truca” e o “coito do Morgado”

Adão e Eva


Juventude do CDS quer educação nas escolas para a abstinência sexual, o Truca-Truca do gozado Morgado, que Natália Correia tão bem soube glosar, está de volta pela mão dos frustrados jovens conservadores.

A repressão aproxima-se com sapatinhos de lã, no tempo do Botas, o beijo na via pública estava sujeito a multa, a satisfação das nossas necessidades vitais, que abre a porta à felicidade e ao amor, incomodam o opressor, hipocrisia e moralismo coabitam no mesmo vão de escada. Uma governante bolsonarista diz que a inseminação humana não leva mais que trinta segundos, tudo o mais é vício.

A alma da Direita tem o odor do bafio


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

A História que a imprensa esconde

 O fascismo hoje na Palestina no Chile, Brasil...


Aos órgãos de comunicação social:

75 anos Libertação de Auschwitz pelo Exército Soviético

Comemoram-se hoje 75 anos da libertação, pelo Exército Soviético, do campo de concentração nazi de Auschwitz, onde foram sistematicamente assassinados – nas câmaras de gás, pela fome e a doença, nos fuzilamentos e sob a tortura – mais de um milhão e cem mil seres humanos.

Ao assinalar esta data, o PCP recorda o papel determinante e inesquecível da URSS, do povo soviético e do seu Exército Vermelho, na derrota de Hitler e do nazi-fascismo, a
expressão histórica mais violenta e terrorista do capitalismo. Os épicos sacrifícios do povo soviético na Segunda Guerra Mundial – com os seus mais de 20 milhões de mortos –, que
levaram à libertação dos povos e dos trabalhadores da barbárie nazi-fascista, nunca serão esquecidos.

Nos campos de concentração nazis foram exterminados milhões de seres humanos, na sua maioria prisioneiros de guerra e civis soviéticos, judeus, eslavos, entre outros. Mas os
campos de concentração nazis foram também campos de trabalho escravo ao serviço dos grandes monopólios alemães – IG Farben, Krupp, Siemens, AEG e outros – que
desempenharam um papel decisivo na ascensão de Hitler e do nazismo ao poder. Campos onde a exploração do trabalho humano era levada ao extremo – até à morte – e onde os
considerados inaptos para o trabalho eram cruelmente eliminados.

Nenhuma campanha de mentiras e de falsificação histórica poderá jamais apagar o papel decisivo da União Soviética e dos comunistas, encabeçando a Resistência e o combate que
derrotou o nazi-fascismo à custa de inenarráveis sacrifícios.

Combate contra o fascismo, em que se insere a luta do Partido Comunista Português pela liberdade e a democracia, contra a ditadura fascista em Portugal, que durante quase meio século oprimiu o povo português, liquidou as mais elementares liberdades, condenou o nosso País ao atraso e à miséria, reprimiu, torturou e assassinou, conduziu criminosas
guerras coloniais.

Os comunistas foram as primeiras vítimas do fascismo. Foi em nome do anti-comunismo que grande parte da classe dominante foi conivente e apoiou a ascensão e a brutalidade do fascismo, e não apenas nos países – como Portugal – onde alcançou o poder. Uma conivência que teve uma clara marca de classe, inseparável do desejo de ver o nazifascismo
esmagar o movimento operário e os partidos comunistas, salvar um capitalismo em profunda crise, e agredir e destruir a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

As responsabilidades dos grupos monopolistas e das potências ocidentais na ascensão do fascismo e na eclosão da Segunda Guerra Mundial fica patente na traição à República
democrática espanhola, no abandono à sua sorte dos povos que foram das primeiras vítimas das agressões fascistas – como a Etiópia, a China ou a Áustria – ou na Conferência
de Munique de Setembro de 1938, com a colaboração aberta do Reino Unido e da França com Hitler e Mussolini no desmembramento da Checoslováquia. Expressou-se também na rendição e colaboracionismo da França de Vichy.

A conivência do grande capital com o fascismo prosseguiu, após a Segunda Guerra Mundial, com a promoção de uma aliança anti-comunista encabeçada pelos EUA – como
exemplifica a transformação do Portugal fascista em aliado e membro fundador da NATO –, visando conter e reverter os históricos avanços na libertação social e nacional alcançados
pelos povos no pós-guerra. Milhares de nazi-fascistas e seus colaboracionistas foram postos ao serviço das campanhas anti-comunistas e das redes de subversão e terrorismo – tipo
‘Gladio’ –, criadas pelo imperialismo norte-americano e seus aliados em todo o mundo. Em numerosos países, como a República Federal da Alemanha, foram colocados em
importantes posições de poder. É desses meios e desses apoios abertos e encobertos do imperialismo que surgem as forças que hoje, em diversos países do Leste da Europa – como na Ucrânia ou nas Repúblicas do Báltico – reabilitam o fascismo e glorificam abertamente os colaboradores com o nazismo, ao mesmo tempo que destroem os monumentos e a memória das tropas soviéticas e ilegalizam os Partidos Comunistas, e
perseguem os comunistas e outros democratas.

Como a História demonstra, sob o anti-comunismo escondem-se as concepções e os intentos mais reaccionários e anti-democráticos.

O branqueamento do fascismo e dos seus crimes não é novo, como atesta, por exemplo, a visita do Presidente dos EUA, Ronald Reagan, e do Chanceler da República Federal da
Alemanha, Helmut Kohl, ao cemitério das ‘SS’ (tropas de choque nazis), em Bitburg, em 1984. Mas as campanhas de branqueamento do fascismo, de banalização da ideologia
fascista, de mentira e de falsificação históricas, ganham hoje uma dimensão inaudita – onde se integra a vergonhosa resolução anti-comunista aprovada no Parlamento Europeu em Setembro passado ou a inaceitável iniciativa de criação em Portugal de um ‘museu’ dedicado ao ditador Salazar.

Estas campanhas demonstram que, tal como no Século XX, sectores do grande capital apostam hoje de novo no ataque às liberdades, à democracia, à soberania, na violência, na
guerra, para tentar ultrapassar a crise estrutural do capitalismo e travar a inevitável resistência dos trabalhadores e dos povos face à ofensiva deste brutal sistema de opressão
e exploração. Particularmente cínica e perversa é a campanha para, em nome da justa condenação da cruel perseguição nazi aos judeus, procurar justificar os crimes do regime sionista de Israel contra o povo palestiniano e a ocupação violenta e ilegal de territórios da Palestina.

Num tempo em que a Humanidade enfrenta de novo a ameaça do fascismo e da guerra, o PCP, levantando a bandeira da paz e da verdade, do combate contra a mentira e a falsificação
histórica, contra o fascismo e a guerra, apela à consciência e mobilização dos democratas e anti-fascistas para que nunca mais se repitam Auschwitz, os horrores do nazi-fascismo e da
guerra.

27.01.2020
O Gabinete de Imprensa do PCP