«Eduardo Catroga como ‘chairman’ da EDP, não sabe quanto vai ganhar.” Catroga não é presidente, é chairman. Dá mais classe, enche mais o olho ao patego; o provincianismo do costume. O que é que faz o ‘chairman’ que um presidente não faça?
Os chairmans não estão abrangidos pelo Contrato Coletivo de Trabalho. Provavelmente vai trabalhar como precário, sem saber quanto vai ganhar e desconhecendo também o horário de trabalho. São exemplos como este que deveríamos reter, e deixarmo-nos de “pintelhices”.
À «TSF» declarou: «Não sei quanto vou ganhar, porque a remuneração não está fixada». «Quando fui convidado (…) não me preocupei com quanto ia ganhar».
Leram bem? «Não se preocupou com quanto ia ganhar!» Este desapego ao dinheiro… esta devoção em servir… devia-nos fazer corar, nós que levamos todo o ano a lutar para receber ao fim do mês mais vinte ou trinta euros. O ‘chairman’ aceita aquilo que lhe quiserem dar. Além de uma reforma, que ao Presidente da República nem dá para viver, o homem forte da EDP, tanto se lhe dá receber mensalmente 40 como 50 mil euros, ou muito mais se não esquecermos as mordomias e os rendimentos amealhados durante todos estes anos, fruto de muito suor e compadrios.
Foi este ‘chairman’ que negociou com a troika a entrega ao desbarato do nosso património. Merecia ser recompensado. E foi!
Obrigado Catroga. São exemplos como este de justiça social, que ajudam a mobilizar para as manifestações e as greves.
Bye bye chairman, até um dia.
1 comentário:
E ainda teve o descaramento de dizer que foi uma escolha natural, ou seja, só podia ser ele!
Arrastará para a luta muitos que se sentirão diminuidos, e tambem expoliados.Unimo-nos pois, para as lutas a travar!
Abraço
Enviar um comentário